Sim. A História nos ensina que a imposição da língua é uma firma de dominação de um povo sobre outro. O estrangeirismo abusivo é lesivo ao patrimônio cultural e está promovendo uma verdadeira descaracterização da língua portuguesa. Nosso idioma oficial passa por uma transformação que não se ajusta aos processos aceitos de evolução das línguas Que obrigação tem um brasileiro de entender que uma mercadoria on sale está em liquidação?
Aldo Rabelo, deputado federal (PC do B -SP) e autor do projeto de 1ei que restringe o uso de estrangeirismos.
Não. As pessoas que pensam que a língua brasileira está ameaçada com a entrada de palavras estrangeiras — como ocorre com o vocabulário da informática, das finanças e dos esportes - não observam a aplicação dos estrangeirismos. Quase sempre o importado aparece em coocorrência com um equivalente nacional, sinal de que os falantes estão experimentando para ver se ficam com a palavra de fora ou se vão simplesmente descartá-la.
Carlos Faraco, da Univ. Federal do Paraná, organizou o livro Estrangeirismos: Guerras em Torno da Língua
Não. O estrangeirismo é essencial. Negar a influência de um idioma sobre outro é negar a natureza de todas as línguas. Cerca de 70% das palavras do português vêm do latim e o restante, de outros idiomas. Apesar da luta dos puristas de todas as épocas, as línguas vivem em constante aprimoramento. Ainda assim, acredito que uma eventual estratégia de defesa do idioma não deveria ser feita por decreto, mas pela melhoria do sistema educacional.
Francisco Marto de Moura, autor de livros didáticos de Língua Portuguesa
Não. Podemos importar palavras, mas adaptá-la ao nosso sistema ortográfico. Deixá-las na ortografia estrangeira é subserviência cultural. Exemplos: show - xou; whisky - uísque; shapoo -xampu. Hélio Consolaro, professor de Português, blogueiro.
Um comentário:
Aleluia! Enfim, apresenta-se-me uma cabeça iluminada!
Um absurdo aconteceu há pouco tempo, foi na cidade de Americana. Sinalizaram uma rotatória com o idioma em inglês, tudinho mesmo, até o termo retorno! Não deu outra, gritaria geral. Imperou o nosso idioma, "culto e belo"!
Eu, menino ainda, recordo-me de que um dia, ao chegar a casa, mostrei meu papagaio (pipa} ao meu pai, e no meu entusiasmo usei a expressão tão em voga ali no lugarejo, que se via apinhado de americanos, que à moda de cachorros perdigueiros farejavam as riquezas minerais do solo pátrio. Meu pai ficou bravo comigo quando ouviu o meu "big", passando-me a maior descompostura.
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