Araçatuba, legal e cuidada

Hélio Consolaro*   

Avenida Abrão Buchala

Já estamos comemorando os 103 anos de Araçatuba. Uma comemoração bem mais robusta que a do centenário em 2008, em que estávamos com a autoestima lá embaixo.

Em setembro de 2008, tínhamos um prefeito recém-cassado (DEM) e uma vice (PSDB) esbravejando. Em 2 de dezembro daquele completamos 100 anos com vontade de chorar.

A prefeita centenária durou quatro meses e passou esse tempo trocando cargos de confiança, depois se negou a fazer uma transição inteligente e racional ao passar o cargo ao prefeito Cido Sério (PT) em janeiro de 2009.

O cenário político de Araçatuba estava propício para surgir um novo líder das urnas. Não havia caciques disputando a eleição majoritária daquele ano. Os mais aquinhoados estavam sem liderança. E as urnas apontaram Cido Sério (PT) como prefeito. Um sujeito que fez de sua antiga pobreza força.

Muitos apostaram na zebra, no despreparo, no acidental. Cido Sério seria uma passagem meteórita, uma pessoa estranha ao ninho dos bacanas de Araçatuba.

Alguns até gritaram:

- Vamos acabar com esse magriço rapidinho! Não vai terminar o mandato. Ainda montou uma equipe de neófitos!

Velhas raposas foram alijadas do poder. Em 2009, fomos tolerados; em 2010, a trepidação. Em 2011, gritamos que estávamos vivos. Aprendemos. A base da pirâmide também sabe governar.

O governo tinha um timoneiro forte, o prefeito Cido Sério. Se em 2010, houve isolamento da equipe, em 2011, criou-se a reunião semanal do secretariado, toda segunda-feira religiosamente, quando discutimos a cidade da semana passada e para a próxima.

Nela o prefeito dá a direção na verticalidade, bate na mesa, quando é preciso; os secretários se interagem na horizontalidade, trocam informações, praticam a intersetorialidade.  Às vezes, o pau quebra; mas há também momentos de confraternização.

A cidade está bem mais cuidada, as ruas com menos buracos, porque recebemos a cidade toda esculhambada. Havia UBS caindo, escolas precisaram ser interditadas. Funcionários públicos com reivindicações fortes.

Temos muito a comemorar:

1) Av. Waldemar Alves terminada;

2) Avenidas Brasília e Joaquim Pompeu de Toledo  serão recapeadas;

3) Av. Joaquim Pompeu de Toledo recuperada, com pistas para caminhadas refeitas;

4) Av. Abrão Buchala construída para dar vazão ao trânsito da av. Baguaçu;

5) Estradas vicinais recuperadas, tendo o estado como parceiro: Água Limpa, Prata.

6) Casas populares e apartamentos vicejando do solo araçatubense;

7) Nível de emprego elevado;

8) Teatro Castro Alves recuperado;

9) Leis culturais democráticas; mais balé; Projeto Guri com mais alunos;

10) Preocupação com a sustentabilidade

11) Crianças com escolas municipais decentes: 15 mil alunos

12) Núcleos de especialidades (NGA) com excelência na rua Siqueira Campos;

11) A cada semana, a cidade que era patinho feio, recebe prêmios por causa da excelência de sua administração;    

12) Está enfrentando a gestão do Departamento de Água e Esgoto com sabedoria;  

13) Funcionários com tíquete alimentação, mensal, de R$ 180,00;

14) Legalização dos lotes clandestinos;

15) Investimentos do governo federal na cidade.

Erramos, sim. Ninguém acerta em tudo, mas os acertos são bem superiores.  Assim, encheríamos o jornal todo para enumerar as conquistas de Araçatuba.

A oposição ajudou muito. Pegou no pé, não deu sossego. Às vezes, foi antiética. E assim, fizemos todo o empenho para calar-lhe a boca, não lhe dando motivos. Normal, isso faz parte do jogo democrático.

Parabéns, Araçatuba! “Araçatuba é tudo de bom!”

*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Atualmente é secretário municipal de Cultura.