AGENDA CULTURAL

16.4.12

O vovô pirou

Gabriel Araújo dos Santos
Meu amigo Gabriel Araújo dos Santos, habitante de Campinas-SP, amigo do casal Nilson e Cida Gabas, moradores de Araçatuba-SP, pirou de vez. Virou um avô contador de histórias. Até está dando palestra em universidade por causa dessa nova mania.

Ele já participou do Concurso de Contos Cidade de Araçatuba e foi premiado em primeiro lugar.

Veja aqui seus livros

Veja entrevista em vídeo

3 comentários:

Unknown disse...

Espetáculo de criatura!!! Por acaso ele não está no facebook? Seria muito rico trocar figurinhas literárias com ele. Sou contadora de histórias em minhas salas de aula, paixão que eu tenho. (Vou procurá-lo).

Anônimo disse...

Maria Tereza, boa noite. Estou, sim, no tal de facebook, e tem vez me dano todo com aquilo. Achei uma maravilha, porque, há mais de 50 anos longe do meu pedaço, "onde todos conhecem todos, e todos sabem de tudo, mas fingem que não sabem", longe de lá reencontrei os antepassados das gerações menos passadas. Quando vejo um sobrenome, vou logo perguntando se é neto, se é filho ou o que é de fulano ou beltrano. E aí o trem começa a andar, ou melhor, o cavalo sai do atoleiro e se pôe a galopar. Vira um negócio, é como um rastilho de pólvora que põe tudo a pipocar. E vem aquele proseio dito virtual, a gente voltando no tempo, descobrindo amigos e conhecidos que há cinquenta anos não se viam. Então, minha filha, estamos aqui, às suas ordens, com a ressalva de que não sou craque no manuseio dessa nova modalidade de comunicação. Mas me esforço para melhorar. Meu abraço, boas histórias para os seus discípulos. Gabriel, Bié. bieoprosador@gmail.com

Anônimo disse...

Caríssimo Hélio, eu já disse que você é um profundo conhecedor da alma humana, e está certo quando esparrama por aí que “O Vovô pirou”. Deveras! Aos olhos do mundo de hoje, pirei! Pirei, tal a vontade férrea de ainda viver na singeleza, sem complicar as coisas. Não que eu despreze o que a tecnologia nos trouxe. Lamento a forma como a maioria faz uso dela. Quando se foi à Lua, os gastos exorbitantes tiveram como justificativa a mudança para melhor da vida do homem. Mais tempo para o lazer. Mais tempo para a família. Máquinas maravilhosas iriam facilitar tudo. Entretanto, as máquinas maravilhosas semearam uma competição desumana. Não raro o empregado, ao sair de férias, ainda que por diminuto tempo, ao retorno vê-se em defasagem em relação aos demais. Quando não perde o lugar. As crianças não conhecem limites nas suas exigências. Querem presentes todos os dias. E presentes cada vez mais sofisticados, logo depois descartados.
Pirei mesmo, e meu alívio é regressar no tempo e no espaço, uma felicidade quando se conseguia um pedaço de barbante, uma caixa de papelão ou uma folha de papel para fazer uma pipa, ou papagaio, e a linha para levá-la ao espaço. Hoje, ainda solto minhas pipas, mas só na imaginação. Não vão sozinhas para o espaço. Vou com elas, e de lá fico a mirar o mundo, e vejo que, felizmente, pode melhorar. Ainda existem pessoas como você e outras mais – olha aí a Maria Tereza! - perseverantes e idealistas, que trazem a chave para a abertura das mentes por meio da educação e da cultura.
Gabriel Araújo dos Santos - bieoprosador@gmail.com