AGENDA CULTURAL

31.3.13

Piadas de mau gosto sobre pessoas idosas: a disseminação do preconceito à velhice


Marília Viana Berzins 1
Elisabeth Frohlich Mercadante 2
REVISTA DO SESC - A terceira idade - Estudos sobre o envelhecimento
Julho de 2012 

Pessoas idosas são vítimas frequentes de violações aos direitos humanos fundamentais. A sociedade, que deveria proteger e respeitá-las, 
cria mecanismos de discriminação etária e preconceitos a este importante e crescente segmento etário. Na sociedade atual, os velhos ainda carregam valores negativos revelados em várias manifestações estereotipadas e desabonadoras. Propagandas, músicas, histórias infantis e piadas são apenas alguns exemplos veiculados na vida coletiva que ressaltam 
atitudes preconceituosas para com as pessoas idosas. essas manifesta-
ções não colaboram na construção de uma sociedade para todas as idades. Pelo contrário, elas segregam e reforçam atributos negativos 
da velhice, afastando cada vez mais os sujeitos da vida social e ensinam aos mais novos o desejo de uma vida longa sem o fato de ficarem 
velhos. Este artigo pretende refletir sobre a perversidade e a discriminação reveladas nas piadas que circulam e desabonam os mais velhos. Refletimos sobre discurso subjetivo e discriminatório contido nas piadas e os preconceitos que elas apontam. A percepção sobre a velhice e o envelhecimento precisa ser transformada na vida social. Torna-se necessário reafirmar compromisso de todos para um envelhecimento digno no Brasil, de tal forma que se assuma o compromisso de proteger e defender os direitos das pessoas mais velhas, reunindo esforços para erradicar todas as formas de discriminação e violência.

Palavras-chave: violência; autoimagem; direitos e cidadania; exclusão 
social.


1 Marília Viana 
Berzins, Assistente 

Social. especialista 
em Gerontologia pela 
Sociedade Brasileira de 
Geriatria e Gerontologia 
e Doutora em Saúde 

Pública pela Faculdade 
de Saúde Pública da USP. 

mberzins@superig.com.br

2 Doutora em ciências 
Sociais pela PUc SP. 
Atualmente é professora 

doutora da Pontifícia 
Universidade católica 
de São Paulo. editora 

científica da Revista Kairós 
Gerontologia.


A velhinha foi ao médico:
– Doutor, eu tenho problema com gases, mas realmente isso não me aborrece muito. Eles nunca cheiram e sempre são silenciosos.
– Eu vou lhe dar um exemplo: eu soltei gases 20 vezes, pelo menos, desde que entrei no consultório. Aposto que você não sabia que eu os estava 
soltando porque eles não cheiram e são silenciosos.
O médico apenas diz:
– Sei, sei... leve estas pílulas, tome 4 vezes ao dia e volte a semana que vem.
Na semana seguinte, a senhora regressa:
– Doutor, eu não sei que inferno você me deu, mas agora meus gases, embora ainda silenciosos, fedem terrivelmente!
O médico diz:
– Bom sinal!!! Agora que curamos seu nariz, vamos cuidar do seu ouvido!

Considerações iniciais
... É fácil crer no que crê a multidão (...)
Difícil é saber o que é diverso. Goethe

O humor não é o estado de espírito, mas uma visão do mundo. Wittgenstein

O preconceito, expresso em diferentes formas de discriminação, é uma realidade objetiva para mulheres e homens idosos. condições socioeconômicas, 
idade e muitos outros itens compõem a agenda de questões que, historicamente, estão no alvo da intolerância, da não aceitação da diferença e da exclusão da vida social dos sujeitos maiores de 60 anos.

É na vida cotidiana que se materializam as mais diversas expressões de discriminação, preconceitos e estereótipos para com as pessoas que compõem a população idosa brasileira.

Frequentemente, pessoas idosas são vítimas de rituais de agressões expressas em diversas manifestações no cenário social. A forma como os idosos são tratados pela sociedade reflete 
os mitos e os estereótipos sobre a velhice e os velhos. Apesar do aumento do número de pessoas idosas na população revelado no censo 2010 (21 milhões de pessoas), um contingente significativo da sociedade associa à velhice atributos negativos: os idosos são feios, doentes, infelizes, ranzinzas, improdutivos, são seres assexuados, solitários, conservadores e improdutivos. Todos desejam viver muito, mas não querem ficar velhos. Para Menezes (2010, p. 31), a velhice não representa uma etapa da vida sem rosto, sem autonomia, sem capacidade e também não é vazia. Precisamos reunir esforços para lutar contra o preconceito e contra a generalização da velhice e incentivar práticas que respeitem e valorizem as diferenças da coletividade.

A discriminação etária é uma violação aos direitos humanos, assim como os estereótipos associados à velhice. entretanto, é na prática cotidiana que o conjunto simbólico explicita os significados, sejam eles desabonadores ou não. Os idosos são apontados como caricaturas, uma generalização que não evidencia situações específicas, diferenciadas dos vários modos de viver a vida. Ao contrário, as pessoas mais velhas são homogeneizadas num único jeito de ser e viver – estereotipado – da velhice.

O pensamento generalizador sobre a velhice fundamenta-se em uma construção cultural do pensamento e também da ação – atitudes –, que são produzidos e reproduzidos em uma classificação dicotômica em que, de um lado, são colocados os idosos com suas qualidades, atributos presentes no corpo e no pensamento; de outro lado, os jovens
apresentando também – de forma generalizada, homogeneizada – no corpo e no pensamento qualidades contrárias às presentes nos idosos.

A velhice é uma construção social e cultural fundamentada na classificação etária. Se assim consideramos, será importante levar em conta novas classificações que gerem novas formas de pensar, sentir e atuar culturalmente, para que a visão estereotipada, fundamentada em generalizações, naturalização e caricaturas sobre a velhice e também sobre os outros segmentos, seja modificada. Trata-se de um processo contínuo que poderá levar muito tempo e dependerá da história, das relações sociais, dos desejos e principalmente da conscientização da sociedade sobre o envelhecer, o envelhecimento e a velhice.

Na sociedade atual, os velhos ainda carregam valores negativos revelados em várias manifestações estereotipadas e desabonadoras aos mais velhos. Propagandas, músicas, histórias infantis e piadas são apenas alguns exemplos veiculados na vida coletiva que ressaltam atitudes preconceituosas para com as pessoas idosas. essas manifestações não colaboram na construção de uma sociedade para todas as idades. Pelo contrário, elas segregam e reforçam atributos negativos da velhice, afastando cada vez mais os sujeitos da vida social, e ensinam aos mais novos o desejo de uma vida longa sem ficarem velhos.

Mediante essas considerações, pretendemos refletir sobre o discurso subjetivo e discriminatório contido nas piadas que circulam na vida social a respeito de pessoas idosas, nelas identificados como “velhinho” ou “velhinha”, e os preconceitos que elas apontam. Não é o propósito do artigo estudar os aspectos linguísticos e discursivos das piadas – como são
construídas –, uma vez que a análise linguística de piadas tem por finalidade explicitar como funcionam, como, por exemplo, por qual ou quais elementos linguísticos se torna engraçado algo que dito de outra forma não teria graça.

Também não é nosso interesse censurar ou acabar com o humor. O nosso objetivo é chamar a atenção para uma visão da pessoa idosa como segmento desviante, sinônimo de doente ou pouco produtivo, revelada nas piadas. É um humor que ressalta características fortes, negativas, desrespeitosas. As piadas são elementos fundamentais cujo pensamento preconceituoso e discriminatório aparece livremente
nos vários espaços da vida cotidiana, protegido pelo senso de humor que lhe dá uma leveza, graça, amenizando e reforçando os preconceitos.

Desenvolvimento – o sentido das piadas

Segundo o Dicionário Houaiss, piadas ou anedotas são ditos ou alusões engraçadas cuja história curta apresenta um final surpreendente, e às vezes picante ou obsceno, contadas para provocar risos ou gargalhadas. Elas trazem discursos com representações grosseiras e estereotipadas, e caracterizam-se como um recurso humorístico utilizado na comédia e também na vida cotidiana.

As piadas tratam de temas que são socialmente controversos e com valores arraigados. Vários temas das piadas são recorrentes, como: sexo, política, racismo, alcoolismo, casamento, homossexualismo, etc. As piadas veiculam estereótipos. exemplificando: nas piadas de português e de loiras, o atributo negativo veiculado nessas piadas é que todo português e toda loira são “burros”, idiotas ou desprovidos de inteligência.

Segundo Folkis (2004, p. 26), as piadas veiculam um discurso proibido, subterrâneo, não oficial, que não se manifestaria, talvez, de outras formas. É o discurso politicamente incorreto. De maneira geral, as piadas veiculam discursos não explicitados correntemente, isto é, discursos pouco oficiais (Folkis, 2004, p. 8).

O entendimento da piada depende diretamente do conhecimento prévio do ouvinte ou do leitor sobre o assunto. Para que a piada seja compreendida, é necessário que o receptor (quem ouve) já tenha o discurso ou a apreensão simbólica da cultura dominante de que, por exemplo, os idosos são impotentes, desmemoriados ou outras características negativas. caso contrário, a piada não fará sentido e não cumprirá a função a que se destina, fazer o receptor rir, achar graça e entender a piada. Portanto, uma piada será considerada com êxito e de sucesso quando produzir humor no receptor.

De uma maneira geral, as piadas não identificam seus autores. elas são contadas e repetidas nonimamente. elas circulam sem a necessidade de apresentar o seu autor. Ninguém sabe quem é o autor daquela piada
que é contada nos cenários sociais. Ninguém é “dono” de uma piada. Para que as piadas possam continuar a existir elas necessariamente não podem ter um autor:

Ser autor de discurso implica a responsabilidade pelo que se disse. As piadas são anunciadas anonimamente: “sabe da última que ouvi?” ou “você sabe aquela piada do português que...”. Se não há autor, não há quem responsabilizar pela circulação de um discurso eventualmente proibido ou desrespeitoso: não há julgamento moral sobre quem conta piadas. então, circulam piadas que falam de preconceitos raciais, da “burrice” dos portugueses e das loiras, de homossexuais, de “velhinhos”
(Folkis, 2004, p. 12).


Qualquer discurso humorístico, na qualidade de discurso, nasce em um contexto histórico-social que o justifica e o qualifica. certamente que ninguém é condenado por contar piadas racistas, sexistas, homofóbicas ou qualquer outra que revele preconceitos, tampouco são condenadas as pessoas que riem e acham engraçadas as piadas. Mas os preconceitos e as discriminações veiculam-se em forma de piadas. O discurso politicamente proibido pode ser pronunciado, uma vez que ele não é levado a sério, pois aparece sob forma de “brincadeira”. Aí é que julgamos que mora o perigo.

As piadas analisadas neste artigo foram selecionadas do site www.orapois.com, que reúne um conjunto extenso de piadas. As piadas em forma de texto estão classificadas em 32 temas. Assim, podemos encontrar no site, de acordo com a classificação adotada, por exemplo: piadas de argentinos, bêbados, bichas, cornos, gagos, loiras, loucos, papagaios, sogras, português, japonês, judeus/turcos, mineiros, gaúchos, caipiras, etc. É necessário ao internauta apenas selecionar o tema que deseja e escolher a piada que deseja ler. O site oferece ainda outras opções para diversão dos internautas. As outras opções são temáticas na seguinte ordem: “Destaques”, “Imagens”, “Multimídia”, “Jogos” e “Outros”.

No subtema “idosos” são registradas 313 piadas de texto. Para efeito comparativo, no subtema "português” há 950 piadas e é o tema preferido, ocupando o primeiro lugar de piadas. em seguida, vêm as piadas subtemáticas de “Joãozinho”, com 793, e posteriormente estão as piadas de “loiras”, que reúnem 546 anedotas. Todas elas recebem títulos bem sugestivos ao conteúdo e estereótipo que cada piada ressalta, sugerindo assim que a nomeação das piadas é um elemento importante na construção destas.

Alguns exemplos encontrados nos títulos das piadas: “casa de velhinhos”; “Velhinho de 80 anos”; “Duas velhinhas numa cidadezinha”; “Velhinho tarado”; “No quarto do asilo”. O conjunto de títulos é importante por ser revelador dos preconceitos para com os idosos como, por exemplo, a infantilização (velhinho) ou o lugar adequado que os idosos deveriam ocupar (asilo) e talvez reprimir a sexualidade na velhice (tarado).

As piadas que têm as pessoas idosas como atores estão predominantemente relacionadas aos estereótipos corporais decadentes associados à doença e à incapacidade. Assim sendo, a sexualidade (principalmente masculina) está fortemente presente no conteúdo das piadas. Outros dois estereótipos predominantes são a ausência da memória associada à demência.

As piadas são contadas nos mais diversos “salões” da vida social. Esclarecemos que as piadas selecionadas neste artigo para ilustrar o preconceito estão redigidas e nomeadas da mesma forma que estão no site de origem. Não incluímos algumas piadas por considerá-las inadequadas no presente texto e poderiam causar constrangimentos aos leitores. entretanto, a maioria das “piadas de idosos” é vexatória e obscena. O nosso propósito neste artigo é contribuir, no campo da gerontologia, para uma reflexão sobre a linguagem preconceituosa e discriminatória das piadas de “mau gosto” sobre pessoas idosas. Acreditamos que não existem piadas “de bom gosto” em contraponto ao tema do nosso artigo. Uma piada só terá graça se desqualificar o sujeito que nela está referido. O objetivo é fazer o receptor rir da desqualificação do outro. A piada que está registrada no início deste capítulo é um exemplo. A personagem “velhinha”, além de soltar gases, também tem problemas de olfato e ouvido. A graça
da piada está no fato de ela ter o comprometimento dos seus sentidos. A piada abaixo reforça as limitações dos sentidos:

A velha surda
A velhinha fazia tricô na antessala do médico quando a recepcionista a adverte:
– Hoje não é dia de consultas!
A velhinha continua fazendo o seu tricô. A recepcionista imagina que
ela deveria ser surda e mostra-lhe a mensagem escrita num pedaço
de papel.
E a velhinha:
– Por favor, leia pra mim, minha filha! Estou sem óculos

Classificamos as piadas em três temas que reforçam os mitos e preconceitos a respeito da velhice:

Dores do corpo
Dependência física, múltiplas doenças, problemas de audição, dores pelo corpo e outras limitações estão presentes nas piadas. Sob a “capa” da brincadeira, as piadas burlam a interdição dos discursos não autorizados e transgridem ao circular na vida social as discriminações para com os mais velhos. As piadas podem dizer o que se pensa sem sofrer as penalidades sociais e até mesmo jurídicas.

Listinha
A velhinha com mais de 80 anos, mas toda elétrica, entra na farmácia.
– Vocês têm analgésicos?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm remédio contra reumatismo?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm Viagra?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm remédio para o coração?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm pomada antirrugas?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm gel para hemorroidas?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm bicarbonato?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm antidepressivos?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm soníferos?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm remédio para a memória?
– Temos sim, senhora.
– Vocês têm fraldas para adultos?
– Temos sim, senhooooora.
– Vocês têm...
– Minha senhora, aqui é uma farmácia, nós temos isso tudo. Qual é o seu problema?
– É que vou casar no fim do mês. Meu noivo tem 85 anos e nós gostaríamos de saber se podemos deixar nossa Lista de Casamento aqui com vocês...

A piada acima apresenta a velhice caricaturada com todos os problemas de saúde. A lista de presentes do casal idoso está disponível na farmácia. O que a piada aponta não é o casamento dos idosos, mas sim a lista de presentes que os velhos devem ganhar dos convidados. Aí esta a graça. Pessoas idosas, ao chegar aos 80 e 85, só poderão precisar de medicamentos e insumos presentes na farmácia.

O pensamento homogeneizado de lugar social da velhice é o asilo, conforme a piada abaixo assinala. O próprio marido oferece à esposa a ida ao asilo. Reforça-se também a questão de gênero. Lugar de velho, e principalmente da mulher, é no asilo, negando aos sujeitos maiores de 60 anos o direito de viver na vida social.

Por favor, senhor...
– Por favor, senhor, poderia contribuir com alguma coisa para o
Asilo das Velhas?
– Claro que posso! Espere só um momento, que vou buscar minha
mulher!

Memória
As piadas sobre pessoas idosas revelam que estas têm problemas de
memória e por isso são esquecidas e confusas. Os valores e atributos negativos do esquecimento são predominantes nas piadas sobre a velhice.

Memória afiada
O velhinho se gabando para a netinha fala:
– Olha, menina, eu tenho 89 anos e não tenho problema de
memória. Meu segredo é que eu sempre associo nomes a fatos do
dia a dia; por exemplo, pra lembrar seu nome, eu me lembro da famosa jogadora de vôlei e pronto, seu nome é Paula.
A netinha logo responde:
– Vovôôô, a famosa jogadora é de basquete e meu nome é Hortência.

Uma velhinha de uns 70 anos. . .
Uma velhinha de uns 70 anos estava sentada no banco da praça, chorando copiosamente. Um sujeito que passava pelo local se comoveu com a cena e perguntou:
– Minha senhora! Qual o motivo de tanto choro?
– Tenho um namorado de 22 anos em casa! - Respondeu ela aos prantos. – Ele faz amor comigo todas as manhãs, depois me traz café na cama: cereais, ovos mexidos, frutas. . .
– Mas por que a senhora está chorando?
– Ele também faz a minha sopa preferida, os meus bolinhos preferidos. . . Faz amor comigo a tarde toda. . .
– Mas. . . por que o choro, minha senhora?
– No jantar ele me faz uma comida deliciosa com um vinho excelente e uma torta deliciosa de sobremesa e depois faz amor comigo até de madrugada!
– Então me diga! - Gritou o sujeito, aflito. – Por que cargas d’água a senhora está chorando?
Então a velhinha olhou para ele e disse:
– É que eu não consigo lembrar onde moro!

Sexualidade
Há uma crença que associa o envelhecimento a declínio e ausência do desejo sexual. Piadas de sexo entre os idosos são as preferidas. As cores, as expressões, os personagens são cruéis e na sua grande maioria recheados de vulgaridade e obscenidade. Nas piadas, os velhos são impotentes ou são tarados.

Velhinho tarado
Um senhor chega à farmácia e, enquanto esperava para ser atendido, ouviu uma moça dizer:
– Por favor, me dê um mamex!
O velhinho ficou intrigado e perguntou:
– O que é mamex?
O farmacêutico respondeu:
– É um remédio para endurecer os seios.
E o velhinho sussurra:
– Ah! Então o senhor me dê um pintex, por favor!

Aposentadoria
Quando apresentei minha documentação para a merecida aposentadoria do INSS a atendente pediu a carteira de identidade pra confirmar minha idade. . .
Procurei e percebi que esquecera o documento em casa.
– Vou até lá buscar e volto em seguida.
A mulher me disse:
– Desabotoe a camisa.
Abro a camisa meio sem jeito e revelo meu tórax cheio de cabelos grisalhos e ela comenta:
– Esse cabelo prateado é prova bastante para mim, e processa o protocolo, recebendo a documentação.
Quando chego em casa e conto pra minha veia sobre a experiência no guichê do INSS, ela me disse:
– Você devia ter baixado as calças. Ia conseguir uma aposentadoria por invalidez!

Considerações finais
A percepção sobre a velhice e o envelhecimento precisa ser transformada na vida social. Torna-se necessário reafirmar o compromisso de todos para um envelhecimento digno no Brasil, de tal forma que se assuma o compromisso de proteger e defender os direitos das pessoas mais velhas, reunindo esforços para erradicar todas as formas de discriminação e violência. É preciso reconhecer que as pessoas idosas são sujeitos de direito pleno e que as atitudes antienvelhecimento devem ser afastadas da vida social. esperamos que as considerações e o conteúdo do presente texto possam contribuir para uma nova atitude geradora de ressignificações sobre a velhice e o envelhecimento.

Referências bibliográficas 
FOLKIS, G. M. B. Análise do discurso humorístico: as relações marido e mulher nas piadas de casamento. 2004. Tese (Doutorado em Linguística) – Universidade estadual de Campinas, Campinas, 2004.
GEERTZ, cliford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: Zahar, 1998.
TÓTORA, S. Ética da vida e envelhecimento. In: CÔRTE, B.; MERCADANTE, E. F.; GAETA, I. G.
(Orgs.). Envelhecimento e velhice: um guia para a vida. São Paulo: Vetor, 2006.
SITES CONSULTADOS
 Orapois.com. Disponível em: www.orapois.com. Acesso em: 17 maio 2012.

Um comentário:

Anônimo disse...

Isso aconteceu comigo!
Depois de tanto ouvir a propaganda do viagra, fui sincero com minha mulher. "V ou ali na farmácia". "Fazer o quê?" - pergunta ela. 'Vou comprar viagra". "Espera que também vou", interveio. "Vai comprar o quê?" - perguntei rápido. "Tomar vacina contra tétano". "Como, você se machucou, se feriu?". "Não. Vamos que esse seu negócio aí, que já está enferrujado..."

Gabriel. Bié. Campinas. 81. Coitado...