Luís Pelegrini
(revista Oásis)
Na década de 1960, quando o cientista britânico James Lovelock lançou a sua Teoria de Gaia, a proposta provocou celeuma nos meios acadêmicos em todo o mundo. Essa teoria, batizada com o nome da deusa grega Gaia, máxima divindade da terra, propunha nosso planeta não mais como um imenso aglomerado mineral a rodopiar pelo espaço a fora, mas sim como uma criatura viva, dotada não
apenas de um corpo físico-químico, mas também de funções biológicas, de uma “psique”, de uma inteligência e inclusive
– por que não – de uma “alma".
A Teoria de Gaia, assim sendo,
não podia deixar de interessar também aos esotéricos de todas as linhas, sobretudo aqueles mais moderninhos, identificados com as descobertas e os
alertas da ecologia. Ela resgatava, em linguagem científica, teorias defendidas pelas tradições antigas. Retomava conhecimentos
oriundos de um tempo em que não havia separação entre ciência, religião, arte e filosofia.
O interesse pela
teoria, após o clamor do lançamento, durou relativamente pouco. Ainda muito ancorado no modelo racionalista cientificista, o mundo da ciência reagiu com certo desprezo às propostas de
Lovelock.
Sobraram, no apoio irrestrito a ele, os esotéricos e alguns importantes nomes da ecologia, sobretudo os especialistas em ecologia sistêmica.
Os anos passaram, a própria ciência tornou-se mais e mais esotérica, mais e mais próxima das antigas sabedorias e
convicções que chegaram até nós através dos milênios, e, hoje, a Teoria de Gaia passa por um processo de resgate. A matéria de nosso link apresenta uma síntese dela, e uma mais recente amplificação da mesma feita pelo próprio James
Lovelock.
Ele reafirma agora que a Terra é, sim, um ser vivo. E nós fazemos parte dele. Somos o seu sistema nervoso.
Nenhum comentário:
Postar um comentário