AGENDA CULTURAL

14.8.22

Os quatro pilares da autoestima - Gervásio Antônio Consolaro


            A imagem que você tem de si mesmo não é herdada ou geneticamente determinada, é aprendida. O cérebro humano conta com um sistema de processamento de informação que permite armazenar um número praticamente infinito de dados.              
          Essa informação, que recolhemos da experiência social ao longo da vida, é guardada na memória de longo prazo em forma de crenças e teorias. Assim, temos modelos internos de objetos, significados de palavras, situações,  tipo de pessoas, atividades sociais e muito mais. Esse conhecimento do mundo, equivocado ou não, nos permite prever, antecipar e nos preparar para enfrentar o que venha a acontecer. O futuro está no passado armazenado.

       A principal fonte para criar a visão do mundo  que você assume e pela qual se guia surge do contato com pessoas (amigos, pais, professores) de seu universo material e social imediato. E as relações  que estabelece com o mundo circundante desenvolvem em você uma ideia de como acredita ser. Os fracassos e sucessos, os medos e inseguranças, as sensações físicas, os prazeres e desgostos, a maneira de enfrentar os problemas, o que lhe dizem e os que não lhe dizem, os castigos e os prêmios, o amor e a rejeição percebidos, tudo conflui e se organiza em uma imagem interna sobre a sua própria pessoa.

     Uma boa autoestima (amar a si mesmo com contundência) tem inúmeras vantagens. Só para citar algumas, ela lhe permitirá:

   . Aumentar as emoções positivas. Você se afastará da ansiedade, da tristeza e da depressão e se aproximará da alegria e da vontade de viver bem e melhor.

    . Atingir níveis de maior eficiência nas tarefas que empreende. Você não se dará por vencido com facilidade, vai perseverar nas metas e sentir competente e capaz.

     . Relacionar-se melhor com as pessoas. Tirará de suas costas  o desagradável medo do ridículo e a necessidade de aprovação, porque você será o principal juiz de sua conduta. Não que os outros não interessem, mas você não dependerá dos aplausos e dos reforços externos e lidará com as críticas de maneira mais objetivas.

    . Amar seu parceiro ou parceira e gostar de seus amigos tranquilamente. Você dependerá menos deles e estabelecerá um vínculo mais equilibrado e inteligente, sem o terrível medo de perder os outros.

     . Ser uma pessoa mais independente  e autônoma. Você se sentirá mais livre e mais seguro para tomar decisões e dirigir sua vida.

Os Quatro Pilares:

. Autoconceito: o que você pensa de si mesmo;

. Autoimagem: que opinião tem de sua aparência;

. Autoreforço: em que medida você se premia e se gratifica;

. Autoeficácia: quanta confiança você tem em si mesmo.

       Se estiverem bem estruturados, serão os quatro suportes de um ego sólido e saudável; se funcionarem mal, serão como os quatro cavaleiros do Apocalipse.

      Se falhar em alguns deles isso será suficiente para que sua autoestima se mostre manca e instável.

      E se um único cavaleiro desembestar, os três restantes o seguirão como uma pequena manada fora de controle.

     Um amor-próprio saudável e bem constituído partirá de um princípio fundamental. “Eu mereço tudo  aquilo que me faça crescer como pessoa a ser feliz” Mereço: assim, saboreado letra a letra. Não importa o que pense: você não merece sofrer, de modo que, enquanto puder evitar o sofrimento inútil e desnecessário, estará respeitando a si mesmo. Não existe felicidade completa sem respeito próprio, sem se manter fiel a seu próprio ser e ao potencial que tem dentro de si, resenha de outro capitulo do livro do autor Walter Riso “Apaixone-se por si mesmo”  

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito.                      g.consolaro@yahoo.com.br 

     

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