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30.6.25

Juliana Marins - esporte radical




RESUMO DA NOTÍCIA: A brasileira Juliana Marins, de 26 anos, que caiu de um penhasco durante a trilha de um vulcão, foi localizada já sem vida. A confirmação da morte foi feita pela família da brasileira nas redes sociais. Juliana fazia um mochilão pela Ásia desde fevereiro. O acidente aconteceu logo no primeiro dia da expedição a pé pelo vulcão Rinjani, na Indonésia. Ela caiu de um penhasco e foi localizada a cerca de 300 metros abaixo do local por drones. Desde então, equipes se deslocavam para tentar salvar a jovem, que caía cada vez mais.(RecordR7)


O esporte mais radical que eu pratiquei, apenas uma vez, foi voar numa montanha russa num parque instalado na Expô de Araçatuba. Este cronista ainda novo, cheio de aventuras, se dispôs a ser o primeiro da fila (da montanha e da família) a escorregar. 

Como primogênito, fui apontado para isso, corajoso, aceitei a indicação familiar dos Consolaros. Não cheguei a ser um calça-cagada, mas quase. Gritei até o fim. 

Ando de avião, mas tenho medo de altura, com a velhice não troco lâmpada em minha casa se precisar de escada. Adotei o ditado popular como filosofia de vida: melhor um covarde vivo do que um corajoso morto. Sou apenas corajoso ao digitar.

Quando soube das peripécias de Juliana Martins, tive um frio na espinha. Como pode uma pessoa ter coragem em desafiar suas próprias limitações. Eu me identifico com a frase de Leon Tolstói: "É corajoso quem teme o que se deve temer, e não teme o que não se deve temer."   

Nem todo mundo teve peninha de Juliana Martins. Escutei uma velhinha dizer: menina arteira precisa é levar umas boas chineladas. Mas a solidariedade humana não é um sentimento restrito aos certos, aos corretos, os erráticos também merecem ser ajudados. É quase uma empatia.

O outro lado da moeda é que todos, que puderam, ganharam dinheiro com o fato de a louca, mochilão, ter sofrido um acidente num lugar tão perigoso? Principalmente o jornalismo. Houve até um sujeito que organizou uma vaquinha digital a favor de Juliana Martins sem autorização da família. Este cronista aproveita o fato para escrever uma crônica.   

      

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