AGENDA CULTURAL

17.12.21

Linguagem corporal - Gervásio Antônio Consolaro

Quanto menos você fala, mais será ouvido. Abigail Van Buren

        Você conquistará o sim mais depressa quando entender o que seu alvo estiver dizendo realmente, e, surpreendentemente, a melhor maneira de entendê-lo é observando-o.

         Estudos demonstram que nós comunicamos muito mais pela forma não verbal. É por isso que ao combinar técnicas verbais você pode se tornar um gênio da comunicação.

        Veja só o que acontece quando conhecemos alguém. Durante aquela primeira impressão em fração de segundos fazemos um julgamento inicial sobre a pessoa: se é atraente, se tem carisma, se é confiável, competente ou agressiva. Isto acontece normalmente, às centenas de vezes ao dia. Os resultados desses encontros  tornam-se parte de nosso sistema  de piloto automático. Nosso pequeno banco de dados determina quais características fazem um indivíduo ser um sim ou um não.   Com certeza, mesmo que tais julgamentos iniciais ocorram, se o encontro for de fato efetivo, os próximos momentos tornam-se vitais para o quadro. Como é que funciona?

       Nosso mesencéfalo (amígdala) registra a impressão imediata da pessoa. Ela inspira segurança? Não é ameaçadora? Como se classifica de acordo com os critérios que acabei de alinhar? Depois, vem o neocórtex, com uma avaliação mais analítica. Com base em experiências anteriores, o cérebro – sua própria e pequena base de dados e filtros – faz uma série de cliques, como uma máquina fotográfica, do estilo de aproximação da pessoa: tom de voz, aperto de mão, reconhecimento espacial, cheiro, sorriso. Cada bit de informação avaliável é captado e comparado com as experiências de vida que temos, de maneira a acender um sim ou não. É isso – a primeira impressão formada! Pode ser a correta, mas é feita de qualquer forma.

        Do mesmo modo que os outros o avaliam, seu cérebro o está avaliando. Então, a pergunta de um milhão de reais para todos os céticos de plantão: vocês estão recebendo informações corretas ou será que a pessoa com quem estão falando sabe transmitir uma impressão favorável e esconder seus verdadeiros motivos? Aqui está uma maneira de saber.

       Por fim, observem  tantas pessoas quanto puder – colegas e amigos de longo tempo e estranhos com que esbarra na rua. Perceba suas expressões e movimentos, postura. A pessoa pode estar sorrindo e movimentando a mão, mas para onde seus pés estão apontando? Se apontarem para uma  direção diferente de onde você está, ela não veja a hora de sair dali.

O assunto não pode ser esgotado pelo espaço que dispomos, com certeza voltaremos a com ele em próximas publicações.

Gervásio Antônio Consolaro, diretor da AFRESP, ex-delegado regional tributário, auditor fiscal da receita estadual aposentado, formado em administração, ciências contábeis e bacharel em Direito. 

E-ail:  g.consolaro@yahoo.com.br  

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