Polícia Federal deflagra, nesta sexta-feira (04), operação Erro de Tipo II
Ação investiga possível manipulação de pesquisas eleitorais de intenção de votos para prefeitos em cidades da região
Ação investiga possível manipulação de pesquisas eleitorais de intenção de votos para prefeitos em cidades da região
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Que motivo levam duas pessoas, que hipocritamente chamamos de "do bem", candidatos a liderar uma cidade a partir para a baixaria?
Assim fizeram os candidatos a prefeito nas eleições de 2024. Os dois querem endireitar Araçatuba, ou seja, são candidatos da direita (bolsonaristas): Filipe Fornari (PP) e Deocleciano Borella (PSD). Pareciam dois moleques brigando no portão da escola.
Filipe Fornari é médico legista, por isso é considerado policial, se achou no direito de dar voz de prisão ao coronel aposentado da Polícia Militar, Deocleciano Borella. Só porque o candidato do prefeito falou que o médico anda mal acompanhado, com gente acusada de corrupção e ligada ao PCC.
Os candidatos Lucas Zanatta (PL), duas vezes vereador, e Bruno Pandini (novo) também se pegaram. Bruno, sujeito que odeia Araçatuba, disse que o cara com oito anos de Câmara Municpal não aprendeu nada sobre a cidade. Ficaram apenas nas palavras.
E o Cido Sério (PV), único da esquerda, já foi prefeito por oito anos, navegou em águas límpidas e mansas, explicando suas propostas de governo. Fazendo graça!
Até que Borella se irritou com suas vantagens e perguntou se Cido Prefeito, no seu tempo de prefeito, havia construído o Estádio Municipal Adhemar de Barros (inaugurado em 1939) e se foi ele que fez o Tietê. Silêncio. Que ia responder o espertinho?
Encontrei o rio pronto, mas se você tirar uma foto da margem do rio antes e depois de 2009, vai perceber que foram construídos muitos ranchos, porque eu incentivei o turismo em Araçatuba. Alívio geral. O cara é bom mesmo!
Nunca se falou tanto nesses dias de campanha eleitoral de 2024 em "plano de governo". Tanto nos comitês como nos debates e entrevistas. É bom dizer que vereador não governa, apenas discute, por isso pode ter um plano de ação parlamentar. Não é uma exigência.
Ao registrar o candidato a prefeito junto à justiça eleitoral, o partido ou a federação precisa entregar o seu plano de governo por escrito. Pode ser simples, mas o registro da candidatura só se concretiza com ele.
Há alguns anos, quando começou a ser exigido, o plano era uma peça de ficção. Aquilo que não ia ser levado a sério: exigência burocrática. Parecia o antigo plano de ensino feito pelo professor para o ano letivo, era até copiado.
Mas qual é a função de um plano de governo ou plano de ensino? Fazer o agente parar para pensar, refletir, organizar suas ações. Depois, o registro passa a ser uma peça de comunicação entre os envolvidos.
O repórter antes da entrevista com o candidato pega uma cópia do plano de governo no fórum para organizar suas perguntas. Se o vice-prefeito assumir, vai dar continuidade ao governo olhando o plano do qual certamente participou na elaboração.
O diretor da escola e o supervisor de ensino vai saber se o professor está desenvolvendo o conteúdo programado, olhando no plano de ensino que ele entregou após a reunião pedagógica do início do ano. Assim, estabelece-se uma cadeia de cobrança.
Atualmente, ainda, o plano de governo entregue é uma lista de ações e obras a serem executadas, mas ele devia ser mais complexo, apresentando metas, tempo de execução e outros quesitos.
Um plano de governo bem feito, bem apresentado, revela o grau de compromisso que o candidato tem com seu município. Não se trata apenas de uma exigência burocrática.
DESCONHECIMENTO DA SOCIEDADE
Dia 01/10/2024, participei de uma reunião de candidatos a prefeito e vice de Araçatuba com os Gestores da Paz com professores e agentes envolvidos com a educação, que foi precedido de um debate. Iniciativa elogiável da Vara da Criança e do Adolescente. Eu estava lá na condição de candidato a vice.
Mas houve dois erros. Acabou o debate, sacaram um documento de uma pasta com oito itens, escrito por eles, sem levar em consideração o que foi debatido pelos candidatos.
O segundo erro foi mais grave. Os organizadores ignoraram que os planos de governos já havia sido entregues à justiça eleitoral. A carta compromisso era um documento sem efeito. Tal evento precisa ser organizado na época do registro das candidaturas, como forma de influenciar nos planos de governo.
A democracia vai nos ensinando os caminhos, políticos e sociedade vão se aprimorando. Mal mesmo foram os candidatos Filipe Fornari (PP) e Lucas Zanatta (PL) que nem compareceram.
1. A garra e a disposição do nosso candidato em pedir pessoalmente o voto e estar nas regiões onde situa-se o maior foco de pessoas submetidas às vulnerabilidades sociais.
2. A garra das equipes de trabalho, que embora diminuta, constitui-se de pessoas que acreditam no candidato, percorrendo todos os bairros da cidade, juntamente com o Cido, com muita garra e disposição.
3. A Presença do Ministro Paulo Teixeira na Plenária, revitalizou a campanha, trazendo um novo ânimo nesta reta final.
4. O jornal da campanha, apresentou excelente diagramação, com uma boa abordagem em todas as realizações nas duas gestões do Prefeito Cido.
5. Cido Sério, foi o grande destaque do debate da TV Tem, comprovando que como prefeito foi o responsável pelas obras mais importantes existentes na cidade, além de ser o candidato mais preparado para o debate político na TV e na mídia!
6. O debate do SBT, que será realizado no dia 2/10 (quarta-feira), será extremamente importante, podendo estabelecer um novo marco no processo eleitoral. Ainda há metade do eleitorado que não fez a escolha do candidato a prefeito.
Marcos Benedito da Silva - pastor
Hélio Consolaro, jornalista, vice de Cido Sério, com o pacote de jornal, matando saudade do tempo do jornal de papel |
Chico Caruso 24/07/1985 / Agência O Globo |
Estamos em plena campanha eleitoral, cá está este cronista, que se atreve a ser chamado de escritor, metido de novo em contendas eleitorais. Pensando que vai esconder a sua cultura livresca diante do povo de cultura viva.
Literato quando chega a algum cargo alto foi por nomeação, como o Carlos Drummond de Andrade, que era chefe de gabinete de Gustavo Capanema, ministro da Educação de Getúlio Vargas. O poeta chegou a militar no PCB (Partido Comunista Brasileiro).
O escritor que foi mais longe nos cargos políticos foi o maranhense José Sarney, autor de "Marimbondos de fogo": presidente da República. Mas foi eleito indiretamente como vice de Tancredo Neves, e assumiu porque era o vice. Não tinha por onde correr.
Fernando Henrique Cardoso chegou à presidência pelo voto direto como um intelectual. Homem da universidade. Publicou livros com suas teses, não se trata de um escritor da literatura brasileira. A sua ação reflete até hoje com o Plano Real e a moeda "real".
Na época do império, José de Alencar, autor de Guarani, Senhora, Iracema e outros livros, que foi deputado estadual pelo Ceará em 1860; depois 1868 tentou ser senador, mas foi preterido por Dom Pedro II pela pouca idade (40 anos). Diz a história que foi mesmo manobra.
Outro militante da esquerda, PCB, Graciliano Ramos, foi prefeito nomeado de Palmeira dos Índios (Alagoas). Sobrevoou a política, mas foi bom mesmo na literatura.
Baiano cabeça-grande, Rui Barbosa, fundador da Academia Brasileira de Letras também foi político, eleito deputado para a Assembleia da Bahia. E em 1878, foi eleito para Assembleia da Corte. Foi ministro da Fazenda de Marechal Deodoro, na república. A sua literatura era veículo para seu pensamento político.
Jorge Amado, outro comunista brasileiro nas letras, constituinte de 1947, conseguiu aprovar a liberdade de culto, que até hoje é questionada pela ultradireita. A partir do livro Gabriela deixou de seguir o o PCB, abandonou a ideia de fazer catequese política com seus livros. Depois disso foi sucesso nacional.
Mario Vargas Llosa é um escritor, político, jornalista, ensaísta e professor universitário peruano. É um dos romancistas e ensaístas mais importantes da América Latina e um dos principais escritores de sua geração. Candidatou-se a presidente do Peru, mas não foi vitorioso.
Um conhecido escritor francês no Brasil por sua obra juvenil "O menino do dedo verde" é Maurice Druon, publicado há seis décadas, pioneiro no tema ecologia. O seu autor foi ministro da Cultura na França no século 20. Sempre adotei o livro para o ensino fundamental. Valorizar o verde, desde o Palmeiras, foi minha sina.
As mulheres escritoras não têm protagonismo político evidente. Elas lutam para ter espaço no mundo machista da literatura ou da política, separadamente. Recentemente, descobrimos algumas mulheres brasileiras em certos estados que tinham uma formação intelectual e partiram para a militância política. Infelizmente, o mundo feminino no Brasil é refratário à participação política e o mundo masculino não colabora.
Mais recentemente temos o bolsonarismo, conectado com a ultradireita internacional. Não temos notícias de figuras literárias neste campo político. O máximo que o bolsonarismo produziu foi cantor sertanejo.
Hélio Consolaro é professsor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Entre nós, há os esquentados, que de repente mata alguém por bobagem (não se deve matar nem por coisa séria). Numa família, há sempre um um sujeito de estopim curto.
Num churrasco de parentes, há sempre alguém escalado para ficar perto do cara. Existem também aqueles que fazem um quebra-quebra com as cadeiras de uma lanchonete. Adora ver tudo quebrado. Esse tipo é bem mais raro entre as mulheres.
De repente, um desses esquentados resolve ser militante político. Aí todo mundo fala que político nenhum presta. O cara já era assim na sociedade, pulou para a política porque encontrou a porta aberta e de repente, por ser assim, é o mais votado. Não era louco sozinho. E a política leva a fama.
Assim aconteceu com Pablo Marçal e José Luís Datena. Insultos e cadeirada destinam o rumo político da maior cidade da América Latina. A coisa foi tão feia que até mereceu a condenação do maior porra-louca da política brasileira: Bolsonaro.
Gusttavo Lima
Rico e pobre são duas categorias sociais que extrapolam a sociologia e a economia. Rico que ficou pobre é um mau pagador, descontrolado. Ganha como pobre, mas gasta como rico.
Pobre que ficou rico facilmente é um esbanjador, se não alguém de confiança para gerenciá-lo, vai ficar na merda de novo. Estão nessa categoria artistas, atletas e sortudos das loterias.
Gusttavo Lima ficou rico, frequentou ambientes de muito glamour e sem estudo, levar vantagem é o seu lema. Na política, não ficou neutro, pulou para o pior lado, se juntou aos iguais. Fez investimentos com dinheiro dos cachês em segmentos duvidosos e está com prisão decretada. O que era bom, ficou ruim.
Quem quiser conhecer bem a personalidade Gusttavo Lima leia a entrevista do fotógrafo Tinhu Gomes concedida a Fábia Oliveira, portal Metrópole
Eduardo Galeano – escritor uruguaio
“Vivemos em plena cultura da aparência: o contrato de
casamento importa mais que o amor, o funeral mais que o morto, as roupas mais
do que o corpo e o culto mais do que Deus. Vivemos na cultura da embalagem, que
despreza o conteúdo.”
O escritor exagera, nem tudo está perdido, mas a sua hipérbole
compensa, pois só com o exagero entendemos a realidade do cotidiano desgastado.
Essa é a função da literatura.
Fachada da sede da Academia Araçatubense de Letras Pintura de Duxtei Vinhas Ítavo |
Quando Dilador Borges (PSDB) assumiu a prefeitura de Araçatuba, em 2017, ele disse que a saúde seria a sua prioridade. Não sabemos se ele se esqueceu de seu propósito ou a oposição está sendo cruel com ele.
Não importa a resposta, na verdade, a falência da saúde de Araçatuba é discurso fácil para falar mal da atual administração, principalmente depois da Covid 19. Dilador foi economizar na saúde para recapear alguns quarteirões de rua.
Durante a pandemia, Dilador agiu bem, nada de negacionismo, mas na campanha presidencial de 2022 foi apoiar o genocida. Faltou-lhe inteligência.
O candidato Cido Sério (PV), do qual sou vice, acusa-o de abandonar duas UPAS (pronto socorro), Umuarama e Morada de Nobre, iniciadas por ele (seu antecessor), transformando-as em duas UBS (Unidade Básica de Saúde). Assim, Araçatuba, com mais de 200 mil habitantes continuou com apenas um pronto socorro municipal.
Quando Cido Sério me escolheu como vice de sua chapa já declarou que sua candidatura estava compromissada com a cultura, pois fui seu secretário da Cultura nos dois mandatos.
Assim, ele foi convidado pela Academia Araçatubense de Letras, que de suas fileiras já saíram três secretários da Cultura: Marli Garcia, Cecília Vidigal e Hélio Consolaro. No dia 17/09/2024, reuniram cerca de 30 pessoas em sua sede, na rua Joaquim Nabuco, 210 para apresentar propostas.
Quando adentrou o prédio Cido Sério, em tom de brincadeira, olhou na galeria de fotos e perguntou:
- Cadê a minha foto?
O prefeito é membro honorário da AAL enquanto estiver nessa condição. Em tom de fé e brincadeira, respondi-lhe:
- Em primeiro de janeiro retornará.
As reivindicações da entidade, juntamente com o Grupo Experimental e outros agentes culturais, estiveram muito ligadas à Vila Ferroviária, na qual a entidade ocupa o número 210 da rua Joaquim Nabuco.
1) Reforma da sede, que está com piso de madeira frágil.
2) Secretaria municipal de Cultura apresentar edital para que o projeto Poesia no Muro consiga dinheiro público para espalhar poesia pelos muros de Araçatuba. Atualmente parado por falta de dinheiro.
3) Regulamentar a ocupação da Vila Ferroviária (ruas 15 de novembro, Olavo Bilac e Joaquim Nabuco), que ela seja somente ocupada por entidades culturais.
4) Transformar o último quarteirão das ruas Olavo Bilac, Joaquim Nabuco e o Largo Estação num bulevar turístico-cultural (calçadão), já que o terminal rodoviário sairá do local. Seria uma restauração do centro velho.
5) Emitir edital para publicação de livros com mais frequência.
Essas reivindicações valem também para outros candidatos a prefeito. Aliás, eles podem agendar reunião com os acadêmicos junto ao presidente Carlos Eduardo Brefore Pinheiro.
A reunião terminou em agradecimentos e aplausos.