AGENDA CULTURAL

18.11.25

Gurus eletrônicos - influenciadores


Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP
Não estou falando de gurus políticos, como tiveram Bolsonaro (Olavo de Carvalho, já falecido), Aleksandr Dugin (Putin) e Steve Bannon (Donald Trump). Nenhum dos três governos tinham vocação democrática. Na verdade, são palpiteiros holísticos.

Mas o assunto de minha crônica é gente miúda que quer disseminar o mal, desviar adolescentes, pedófilos ou gente que diz fazer o bem para ganhar dinheiro. Além dos radicais políticos que se acham donos da verdade.

Trata-se de uma categoria de gente que surgiu com a internet. Alguns são chamados de coach, quando bem intencionados. Antigamente, o desempregado limpinho se chamava de "representante comercial". Hoje, influenciador.

Regular a internet no Brasil é se livrar um pouco do lixo, regulamentar as ações na rede. Liberdade de expressão não é destilar ódio, destratar pessoas pela rede social, como foi vítima o vereador de Araçatuba Luciano Perdigão.

Eu sou aposentado. Escrevo porque gosto, e as redes sociais é o meio mais barato de divulgação. Também sou jornalista e publiquei meus textos em livros. Não sou influenciador e nem coach. Já que a sociedade brasileira só considera escritor aquele que publica livros de papel, por isso também tenho livros publicados. Assim faço minha terapia diariamente. Tenho formação universitária.
Antigamente, tudo que era bom vinha dos Estados Unidos. Produto chinês era desqualificado. Como Trump pôs o país no chão, a referência está passando ser a China, a vanguarda tecnológica

O país chinês implementou uma nova norma exigindo que influenciadores digitais chineses que abordam temas como medicina, Direito, finanças ou educação comprovem qualificações formais, como diploma universitário, licença profissional ou certificação reconhecida, antes de produzir qualquer conteúdo.
A medida faz parte dos esforços mais amplos de Pequim para regular o setor de criadores de conteúdo, reduzir informações divergentes e reforçar a credibilidade dos “gurus” on-line, amplia o controle sobre os assuntos especializados transmitidos ao público. (IA)

Exigir formação, ter controle daquilo que vai ser dito ao público não é censura. Trata-se de proteger a população da bestialidade.



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