Neste fim de semana, Estado de S. Paulo, Folha e até Veja reconhecem o erro dos que previram caos durante o Mundial de 2014; na Folha, "prenúncio de que Copa seria o 'fim do mundo' não aguentou 3 dias"; no Estado, "apesar de problemas, Copa vence o caos"; em Veja, a mesma que previa que os estádios ficariam prontos apenas em 2038, "Só alegria até agora"; será que você foi enganado pelos arautos do "Imagina na Copa"? 22 DE JUNHO DE 2014 ÀS 06:36
247 - A mídia familiar brasileira reconhece: seus leitores foram enganados nos meses que antecederam a Copa do Mundo de 2014. Sabe aquele bordão, o Imagina na Copa? Ou a teoria de que os estádios não ficariam prontos e haveria caos nos aeroportos? Era apenas terrorismo midiático, com óbvias intenções políticas.
Não é exatamente isso o que dizem os jornais deste domingo, mas, assim, poderia ser escrita a história de como grandes conglomerados de mídia desembarcaram da teoria do caos na Copa.
No Estado de S. Paulo, a reportagem de Lourival Sant'anna informa que "apesar de problemas, Copa vence o caos". "Está tendo Copa sim e o Brasil não está fazendo tão feio", diz o texto, sem esconder sua má-vontade com o próprio País. "O resultado é surpreendente: nos pontos em que se temiam mais problemas, como os aeroportos, o transporte e a segurança pública, as coisas estão indo relativamente bem".
Na Folha, Nelson de Sá diz que "prenúncio de que Copa seria o 'fim do mundo' não aguentou três dias". A reportagem, no entanto, transfere para a mídia internacional os ataques ao Brasil, como se veículos internacionais não formassem suas opiniões e consensos a partir do que recebem de informação da mídia nativa. "Do início do ano até a abertura da Copa do Mundo, a imagem do Brasil foi alvo de um ataque de histeria da mídia ocidental", é a frase que abre a reportagem da Folha. Mas onde será que a mídia ocidental se informava sobre o Brasil?
Entre os profetas do caos que tiram o time de campo, até Veja, aquela que previa a entrega dos estádios apenas em 2038, deu uma guinada. Na capa deste fim de semana, o título "Só alegria até agora". No entanto, na chamada de capa, a revista adverte que é melhor aproveitar a festa, "pois legado duradouro, esqueça". Ou seja: como se estádios e aeroportos fossem desaparecer depois do Mundial.
A verdade, pura e simples, é que leitores foram enganados. E alguns que se deixaram enganados agora estão arrependidos, como a colunista Mariliz Pereira Jorge, da Folha, que caiu na esparrela do caos, deixou de tirar férias, de comprar ingressos e de aproveitar a #copadascopas. "Chega o ano em que a Copa é no Brasil. Sempre quis uma Copa no Brasil. Vou tirar férias, passar o mês viajando pelo país, assistir a todos os jogos possíveis, fazer festa na rua, me embebedar abraçada com gente desconhecida. Broxei junto com o clima anti-copa e não fiz nada para participar dela. Ela chegou e eu fiquei de fora", disse ela (leia mais aqui).
NY Times e a Copa: "E o tal do mundo não se acabou"
Gigante nova-iorquino ‘New York Times’, considerado o jornal mais influente do mundo, admite sucesso da Copa do Mundo no Brasil com o título: "Previsão de dia do juízo final dá lugar a soluços menores": ‘Estádios atrasados, obras que não estariam prontas, segurança, transporte não aguentaria... Estas eram preocupações constantes nos dias que antecederam a Copa no Brasil. Mas depois de uma semana do Mundial, a situação no maior país da América Latina é bem mais tranquila. Os jogos são empolgantes e o drama é perfeito para a televisão’, diz o texto
"Previsões furadas: deu caos na mídia"
Site "Muda Mais" questiona reportagens da grande mídia que previam problemas diversos durante a realização da Copa do Mundo; "a Copa está rolando, as pessoas estão felizes, os turistas estão se divertindo e os jogadores e jornalistas estrangeiros estão se encantando. Os estádios ficaram prontos, o caos aéreo não rolou, nem mesmo todos os apagões previstos: de energia elétrica, de mão de obra, telefonia e internet. Sim, se você não se lembra, tudo isso foi previsto pela mídia tradicional no Brasil nos meses que antecederam a Copa do Mundo", diz o texto
Folha e Globo cometem barrigada com entrevista de sósia de Felipão
Um sósia de Felipe Scolari, treinador da Seleção Brasileira, Vladimir Palomo conversou com o colunista Mario Sergio Conti como se fosse o próprio Felipão, em um bate-papo registrado pelo jornalista em sua coluna publicada nas versões online dos jornais O Globo e Folha de S. Paulo; na "entrevista", o sósia falou sobre a seleção, os aeroportos e o jogo com o México, mas no final entregou um cartão ao jornalista com sua identidade real, mas Conti não percebeu; Folha e O Globo emitiram notas com pedidos de desculpas; caso virou piada globa
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