AGENDA CULTURAL

9.11.13

Reportagem sobre a Osesp - Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo

Tons e subtons de seis décadas de Osesp

Turnê pela Europa que se encerra hoje deu início às comemorações dos 60 anos da Osesp. Hoje dona de orçamento vultoso e de crescente prestígio internacional, a orquestra teve história pontuada, até sua reestruturação e a inauguração da Sala São Paulo, em 1997, por baixos salários e instalações precárias.

Folha de São Paulo no caderno Ilustríssima de 27 de outubro de 2013, páginas 6 e 7, publicou reportagem de Morris Kachani a respeito da trajetória da grande
orquestra.

Quando na noite deste domingo (dia 27) soarem os últimos acordes do "Titã" de Gustav Mahler no Bridgewater Hall, em Manchester, a Osesp terá concluído sua nona turnê pela Europa.
Com orçamento de cerca de R$ 6 milhões, o tour que levou 120 pessoas e sete toneladas de equipamento a 13 cidades, em 15 concertos ao longo de 21 dias, deu início ao ciclo das comemorações de 60 anos da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, que se completam em setembro de 2014.
O giro levou a agrupação a templos da música, como a Salle Pleyel, em Paris, e o Royal Festival Hall, em Londres, tocando nas mesmas séries que algumas das melhores do mundo, como a Filarmônica de Viena e a holandesa Concertgebouw.
"A Osesp está prestes a se tornar uma orquestra séria no contexto global", afirma àFolha James Jolly, editor-chefe da tradicional revista britânica "Gramophone". Para ele, a nomeação da norte-americana Marin Alsop como regente titular, a partir de 2012, "fez emergir uma identidade internacional da orquestra".
"A Osesp tem energia, flexibilidade e entusiasmo palpável. Isso é tão importante quanto tradição e herança cultural. Música clássica não é peça de museu. A vitalidade e a habilidade para se conectar com o público de hoje (e de amanhã) são essenciais. É uma orquestra da nova geração que já tem esse status", completa Jolly.
Foi a partir de sua reestruturação, em 1997, que a Osesp mudou a paisagem da música erudita brasileira. Sua trajetória de sucesso e o impressionante acúmulo de conquistas são consequência de uma injeção vultosa de recursos e de determinante vontade política.
Segundo levantamento do anuário "Viva Música!", publicação de referência sobre a atividade orquestral no país, foram 242 concertos em 2012, para 238.111 pessoas. E, no ano passado, além do corpo fixo de 169 músicos (115 da orquestra e 54 do coro), foram contratados por cachê outros 285.    

Nenhum comentário: