AGENDA CULTURAL

10.5.16

Multar no trânsito não é a única saída

Hélio Consolaro, Pré-candidato a prefeito de Araçatuba-SP*

A onda agora é pintar os meses com uma cor. Maio é amarelo, porque a cor amarela no semáforo significa espera, previdência, cuidado.

Até andei usando o lacinho amarelo em minha camisa, porque a campanha do mês é o de combate à violência no trânsito, que mata mais que todos os outros tipos de violência, inclusive mais que a guerra.
A organização do trânsito nas ruas de Araçatuba é municipalizada, inclusive a sua fiscalização, até tem uma secretaria com nome moderno: Mobilidade Urbana.

Neste ano, é a primeira vez que vejo a campanha ser abraçada pela Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana, porque o novo secretário coronel Wilson Carlos Braz acredita na força da conscientização, não basta multar, porque a multa não é a única forma de melhorar o trânsito na cidade. O cérebro do ser humano não está no bolso.

Precisamos ensinar como andar, como pedalar nas ruas, já que os veículos motorizados precisam de condutoras habilitados. As escolas necessitam fazer a campanha de conscientização diuturnamente. Nelas, todos os meses devem ser amarelos.

A guarda municipal precisa ficar nas travessias de pedestre mais usadas para ensinar que o semáforo é também uma orientação na hora de atravessar as ruas.
Para os motoristas, mais vale uma “lição de moal” do guarda na frente dos ocupantes do carro do que uma multa. Multar não pode ser um artifício do prefeito para aumentar a receita do município.

Maio amarelo de 2016 é um bom começo. O novo prefeito precisa humanizar o trânsito de Araçatuba que está matando muito. A toda hora se vê um acidente numa das esquinas da cidade.

O mau sinal é que Araçatuba não tem um Plano de Mobilidade Urbana, pois o mandado pela Prefeitura à Câmara Municipal foi rejeitado recentemente. As manifestações de 13 de junho de 2013 tinha como objetivo também a humanização das cidades, melhorar a mobilidade urbana.
Coronel Wilson Carlos Braz

Estamos analisando o plano para ver se foi apenas manobra política do Legislativo ou o Executivo mandou mesmo um plano mal elaborado.   

*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba nos anos 2009-2016

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