AGENDA CULTURAL

2.3.18

A pastora que não tem medo de cobra

Cronista é um bicho tinhoso, não se sabe qual é mais, se ele ou a cobra. Então, vi a manchete do jornal O LIBERAL "Cobra reúne família aos após 35 anos", 28/2/2018. Coisa esquisita, fui ler o texto da matéria e vi que uma pastora participou da narrativa.

Aí me deu um estalo. Essa notícia dá crônica, porque a cobra faz lembrar a serpente do Éden, me faz pensar em maldade, tentação, pecado, Bíblia, igreja, pastora. Essa pastora não tem medo de cobra. Ela é do bem.

Mas foi a cobra que reuniu a família desunida, fez o bem, porque se não houvesse a picada da jararaca no menino em Selvíria-MS, forçando a vinda da família para Araçatuba, não teria havido o encontro da família dispersa. 

E a pastora entrou na jogada para ajudar, nem fez pregação contra o mal, ou seja a cobra, nem falou em diabo, pôs as fotos nas redes sociais e isso facilitou o reencontro da família.

Tenho comigo que o mal não faz só maldade, nem o bem, só bondade. Então, o símbolo do pecado, da maldade, que é a serpente, a cobra, sem querer (ou mandada por Deus) picou Matheus Souza Gomes da Silva, dizendo:

- Se mexa, garoto; sai do comodismo, João Gomes da Silva (pai do menino), vá ao encontro de seus entes querido! 

E tudo voltou ao equilíbrio. Enfim, o jornal deu uma notícia boa, anunciou a boa nova. Mas cobra, jararaca, escorpião, esses animais peçonhentos produzem notícias boas? 

Vou tentar responder: o mal mora no bem; o bem mora no mal. E vivem solidariamente. Entendeu? Está difícil? 

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*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor.

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