AGENDA CULTURAL

21.4.19

Bombeiros, além das homenagens


Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

Bombeiros e brigadistas de incêndio, voluntários ou remunerados. Na verdade, todos nós devemos ser um brigadista em nosso meio, ficar atentos com qualquer possibilidade do desastre.  

Bombeiro não só bomba água para abafar o fogo, mas está em todos os lugares em que as pessoas e o meio ambiente estejam em risco. No Calçadão de Araçatuba, 12/04/2019, a briga foi com o fogo. Clique aqui: textos e vídeos 

Se você pensar bem fundo, caro leitor, num incêndio, numa tragédia que quase sempre são resultados da falta de cuidado, os trabalhadores pagam com a vida (bombeiros e não bombeiros), o patronato geralmente perde patrimônio. Em Araçatuba, o tenente Alex Silva de Abreu, de 32 anos, saiu bem ferido do  combate ao incêndio; e Júlio César Delfino faleceu no local. 

Quando se trata de poder público, ninguém quer pagar impostos, mas todos exigimos o melhor serviço. Assim acontece também com os bombeiros, pois todos ficamos alegres quando, em 2017, o SFF proibiu tal cobrança pelos municípios. Sem verbas suficientes, cai a qualidade do serviço prestado.


Bombeiro é abraçado em Brumadinho-MG

Nas últimas tragédias, porque bombeiros são profissionais das horas do desespero, tais profissionais foram paparicados, muitas crianças desejaram ser esse tipo de soldado quando crescer. Poucos perguntaram em que condições de trabalho atuam,  se os bombeiros recebem salário digno, se há verbas para renovarem os equipamentos. Ou mesmo tê-los.

O critério de pagamento de salário devia ser pela importância dos serviços prestados pelo profissional na sociedade, sem essa de grã-finagem receber altos salários, de doutor daqui e doutor dali, o bombeiro, por exemplo, vale muito, devia sim ser homenageado, mas também, bem-remunerado.    

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