AGENDA CULTURAL

18.4.19

Sítio Naturaleza: orgânico, sem veneno

Sítio Naturaleza - chamado por Jefferson Rabal de sala de aula
Hélio Consolaro, professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

No riacho da vida, encontramos pessoas e garranchos. Há convivências longas, outras passageiras. Eu conheço pessoas de quem gosto muito, mas elas não gostam de mim, fico triste quando constato isso. 

Certamente, a recíproca é verdadeira, pois há gente que me adora, mas não ligo muito para elas. São químicas diferentes,  energias díspares. Os santos não se conversam.

No local de trabalho, os encontros e desencontros são mais frequentes porque nele convivemos diariamente por um certo tempo. Assim, nos áureos tempos da Folha da Região, trabalhei de perto com o Jefferson Rabal (o Jeffinho), o arte-finalista das propagandas. Na linguagem machista, era uma moça de tão educado.

Eu corrigia os erros de português. Quem me conhece daquela época, se lembra que era "cabeçudo" daqui, "cabeçudo" dali. E assim ia levando a vida com humor. Afinal, a chefia não queria mais um erro nas propagandas.  

Atualmente, a turma está esparramada, mas o Jeffinho é especial, porque é um sujeito preocupado com o meio ambiente. Morador de Birigui desde aquela época. Era Baixote o dia inteiro. Tanto é verdade que atualmente atua a área de meio ambiente na Prefeitura de Birigui.
Produto do sítio: mel de abelha jataí

Em 2001, comprou um sitiozinho no    Bairro Baguaçu, o Naturaleza (tem página no Facebook) que é cuidado de forma orgânica: veneno zero. Possui mais de 20 enxames de abelhas jataí.

Depois de vários encontros e desencontros, fui visitá-lo neste abril de 2019. Chamei Helena, Hosanah Spíndola, Divina e a neta deles, Valentina. Todos perdidos nas linhas limítrofes entre Coroados e Braúna.            

Andar na zona urbana de Birigui-SP não é fácil, na rural é mais complicada para os moscões ocupantes do pangaré. Com apenas um ponto de referência me passado de forma errada, consegui achar o sítio com a ajuda da internet.    

O encontro no Sítio Natureza foi uma farra. Nem preciso falar que o celular do Jeffinho estava sem serviço. Ele passava o sábado "in natura" naquelas paragens, incomunicável. Até sem Lourdinha e Rafinha.

Família: Jeffinho, Rafinha e Lourdinha 
Saímos de lá com mandioca, arrancada sem gemedeira, limão à beça, verduras orgânicas. E a Helena com uma picada doída de muriçoca. 

Então, caro leitor, Jeffinho é um exemplo de empreendedorismo, vive o que pensa, realiza suas vontades, está na vida de acordo com seus ideais.  

Contato: jefferson@agabrasil.org.br

2 comentários:

Lu Mota disse...

Conheço esse paraíso, assim como essa familia linda e encantadora, desde o Senhor Jesus até o Rafinha, passando por Jefinho, Lurdinha e todos os demais.
Ali no Naturaleza a gente pega no amor, comemos o alimento que plantamos e as sementes de fé e bondade germinam abundantemente. Somos privilegiados por vivermos e nos conectarmos com pessoas e lugares tão especiais.
Que sejam semente de multiplicação.

Unknown disse...

Magnífico o texto. Parabéns Jefferson e todos da família. Adoro ver a transformação e o Naturaleza é um grande exemplo que temos.