AGENDA CULTURAL

21.9.20

Vacine-se! É o que vale

Hélio Consolaro, professor, jornalista e escritor. Rotary Club de Araçatuba Cruzeiro do Sul

Ouvi pela primeira vez a palavra vacina quando recebíamos nas escolas a anti-variólica. Vacinar era fazer riscos na pele do braço. Se zangasse, criando uma bolha, ficava a cicatriz, que se tornava o sinal da imunização. 

Em 1970, a varíola foi erradicada. A antivariólica foi a primeira vacina bem-sucedida, tendo sido introduzida por Edward Jenner em 1796. 

Depois veio a BCG. E assim foram surgindo outras. As escolas eram um lugar de divulgar a ciência na teoria e nos resultados. 

Mas houve uma doença danada, descadeirava as crianças, mas os adultos também estavam expostos. O presidente  dos EEUU Franklin Roosevelt, por exemplo, ficou paralítico com 39 anos. Não foi acidente, mas ação de vírus. 

Em 1962, a vacina Sabin foi o grande avanço: a gota que salva. Hoje, o Brasil não tem mais vítimas, mas não pode ficar sem vacinar. Três países ainda possuem casos de poliomielite: Afeganistão, Nigéria e Paquistão.

No Brasil, apesar de a doença estar erradicada, há vacinação em todos os anos.  Vai que o vírus volta. Neste ano, será de 05 a 30 de outubro. O Rotary Club no mundo está empenhado nesta campanha de vacinação há mais de 30 anos.

Não sei se percebeu, caro leitor, mas basta a gente nascer, já somos vítima de perseguição: tudo é perigoso, um monte de bichinhos nos ataca. O ser humano está se defendendo diuturnamente. E o conhecimento científico acumulado pelo homem é nossa grande defesa. 

Assim, em 2020, estávamos todos felizes, achando que havíamos dominado o mal. Houve até gente que desdenhava as vacinas. De repente, surge o ataque do coronavírus. O sujeito gosta de fazer turismo, aparece em todos os países e continentes. Foi um tal de se esconder debaixo da cama, até pastores, padres, pais-de-santo. 

O coronavírus é bravo, vingativo. Quando a pessoa grita, esperneia, fala que não vai pegar a doença: "Vem ne mim, corona". Aí que ele vem mesmo, já pegou e matou muitos valentões.

O Rotary ainda não pode chamar a população para ampla vacinação do coronavírus, mas acredita que esse dia está próximo; enquanto isso não acontece, você pode levar de 05 a 30 de outubro de 2020 o seu pequeno para se vacinar contra a paralisia infantil no posto mais próximo de sua casa. E você, grandão, tem vacinas para adulto também. Será um período de  multivacinação e de atualização de sua carteira de vacinas.

2 comentários:

RILEX disse...

A vacinação é grátis. Proteja-se e proteja quem você ama. Vacine-se.

Bié. disse...


Não me conformo de esta sua crônica ficar restrita a uns poucos eleitores. Tinha que ser esparramada por todos os meios de comunicação por este Brasil inteiro. Assim, quem sabe o Presidente, uma das personalidades políticas mais influentes do mundo - no sentido negativo, naturalmente -, passe a pensar antes de falar as baboseiras sobre os benefícios da vacinação. Meus parabéns em todos os sentidos, inclusos aí muitos anos de vida.