AGENDA CULTURAL

7.4.11

Quem diria! Passeata de médicos!

Médicos param para protestar contra planos de saúdeFILIPE ARAUJO/AE

Pensei que não viveria tanto para  ver passeata e paralisação de  médicos, protestando contra  a exploração da medicina privada. Não marcham contra o Sistema Único de Saúde,  nem  contra a Unimed (cooperativa  de médicos), mas contra  as empresas do ramo.  
Médico recém-formado que não tiver capital para montar  uma empresa, vai ser empregado,  ter vários empregos, ganhando pouco em relação à sua importância na sociedade.  

Não basta ter uma  maleta e estetoscópio para exercer a profissão,  como era antigamente. Com o avanço  da indústria da  medicina, as máquinas diagnosicadoras são carísssimas.
Eu pertenci à primeira geração grevista dos professores, finais da década de 70.  Não sei se nos proletarizamos ainda mais  com os movimentos paredistas, mas tenho certeza de  que tivemos dignidade  de lutar. Parabéns aos médicos!    (Hélio Consolaro)

SÃO PAULO - No Dia Mundial de Saúde, cerca de 160 mil médicos credenciados de todo o país prepararam um protesto, organizado pela fundação Nacional de Médicos, Conselho Federal de Medicina e Associação Médica Brasileira, com a suspensão dos atendimentos de consultas de planos de saúde durante esta quinta-feira, 7.
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Entre as principais reivindicações estão o reajuste dos honorários médicos, a regularização dos contratos conforme a Resolução 71/2004, da Agência Nacional de Saúde Suplementar, a aprovação de projeto de lei que contemple a relação entre médicos e planos de saúde e a melhoria da qualidade dos serviços prestados aos usuários de planos de saúde, bem como o fim da interferência das operadoras no trabalho médico.
Em São Paulo, centenas de médicos promoveram passeatas no Centro da cidade e na Avenida Paulista. De acordo com a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), um dos grupos ocupava uma faixa da via, perto do Museu de Arte de São Paulo. Outro grupo saiu da Rua Francisca Miquelina em direção à Praça da Sé, ponto de encontro dos manifestantes.
Apoio. A Sociedade Brasileira de Neurocirurgia (SBN) apoia à paralisação de 24 horas dos médicos de todo o País. De acordo com o presidente da SBN, Dr. Jose Marcus Rotta, o honorário oferecido ao médico pela operadora de plano de saúde é baixo e desvaloriza a dignidade do profissional, o que acaba por comprometer o atendimento aos pacientes e a qualidade dos serviços de saúde prestados no País.
Os médicos que pretendem aderir ao movimento também garantiram que os pacientes que têm consultas marcadas para o dia 7 de abril serão atendidos em nova data, a ser redefinida de acordo com a remarcação de consultas.

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