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Poucas tecnologias contemporâneas conseguem melhor exemplificar os tremendos contrastes observados em nossa civilização do que a pecuária intensiva. É difícil imaginar, quando se compra algum produto animal no supermercado, tudo que se esconde por trás daqueles rótulos apetitosos. O vídeo que apresentamos revela algumas imagens disso. E é capaz de nos tirar o apetite
25 DE FEVEREIRO DE 2015
Por: Luis Pellegrini
No site Yahoo! Respostas, a melhor resposta escolhida para a pergunta “O que é pecuária intensiva?” não deixa margem a dúvidas. Seu autor informa que: “A pecuária intensiva inicia desde a seleção das matrizes a serem inseminadas artificialmente, com um busca incessante de melhoria genética, passando pelo manejo dos embriões. Uma vez obtida a fertilização e o posterior nascimento, vem a fase da alimentação suplementada, das vacinas, antibióticos e vermicidas, da alimentação nos cochos, com o mínimo de caminhada do novilho, porco ou frango, seu acompanhamento diário de ganho de peso, até o abate. Hoje o mercado está muito exigente em termos de qualidade de carne, requerendo animais jovens, com teor de gordura controlado e com possibilidade de rastreamento, desde o seu desmame até o ponto de venda”. E conclui considerando que a pecuária extensiva, aquela praticado até os anos 80, está com seus dias de vida contados. A tecnologia já chegou, e veio para ficar, para os médios e pequenos criadores brasileiros, uma vez que nos grandes de há muito já vem sendo implementada.
A pecuária intensiva, bem como a agricultura que usa o mesmo qualificativo para se apresentar, é a tecnologia contemporânea que, por um lado, possibilita a abundância de carnes e de outros produtos animais e vegetais em nossos supermercados. Mata a fome dos milhões de consumidores que, minimamente afortunados, têm suficiente poder aquisitivo para adquiri-los.
Por outro lado, ela é palco de horrores indizíveis para os animais que escravizamos com o propósito de comer sua carne, seu leite, seus ovos. Poucos conseguem imaginar, ao degustar seu tenro filé de peito, os sofrimentos pelos quais passou o frango que o elaborou em seu próprio corpo, e que não teve um só momento de liberdade e prazer desde o nascimento até a morte.
A eterna roda da existência
O vídeo abaixo mostra algumas cenas das cadeias de produção na indústria da criação de animais e da alimentação. Ele é extraído do filme documentárioSamsara, termo que, na antiga língua sânscrita, descreve a eterna roda da existência – nascimento, vida e morte.
Samsara é um projeto realizado pelo diretor Ron Fricke e pelo produtor Mark Magidson. Os dois empregaram cinco anos para realizá-lo, em 25 diferentes países do mundo. O filme quer ser uma reflexão sobre a vida, a morte e o renascimento. Acaba sendo também um libelo contra a loucura da arrogância do homem que acredita ser o senhor da Terra e de tudo aquilo que nela existe. A sequência que selecionamos é notável por mostrar algumas cenas da produção industrial de alimento que geralmente permanecem ocultas para o público internacional.
Mas atenção: este vídeo pode chocar aqueles dotados de alma sensível. Sua visão é desaconselhada a crianças e a pessoas que se deixam impressionar mais facilmente.
Vídeo. Veja de preferência em tela cheia:
2 comentários:
Então? Bom mesmo seria deixar a bicharada livre e cada um sair para ir caçar o seu almoço...anônima : Maria Luzia
Maria Luzia,
acho que vale no mínimo o debate.
Acho também que somos, quase todos os seres humanos, um tanto quanto hipócritas (e não só nessa questão, e desafio qualquer um que tenha um pensamento diferente deste), pois na nossa maioria sentimos pena dos "bichinhos", mas em seguida vamos lá e comemos um suculento filé.
A propósito; comeríamos carne de cachorro, como os coreanos??
Por que não?
Por que a do boi comemos?
Não sei qual a solução para a questão (e há outras derivadas da principal: se se reduzisse a produção, os animais estariam livres? Para fazer o quê? Eles, na verdade, chegariam mesmo a existir?), e até devolveria a mesma para o autor do texto...
O que acho é que, como supostos seres com a habilidade de usar a razão que somos, podemos optar entre formas de nos alimentarmos... formas de criar os animais...
E, no mínimo, como disse no início, nos informarmos e pensarmos a respeito.
Diego/RS
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