Hélio Consolaro*
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A máquina de servir café, chocolate, leite |
Sou um velho com simpatias pela tecnologia. Sei que o
artificialismo tecnológico é grande na vida, que seria melhor a produção orgânica de
alimentos, mas como alimentar uma multidão com produção em pequena
escala.
Também sei que a tecnologia é uma forma de dispensar
trabalhadores, diminuir a oferta de mão-de-obra, mas precisamos encurtar a
jornada de trabalho. Com o avanço tecnológico, o ócio avança, podemos nos
dedicar a atividades mais sublimes. Mas para todos, não apenas para classes de privilegiados.
Foi assim que vi algumas máquinas prestadoras de serviços no
aeroporto Viracopos, Campinas, pela primeira vez. O local é parada de muitos interioranos de São Paulo.
Os bares de aeroportos esfolam os usuários no preço, mas
está chegando a concorrência das máquinas. Se um café custa R$ 8,00 nos bares,
nelas, pagam-se R$ 3,00. Mas pouca gente descobriu isso. Olha... Olha... Mas
nãos as usam.
É só enfiar o dinheiro, em moeda ou em cédula, apertar o
tipo de café desejado e ele sai quentinho. A máquina faz troco direitinho. Faz-se
necessário inicialmente pôr instrutores presentes nelas para ensinar ao usuário como funcionam. As pessoas por medo das
máquinas pagam tudo mais caro nos bares.
Se a garrafa d’água custa R$ 5,00 nos bares, nela, R$ 3,50.
Os dois preços são altos, mas o último desafia o primeiro.
Máquina de venda de refrigerantes e garrafas d'água |
Como eu estava à espera do horário do avião, com tempo,
cansado de ler e ver Facebook, Whatsaap, comecei a ensinar a quem parava
defronte delas. De repente, as pessoas paravam e compravam e elogiavam o café
cappuccino, por exemplo.
Máquina de venda de complementos eletrônicos |
*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP
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