Café, 1934, Cândido Portinari |
“Os dois dias mais importantes em sua vida são os dias em que nasceu e aquele em que descobriu o porquê, já dizia Mark Twain, escritor e pensador americano do século 19. Vivemos em tempos quem exigem de nós um entendimento, cada vez maior, de por que fazemos as escolhas que fazemos. É normal, por exemplo, a gente não se contentar mais apenas com o retorno material que o trabalho nos proporciona. Ele precisa ser mais do que isso: é necessário trazer uma realização pessoal e, sobretudo uma vida com mais propósito – aquilo quem buscamos para alcançar uma satisfação como seres humanos. Ou seja, queremos algo que esteja amplamente conectado com nossos valores e com a possibilidade de reconhecimento, quer no ambiente corporativo, quer nas relações pessoais.
O filósofo e educador brasileiro Mário
Cortella traz dupla definição oportuna do termo – “realização” que nos
ajuda entender a dinâmica de trabalho e
vida pessoal. Do latim, entendemos realização como ”tornar real”, ou seja,
compreender nossa existência a partir do que fazemos, da marca que deixamos, da
marca que deixamos no mundo. Já do inglês (to realise) temos uma interpretação
relacionada à consciência, ao “dar-se conta de algo”. Vivemos a era da consciência,
do propósito, em que, mais que habilidade e conhecimentos técnicos, o mercado
de trabalho busca nos profissionais inteligência emocional. E isso se expressa
em criatividade, em empatia e na capacidade de dar sentido e significado a produtos
e serviços. Essa é a tônica dos tempos atuais, não só na esfera profissional, mas na vida que levamos todos os dias.
Como dizia o filósofo alemão Friedrich
Nietzsche: “Aqueles que sabem o "porquê" da sua existência podem suportar
qualquer “como” para realizá-lo”. Também, não menos importante, psiquiatra
austríaco Viktor Frankl disse “O que realmente importa não é o que nós
esperamos da vida, mas antes que ela espera de nós”
Muitas vezes, precisamos apenas
experimentar, fazer sem saber se aquilo fará sentido, abrir espaço para o
desconhecido agir. Isso sim, pode nos indicar o caminho da realização. Afinal
de contas, a vida é feita de planos e circunstâncias externas.
O importante é observar quais os
sentimentos que brotam dentro da gente quando nos colocamos neste tipo de
situação inesperada.
Por fim, uma sugestão, nunca deixar de perguntar: “Por que estou fazendo isso ou aquilo?. Isto é estar com consciente dos seus atos, estar presente no mundo e fazendo valer essa breve existência.
Gervásio Antônio Consolaro, ex- delegado regional tributário do estado/SP, agente fiscal de rendas aposentado. Administrador de empresas, contador, bacharel em Direito e pós-graduação em Direito Tributário. Curso de Gestão Pública Avançada pelo Amana Key e coach pela SBC.
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