AGENDA CULTURAL

4.1.24

Nem sempre se tropeça com bisavós tão jovens

 


 Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

A longevidade é um fato normal em nossos dias, mas poucos têm o privilégio de ser bisáveis. Para isso acontecer, precisa haver uma sequência de apressadinhos na família, que se tornam pais ou mães muito cedo. Ser bisavós é exercer ao vivo a imortalidade.

Meus amigos, quase irmãos, Tito Damazo e Tânia Sabino Damazo, se viram bisavós num piscar de olhos. No dia 19/12/2023 dormiram avós e em 20/12/2023 acordaram bisa: nascia em Vitória da Conquista-BA Clarice Novaes Tannus Damazo, filha de Paulo Tannus. Damazo e Gabriela Novaes Silva.

Nem preciso falar que Clarice foi em homenagem a Clarice Lispector. Não foi imposição do bisavô, que é membro da Academia Araçatubense de Letras e doutor em letras, mas por escolha dos pais. Há uma cultura literária na família.

Dentre os avós, paternos: Álvaro Salomão Sabino Damazo e Patrícia Silva José Tannus. Maternos: Uilton Alves da Silva e Valdirene Santos Novaes, há um músico de orquestra, violoncelista, Álvaro. Por aí se percebe que ficou fácil chegar ao nome de Clarice. Tito – escritor; Tânia, formada em piano, e professora de Educação Artística. É uma questão de árvore genealógica.

Vou parar por aqui para não confundir o leitor com tantos nomes. Desejo à Clarice boas-vindas e que se nutra, como galho, de raízes tão robustas.   

Parabéns ao Tito Damazo por dupla imortalidade: membro de uma academia de letras e ser bisavô tão jovem (imortalidade presenciada, ao vivo). Não posso me esquecer da Tânia Sabino Damazo, que nunca deixou a árvore cair.

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