AGENDA CULTURAL

29.11.13

Aniversário de Araçatuba


Hélio Consolaro*

Na segunda-feira, 2 de dezembro de 2013, Araçatuba completará 105 anos de existência, um momento muito importante para seus moradores, porque o aniversário de quem amamos merece ser comemorado.

A cidade onde moramos não é apenas um aglomerado de casas, um lugar onde ganhamos dinheiro, local de trabalho. Ela foi o espaço escolhido para viver a minha história.
Inauguração do hipermercado Muffato em Araçatuba
 Toda vez que assume um prefeito novo, seja lá de qualquer partido, preciso torcer para que sua administração dê certo, porque se a cidade for bem, a minha vida também melhora. Torcer contra a cidade é torcer contra mim.

Apontar erros é bom, é o papel da oposição. Querer parar a cidade é maldade. Exemplo: terminar a reforma da praça Rui Barbosa, começada pelo tatu. A oposição fez a sua legítima pressão. O prefeito Cido Sério destinou dinheiro, fez-se a licitação. A oposição ensaiou embargar a obra. Se essa iniciativa tivesse se consolidado, seria uma atitude contrária à cidade.
Como morador de Araçatuba devo ter orgulho de morar nela, ser portador do sentimento de pertença. Aqui é meu torrão. Falar mal da cidade onde mora é um desvio de personalidade. É legítimo discordar do prefeito, de vereadores, querer o melhor para ela, mas sem maledicências.
 
Ato solene de inauguração
Roberto Shinyashiki, autor do livro “A carícia essencial” conta uma parábola interessante sobre os pessimistas.

Um morador recém-chegado à cidade foi à mercearia fazer compras emergenciais, perguntou ao merceeiro como era a cidade em que acabara de chegar. Ele respondeu com uma pergunta: “Como é a cidade de onde veio?” O novo morador maldisse a cidade de origem. O merceeiro respondeu-lhe:
- Então, esta cidade é igualzinha àquela que você deixou.

Noutro dia, outro novo morador procurou a mercearia para tomar uma cerveja e fez a mesma pergunta ao merceeiro: “Como é esta cidade, companheiro?” Ele teve o mesmo comportamento, respondendo à indagação com outra: “Como era cidade de onde você veio?”. O novo morador a elogiou e disse que foi forçado a se mudar, fora promovido no serviço. O merceeiro repetiu as mesmas palavras:

O momento de implosão do Hospital Modelo
O prédio do Hospital Modelo após a implosão


- Então, esta cidade é igualzinha àquela que você deixou.

Então, caro leitor, quem faz o lugar somos nós. Há gente que pode se mudar para o éden, nunca estará contente. Há pessoas que jogam sempre a culpa nos outros, como sua infelicidade, sua incompetência, suas frustrações, sendo que a cidade não tem culpa de seu insucesso.
Pessimistas e infelizes sempre existirão, não façamos bullying com eles. Parabéns, Araçatuba, temos muito a comemorar.

*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP


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