AGENDA CULTURAL

2.11.15

Mais um neto. Seja bem-vindo, Bento

Nayara, Bento e Hélder - a família sagrada
Hélio Consolaro*

Então, caro leitor, embora seja Dia de Finados, estou mais feliz hoje, pois nasceu o meu quinto neto em Catalão-GO, onde o Hélder (o Meninão) é professor na Universidade Federal de Goiás, casado com Nayara Fernandes. Ninguém escolhe o dia para nascer e nem para morrer.

Aqui em casa, todos os filhos (dois) nasceram com cara de japonês por causa da avó Helena, mas os netos têm me contemplado com algumas características. Ninguém tem júnior, nem filho ou neto no nome, basta o sobrenome, que já é um peso para carregar. Nissei com sobrenome de italiano exige uma explicação. 

Bento, o nome dele, pulou para a vida com todo entusiasmo de quando o esperma encontrou-se com o óvulo. Saltou de um tobogã, correndo todos os riscos.


O Bentinho (nunca imaginei que meu neto fosse ter o mesmo nome daquele crápula do livro "Dom Casmurro"  personagem de Machado de Assis) não escolheu a família para nascer, nem o nome. Os pais são maravilhosos, espero que ele se dê bem.

Avós bons não interferem muito na vida do novo casal, nem na escolha de nomes, pois qualquer nome tem sempre um correspondente fdp na história ou como personagem de ficção. Exemplo disso é o nbome Yago, persongem shakespeariano.



Os avós paternos são Hélio e Helena, os maternos, Donizete e Lúcia Helena. Os dois lados se defenderam na vida, não fizeram dela acúmulo de capital, assumiram com plenitude a expressão "aurea mediocritas" que expressa a ideia de que só é feliz e vive tranquilamente quem se contenta com pouco ou com aquilo quem tem sem aspirar a mais. Filosofia dos poetas árcades, retirada das odes do latino Horácio.

Permita-me, caro leitor, ter agora uma conversinha ao pé de orelha com o Bento, me dirigindo a ele. Moleque, a herança que lhe deixo é a minha biblioteca, cinco livros publicados e a senha de meu blog. 

Indiretamente será beneficiado, pois dei estudos para o seu pai para que ele tivesse um bom emprego, sem precisar de favores políticos. Você nasceu em Catalão, e ele encontrou-se com sua mãe, porque passou, num concurso dificílimo, em primeiro lugar. Espero que honre essa história.

A bisavó Augusta, 89 anos, que recebeu a notícia de seu nascimento com alegria, contou para nós todos a história da família por mil vezes. Espero que seu pai, pelo meu lado; e sua mãe, pelo lado dela, faça o mesmo, para que tudo não tenha sido em vão. Contar a história das famílias para os descendentes é muito importante na educação dos filhos.  

Seja bem-vindo, Bento!

*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP


   

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