AGENDA CULTURAL

1.6.16

Cooperativa de remédios pela internet

Uma iniciativa louvável para desperdiçar remédio, com crise ou sem crise, com preço baixo ou preço alto, há a necessidade de racionalizar o uso de medicamentos. Se uma farmácia adotasse a ideia da Dona Kátia, faria caridade e um bom marketing para o estabelecimento. Fica aí a sugestão.
HELIO CONSOLARO, pré-candidato a prefeito de Araçatuba.
Grupo foi criado há um mês e meio e já contribuiu com diversas pessoas que precisam de medicamentos
DA REDAÇÃO, KAIO ESTEVES - ARAÇATUBA - JORNAL O LIBERAL DE AAÇATUBA, 31/05/2016

Kaio Esteves
Remédios doados por clínicas ou pessoas têm ajudado muita gente em Araçatuba




Nem mesmo a crise ou o corte de investimentos na saúde do País e o encarecimento do preço dos remédios impediu a dona de casa Katia Moreira Silva, de 53 anos, de criar um grupo no Facebook e abusar da solidariedade paraajudar pessoas que precisam de medicamentos para algum tratamento ou buscando prevenir alguma doença.


Criado há um mês meio, o grupo já tem mais de 1.300 pessoas participando, seja doando ou pedindo medicamentos. A regra é doar qualquer medicamento que estiver encostado em casa dentro do prazo de validade e, para recebê-los, é claro, é necessário apresentar receita médica. Sem a receita, não é possível ajudar ou ser ajudado.



"Eu sempre repassei remédios a pessoas que precisam, mas sentia falta de algum local para centralizar essas doações, então decidi criar o grupo na internet e está dando um retorno muito bom. Até agora, conseguimos ajudar mais de 45 pessoas", contou.

Medicamentos de vários tipos e marcas são doados e recebidos pelos participantes do grupo como diabetes, hipertensão, enxaqueca e até câncer. Qualquer pessoa que seja de Araçatuba ou da região pode participar do grupo. 

DRAMIN
Uma das pessoas ajudadas pelo grupo foi a cabeleireira Marlene Belli, 50, conhecida carinhosamente como Tuka pelos moradores do bairro Nossa Senhora Aparecida, onde ela também reside. A filha de Tuka, Bruna, de 26 anos, sofre de um câncer no intestino, fígado e pulmão e trata a doença há dois anos.

"Há cerca de 20 dias, recebi oito caixas de Dramin doadas pelo senhor José Augusto Freitas, por meio do grupo. Ele foi um anjo e está ajudando muito a gente. O grupo com certeza foi fundamental para essa ajuda. As redes sociais ajudam muito e também foi muito importante nisso", disse.

Kátia, que lidera as ações do grupo, não cobra nada para fazer as entregas ou buscar remédios doados, mas costuma negociar para que a pessoa busque o medicamento ou entregue os produtos na sua casa. Ela diz que está ligando diariamente em clínicas médicas para pedir doações e que já conseguiu medicamentos de oito locais. Há remédios para doação que chegam a custar mais de R$ 200 a caixa.

"Eu sou humilde, mas graças a Deus nunca passei necessidade por falta dos remédios que preciso. Porém, não tenho condições de entregar medicamentos em outras cidades, por isso o grupo ainda é focado em Araçatuba".

Para ela, a satisfação de ajudar quem precisa é o que mais vale a pena. "Tem tanta gente que precisa de medicamentos caros e não tem condições de comprá-los. E tem muita gente que tem muitos medicamentos que não usam. Só ficam escondidos nas gavetas. Queremos doar os remédios aos que precisam", diz.

Se você quiser participar do grupo e ajudar na doação de remédios, o link é:

https://www.facebook.com/groups/918725911578042/

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