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| Alexandre (filho), Adelina (esposa), Tuta e Aline (filha) |
Da nona Legislatura, já se foram Eduardo Pinheiro Lois, Nélson Reis Alves, Nilo Ikeda, Pedro Martinez de Souza, agora, Tuta. Restam apenas alguns "veinhos" andando pela cidade, sendo o mais moço daquela turma o Netão. José Américo, por exemplo, está na resistência.
Tuta é irmão do saudoso dentista Válter (pai) e tio de outro dentista, Válter (sobrinho), marido da Baixinha, assim ele chamava carinhosamente sua esposa Adelina Ribeiro. Helena e ela são amigas. Conheci seus filhos Aline e Alexandre ainda pequenos, no colo dos pais. Estou com 68 anos, ele foi embora com 63, um garoto.
Então, no primeiro dia de fevereiro de 2017, o Tuta bateu a caçoleta. Como sempre acontece quando se morre, não avisa ninguém, de repente o sujeito para de respirar. Nesse dia, fiquei a ouvir o seu grito de guerra: Tutatatatatatataaaaaaaaa que ecoava pela Rádio Cultura de Araçatuba nas décadas de 70/80.
Tuta era um radialista inquieto, buscava os problemas da população, era chamado pelo povo para pôr no ar suas reivindicações, já que TV era uma mídia longínqua.
Tuta visitava os bairros, entrevistava a população que reclamava da falta de água, não tinha limites, por isso até arrumou algumas confusões. Devido a esse trabalho, se elegeu vereador, foi um dos mais votados.
Esse Tuta inquieto morrera há algumas décadas, sobreviveu o pai, o motorista da Polícia Civil, o funcionário público. Tentou voltar à Câmara Municipal, mas não conseguiu, os tempos eram outros, faltava-lhe saúde, a tesão havia acabado.
Quando um amigo viaja mais cedo, a gente diz que ele foi preparar o lugar para os outros. Prepare bem o meu canto, Tuta.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras
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