AGENDA CULTURAL

20.10.18

Direita e esquerda. Ainda são válidas?


Hoje, os partidos de direita abrangem conservadores, democratas-cristãos [atualmente evangélicos], liberais e nacionalistas, e ainda o nazismo e fascismo na chamada extrema direita. Na esquerda, temos os social-democratas, progressistas, socialistas democráticos e ambientalistas (como ensinam aos vestibulandos).

*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-?SP

Você que não lê a história, cujos gurus desprezam o passado, preciso lhe dizer algumas coisas como testemunha, não se trata de teoria.

Participei de uma época em que esse conceito de direita e esquerda era preponderante. Isso antes de 1964. Depois, com a redemocratização do país, após a abertura, a partir de 1985, ninguém mais usava tais termos. Ficaram fora de moda. Quem usava "esquerda" e "direitas" era démodé. 

Existia o termo democracia, mas no sentido profundo do termo; universal. Não era democracia para os amigos, mas democracia também para os adversários.

Nós, dos antigos conceitos, abraçamos a ideia. Esse negócio de esquerda e direita não existia mais. Eis que em 2014, quando a antiga esquerda ia para o quarto mandato, via PT, os resultados nas urnas foram questionados com a candidatura derrotada de Aécio Neves (PSDB). 

Eis que ressurgem os conceitos: esquerda e direita, que vem com toda força nas eleições de 2018. Não vou analisar aqui o impeachment. Mas, afinal, qual a diferença entre uma e outra?

Na minha época de estudante, a direita defendia os Estados Unidos; a esquerda, a União Soviética (extinta). Hoje, a direita defende privilégios na máquina estatal. E a esquerda, tem como meta a inclusão social. Não se trata mais de comunismo e capitalismo, próprio da Guerra Fria, mas da social democracia. Hoje, ser subversivo é defender que todos são iguais perante a lei, direito à vida digna.   

Neste 28 de outubro de 2018, domingo, quando você sair de casa para votar, vai escolher o modelo de administração do país, da nação, para os próximos quatro anos. Incluir ou excluir. Se você considerar que pobre é vagabundo, vai votar no excluir. Se considera que o pobre é fabricado pelo sistema, então escolherá o incluir. Não vou dizer nomes de candidatos, mas você, caro leitor, é inteligente

Não estou falando dos covardes que irão justificar, anular ou votar em branco, pois não querem assumir as responsabilidades de sua cidadania. Dirijo ao eleitor que se fará presente, o voto válido.  

Pense bem. Seja você mesmo. Não seja um piolho que anda pela cabeça dos outros. Tenha opinião própria.

ABAIXO, COLABORAÇÃO DE ALAOR TRISTANTE JÚNIOR



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