“Um bom viajante não tem planos fixos e não pretende chegar de viagem.” – Lao Tzu
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Pôr do sol - Tietê |
“Um bom viajante não tem planos fixos e não pretende chegar de viagem.” – Lao Tzu
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Pôr do sol - Tietê |
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Dr. Roque Soares da Silva está entre Cido Sério e Marcos Francisco Alves |
Roque Soares da Silva foi
advogado, professor universitário e ativista araçatubense que educou,
influenciou e inspirou uma geração de líderes comunitários, religiosos e
políticos de Araçatuba. Marido dedicado de Lourdes Gálico Soares e pai amoroso
de quatro filhos e três filhas, Roque ajudou a expandir a representatividade
democrática de bairros araçatubenses e desenvolveu mentes e corações para a
participação política e para o gosto pela cultura, ao fundar instituições e
criar eventos que congregavam a comunidade. Com uma compreensão cosmopolita do
cidadão atuante e formalmente educado, além de ideias e ações fundadas na
democracia e na liberdade, Roque deixou marcas na história da Araçatuba e em
muitos de seus habitantes.
Nascido em 1 º de outubro de 1932 em Araçatuba,
Roque – cujo nome herdou do pai – foi o filho mais velho de quatro irmãos e uma
irmã. Sua mãe, Lázara Alves de Jesus, era costureira, e seu pai, Roque Soares
da Silva, operário de beneficiamento de arroz. Sua infância foi de dificuldades
e restrições comuns a outras crianças do período e, como outras crianças do
período, começou a trabalhar aos 10 anos de idade, após terminar o primário.
Seu primeiro trabalho foi de atendente de serviços gerais no bar de seu tio.
Aos 14 anos, Roque tornou-se lavador de garrafas. Seu
supervisor, notando sua inteligência, recomendou-o para uma transferência para
a administração da empresa, onde Roque teve o primeiro contato com a
contabilidade. Ele então decidiu voltar à escola para terminar o ginásio e
fazer um curso de contabilidade e, aos 21 anos, formou-se contador. Quando
preparava seu casamento com Lourdes Gálico, amor que duraria sua vida toda,
Roque já nutria uma nova ambição: tornar-se advogado.
Viajando 7 horas por semana
entre Araçatuba e Bauru, enquanto trabalhava como contador em Araçatuba, Roque
formou-se em direito em 1963, em um período que 50% da população brasileira
acima de 15 anos ainda era analfabeta. Fazer faculdade era inimaginável para
sua família e para muitos de seus amigos e conhecidos. Ele foi o primeiro da
sua família a se formar em um curso superior.
Depois da graduação em
direito, Dr. Roque – Fiúca para os familiares e amigos próximos – envolveu-se
mais profundamente com sua comunidade. Seu mote era “não adianta saber as
coisas, tem que compartilhar”. Roque, então, começou a fazer o que se tornaria a
marca de sua atuação pública em Araçatuba: idealizar e liderar organizações e
eventos que congregavam a comunidade, com o objetivo de educar e promover o
desenvolvimento ético e de noções de cidadania para os participantes.
Membro ativo da Igreja
Católica, tendo ministrado aulas de catequese, Roque tornou-se uma das
lideranças das atividades religiosas e sociais das Comunidades Eclesiais de
Base (CEB) da Igreja araçatubense. As CEBs haviam sido criadas pelo Concílio
Vaticano II como forma de reaproximar a igreja de seus fiéis.
Nos encontros do Circulo
Bíblico – nome informal das reuniões da CEB que ocorriam na Igreja São João –
Roque conduzia discussões a respeito do significado moral e prático das
narrativas bíblicas, fazendo paralelos das estórias com os contextos em que os participantes
viviam. A perspectiva trazida por Roque aos encontros era de promover a
solidariedade e a caridade de Cristo como práticas possíveis da vida cotidiana.
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Roque Soares da Silva |
A cada dia, mais jovens vinham
para as reuniões de educação religiosa do Dr. Roque. Reconhecendo as limitações
do espaço disponível para um número crescente de participantes, ele então idealizou a União Livre dos Amigos (ULA), grupo
que passou a se encontrar no Círculo Operário, andar
superior do antigo Cine São João. A União Livre dos Amigos tornou-se um
encontro religioso e cultural, onde falava-se sobre os ensinamentos de
solidariedade de Cristo, e também se discutiam arte, literatura e
acontecimentos atuais.
Diversos políticos
araçatubenses hoje em atividade iam aos encontros da União Livre de Amigos. Lá,
liam peças de teatro, seguidas de discussões lideradas pelo Dr. Roque. Além
disso, Roque dava palestras sobre acontecimentos globais do momento – ele considerava
essencial que os jovens aprendessem a interpretar o mundo com a melhor e mais
atualizada informação possível, além de discutir o que liam e ouviam.
As reuniões no andar
superior do antigo Cine São João cresceram tanto que chegaram a ter uma centena
de participantes ativos na discussão. Eram pessoas que vinham para ouvir sobre
a solidariedade do Cristo, sobre teatro contemporâneo, e sobre o mundo fora do
Brasil – para serem educadas, serem inspiradas, e inspirarem sob a liderança do
Roque.
Além de servir a comunidade
religiosa, Roque expandiu seu serviço à comunidade araçatubense liderando a
fundação de diversas Associações
de Moradores em diferentes bairros da cidade, particularmente nos
locais mais carentes de infraestrutura e serviços governamentais. Esse é o caso
Associação dos Moradores do bairro Jardim Guanabara, além de J. das Flores
e Aclimação e outros. Por sua formação em direito, Roque entendia
que as demandas dos bairros com relação a serviços governamentais locais
(prefeitura) precisavam de canais de comunicação formal. Assim, a população
organizada seria melhor ouvida e atendida pelos governantes, possibilitando um
exercício mais efetivo de cidadania para aquelas pessoas. Com firme propósito
de inclusão social, as associações de moradores de bairro foram este canal de
comunicação e organização de demandas entre bairros e a prefeitura.
Identificando ainda a
necessidade de reforçar os pleitos das Associações, Roque criou com parceiros o
Conselho das Associações de Moradores, instituição que podia negociar demandas
das diferentes Associações com a prefeitura.
Durante a ditadura militar,
Roque foi filiado ao Movimento Democrático Brasileiro (MDB), partido de
oposição do regime. Nesse período, fim da década de 1970, ele liderou o Movimento Contra a Carestia (MCC) em
Araçatuba. A política econômica regida pela ditadura concentrava renda e causa
inflação muito alta, afetando a imensa maioria da população brasileira,
empobrecendo e fazendo de muitos trabalhadores miseráveis e famintos. Os
movimentos comunitários e de bairro uniram-se aos sindicatos e um dos frutos dessa
atuação conjunta foi o Movimento Contra a Carestia. O MCC criou
abaixo-assinados para persuadir os governo federal da necessidade de
intervenção na economia para o controle da inflação. Em Araçatuba, a coleta de
assinaturas para o pedido formal ao governo militar de controle sobre a
inflação foi coordenada e empreendida por Roque e parceiros.
Na política, Roque ainda trabalhou com amigos oriundos da União Livre dos Amigos, além de novos amigos e parceiros, para eleger o primeiro prefeito fruto de ampla aliança democrática e popular em Araçatuba, em 1983. Por sua capacidade técnica e atuação política, Roque foi, então, nomeado para a Secretaria de Negócios Jurídicos da prefeitura. Também em 1983, Roque atuou como presidente da Comissão Executiva do PMDB de Araçatuba, onde discursou para o público sobre a necessidade de eleições diretas para presidente. O registro deste acontecimento encontra-se nos arquivos do Departamento de Ordem Política e Social (DOPS), agora disponíveis na internet por meio do Arquivo Público do Estado de São Paulo.
Integrou
a Campanha pela legalização do Partido Comunista do Brasil – PC do B – pois,
democrata convicto, considerava absurdo de que formas de pensar não pudessem se
exprimir e participar do jogo político.
Também via no PC do B, um partido
comprometido com as cuasas populares e que em muitos aspectos se conciliava com sua vivência cristã.
Filiou-se a esse Partido, foi por ele
candidato a deputado estadual e nele
sempre se notabilizou pela defesa intransigente da democracia, das liberdade e
do socialismo.
Como educador, Roque
Soares, além das iniciativas citadas anteriormente, foi professor de Direito
Constitucional, Direito Comercial e Economia Política na Instituição Toledo de
Ensino, hoje Centro Universitário Toledo. Roque também nunca parou de advogar
nas áreas Cível e Trabalhista. Além disso, também ministrou aulas de Oratória e
Orientação Social no Serviço Social da Indústria (SESI), e de Contabilidade na
Faculdade de Ciências Contábeis e Atuariais nos Salesianos de Araçatuba.
Em 2006, aos 74 anos de
idade, Roque foi diagnosticado com a doença de Alzheimer. Depois de dez anos
recebendo cuidados médicos, carinho e atenção da família, dos amigos e dos
cuidadores, Roque Soares da Silva faleceu em 1º de julho de 2016, aos 83 anos.
Pelo seu papel desempenhado em prol da cidade, articulou-se homenageá-lo,
dando ao Atende Fácil seu nome. O prefeito Cido Sério, com apoio da Câmara de
Vereadores/as, aprovou a sugestão.
A visão a que Roque dedicou-se a
promover, de uma civilização baseada no amor, na solidariedade, na
inteligência, e na curiosidade, ainda inspira muitos araçatubenses e suas
famílias a continuar cultivando estes valores e práticas. Todos estes são
gratos por terem tido em Roque alguém para despertar o gosto pela alta cultura,
pelo aprendizado, e pelo engajamento político democrático, que não excluía
nenhuma categoria arbitrária de cidadão.
Roque tinha consciência que
agir de acordo com ideias elevadas era muito mais importante do que apenas
promover aquelas ideias. E ele – pai, vô, bisavô, professor, amigo,
companheiro, líder comunitário, sábio – seguia firmemente o que pregava.
O então prefeito Cido Sério homenageou Roque Soares da Silva nominando o ATENDE FÁCIL. https://www.blogdoconsa.com.br/2016/09/roque-soares-e-homenageado.html
*Marcos Francisco Alves, professor, Araçauba
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Daniel - cara do pai |
Blake, o poeta, afirmou que “...Ter na infinidade/ a palma da mão cheia/ e em uma hora ver / a eternidade de /passagem /um cão pelo dono / abandonado/ faminto, prediz a / ruina do estado...”, talvez se referindo às oportunidades que perdemos vida afora. Talvez também, não nos basta apenas a inteligência ou nossas mágoas não superadas para nossa presença nesse mundo. Cada um de nós somos uma possibilidade em trilhões de outras para estarmos nessa mundo e nem sempre, fazemos dessa dádiva, reconhecimento. Sim, porque “a vida esconde nos lugares mais simples sua grande beleza”, já nos disse Pablo Neruda. E o tempo não tem por que nos esperar a decidir o que fazer na vida. Quem somos nós para esse desejar?
“Com o tempo tudo passa. Vi, com
alguma paciência, o inesquecível tornar-se esquecido e o necessário sobrar.”,
já escreveu Gabriel García Marquez, com a lucidez que muitas vezes nós não temos. Não basta ter rumo, tem que saber onde queremos
chegar. Cheshire tem sempre razão.
Vasculhando o que me resta de memória, lembro do poeta uruguaio Mário Benedetti: "Esse grande simulacro...o esquecimento está
tão cheio de memória que às vezes não cabem as lembranças e rancores...
precisam ser jogados pela borda”, haja vista que “no fundo o esquecimento é um
grande simulacro”, pois ”ninguém sabe nem pode, ainda que queira, esquecer”. E,
claro, não posso me esquecer desse 27.09, seu nascimento pois as coisas mais auspiciosas são as que ficam.
E no pouco tempo me dado, por escolhas certas ou tortas, me regozijei com sua
vinda e que esse dia, foi um dia que me ficou
na memória pois asseverou
Benedetti; “Lento mas vem, o futuro se
aproxima devagar, mas vem”.
Como também me recordo das nossas
andanças por São Paulo, ou de quando você, distraído, trombou com um poste. No Mercadão ou de quando você atuava no
movimento estudantil. Da sua primeira namorada, a médica (eu gostava muito dela). Ou seu
abandono dos cursos onde você entrou com
destaque. Daquele emprego, que permitia a você, frequentar bons restaurantes em Sampa. Da sua ida para Portugal. Do nascimento de Agnes e do Teo . Enfim, da sua
presença em nossas vidas, para o bem e para o mau.
Gabriel Garcia Márquez, disse que “a idade não é a que temos, mas a que sentimos”, assim como “a vida não é a que a gente viveu e sim a que a gente recorda, e como recorda para contá-la”. Nestes tempos ainda de incertezas, nos quais precisamos nos livrar das mentiras, da ignorância e seus derivados, da negação das ciências, do racismo, do machismo e todas as fobias de gênero, de etnia, de sexo, de raça, de nacionalidade, de classe, de guerras injustas, do LGTBQ + etc que possamos contar nessas datas como mais um momento de brado, de luta para a plena libertação dos espíritos e de resistência, contra todas as formas de opressão, mas que também seja um momento de comemoração, de alegria, de parcerias, de perdões, de delicadeza e de gentileza, para com o mundo e do mundo para nós. Podemos sempre recomeçar, reconstruir e participar de um futuro melhor para a Humanidade. Se pudermos ler Dostoiévsk “ ...O homem tem tudo em suas mãos, e tudo escapa entre seus dedos por pura covardia...”
E aqui te vejo vivendo, neste 27 setembro, com certeza,
tentando reencontrar rumos e lugar para chegar, como mais um dia de celebração
para poder contar sobre sua VIDA para as
suas pessoas queridas, pois como também escreveu o grande escritor colombiano,
“a vida não é mais do que uma contínua sucessão de oportunidades para
sobreviver”, sendo que “a memória do coração elimina as más lembranças e
enaltece as boas e que graças a este artifício conseguimos suportar o passado”,
pois “os seres humanos não nascem para sempre no dia em que as mães os dão à
luz, e sim que a vida os obriga outra vez e muitas vezes a se parirem a si
mesmos”. Que você esteja
sendo muito feliz, sabendo que a lembrança desse nascimento é uma alegria por
saber que, de alguma maneira, você cruzou minha vida mesmo antes do seu
nascimento e isto é motivo de
celebração, uma celebração pública permitida por esta mídia, mas uma celebração
sincera pela pessoa importantes que você se tornou em minha trajetória mesmo quando dos nossos desencontros. Melhoro, não
por conta apenas da sua presença ou pelo fato de você ser “minha” imortalidade,
mas por saber que vc irá encontrar seu lugar nesses tempos de viver. Amo
você. Parabéns pelo aniversário
Marcos Francisco Alves, professor, 27.09.2025.
Araçatuba-SP
Eu li o livro, gostei muito, quero dividir com você minhas impressões, minha avaliação no dia 02 de outubro de 2025, quinta-feira,19h30, na sede da Academia Araçatubense de Letras. O livro tem 45 páginas, bem ilustrado. Pode ser encontrado em biblioteca, sebo e livraria. Dá para ser lido num dia. A nossa atividade será grátis, sem custo. Conto com sua presença.
Orelha de APENAS UM CURUMIMJAKZAM KAISER*
O livro Apenas um Curumim, hoje um clássico do gênero,
faz parte da história da literatura infanto-juvenil brasileira.
À exceção obra de Monteiro Lobato, os livros publicados no
Brasil até os anos 60 do século passado – destinados às crianças – em sua quase
totalidade, tinha o objetivo de “educar” os pequenos, recheando suas páginas
com mensagens de “lições de moral e bons costumes”.
Nos anos 70, a literatura infanto-juvenil brasileira é
enriquecida com o lançamento de diversos textos de indiscutível qualidade
literária. Estes novos autores, ao invés de se apresentarem como “donos da
verdade”, provocavam questionamentos, reflexões e, acima de tudo, estimulavam o
prazer de leitura. Temas até então tabus, como sexo e morte, passaram a ser assunto
de livros infanto-juvenis.
Os livros de Werner Zotz situam-se nesse contexto. A
primeira edição de Apenas um Curumim foi publicada em 1979 e teve
sucessivas reedições, encantando gerações de leitores – de todas as idades –
nos últimos 25 anos.
Apenas um Curumim é
ao mesmo tempo bonito e triste. Uma história densa e profunda sobre como o índio
foi enganado pelo branco. De como o índio foi ficando com a vergonha de ser
índio e passou a trabalhar para o branco. E, querendo ser como o branco, aos
poucos foi esquecendo como ser índio, começou a morrer. No livro, um velho
pajé, que ainda lembra como era ser índio, retoma para a aldeia como um menino – um curumim –
que tem vergonha de ser índio, é triste e medroso, sem lembranças sobre a
alegria, sobre a altivez e a liberdade em que vivia seu povo. Durante a
jornada, o curumim se reencontra, descobre os segredos da floresta e aprende a
ouvir sua voz interior. E volta a ser índio.
Como escreveu a crítica Fanny Abramovich, em 1979, no
lançamento do livro, “Apenas um Curumim é uma história muito humana (na relação
entre um menino e um velho), sem medo de colocar coisas vitais e fundamentais.
Uma história brasileira (porque de índios brasileiros), mas universal (porque
de tentativo de extermínio de um povo, de uma fé, de uma forma de crer e estar
no mundo). Uma linda história importante, linda de ler, fundamental de saber e comovente
de ouvir”.
*Jarzam Kaiser, jornalista e professor universitário
Não sou nenhuma autoridade municipal de Araçatuba-SP, mas
continuo com a mania de, quando visito outra cidade, ficar vendo as boas
iniciativas.
Não dá para comparar São Luís do Maranhão com Araçatuba. A
primeira é capital de estado, mais de milhão de habitantes, mas nas pequenas
coisas há alguma semelhança. A Atenas brasileira, assim é chamada pelos
ludovicenses, porque a arte e a literatura vicejam por lá, pois Gonçalves Dias,
Ferreira Gullar, Aloísio de Azevedo, José Sarnei, Zeca Baleiro são de lá. Por
isso há a praça dos poetas. Araçatuba também tem seus poetinhas.
Pôr o que numa praça dos poetas? Bancos em forma de livros
semiabertos, bustos, estátuas, placas de metal com textos, ponto de leitura com
livros de escritores araçatubenses. E se a praça comportar, uma cantina.
A sede da Academia Araçatubense de Letras funciona na Vila
Ferroviária. Há um triângulo abandonado, a praça do Relógio e outros espaços no
bulevar. Mas se todos esses espaços estiverem ocupados no planejamento
arquitetônico, aceitamos outra praça, como a Independência (rua Marcílio Dias)
que está bem largada.
A prefeitura pode chamar a AAL, editoras, escolas, convocar o Conselho Municipal de Políticas Culturais, vereadores, engenheiros, arquitetos, comunidade em geral para assoprarem sugestões e ratearem parte do custo da obra.
Assim, fica a sugestão dessa praça temática a todas as cidades em que esta crônica chegar: a Praça dos Poetas.
Sesc
Birigui recebe a 13ª edição da Semana Move de dicada à "Geração Movimento"
Semana Move chega em 2025 à sua 13ª edição. Entre os dias 22 e 28 de setembro a campanha oferecerá ao público, de todas as faixas etárias, nas 43 unidades do Sesc no estado de São Paulo e em instituições parceiras. A campanha é plural e acessível para todas as idades, mas para chamar a atenção ao alto índice de inatividade nesta parcela da população, a campanha traz como tema, nesta edição, “Geração Movimento”, reforçando o convite sobretudo para as gerações Z e Alpha.
O evento é uma iniciativa da ISCA (International Sport and Culture Association), coordenado pelo Sesc São Paulo no continente americano, com apoio institucional da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura). No Brasil, o sedentarismo e a inatividade física são dados relevantes. Segundo informações do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), 47% dos adultos não praticam atividade física regularmente e, entre os jovens, o índice alcança 84%. A ideia é engajar especialmente os jovens e motivá-los a redescobrir o prazer de se mover de forma inclusiva e acessível.
Para Luiz Deoclécio Massaro Galina, Diretor do Sesc São Paulo, “a Semana Move se consolida a cada edição ao ampliar sua rede de parcerias, criando oportunidades para que mais pessoas tenham acesso às atividades físico-esportivas de forma continuada. Ao envolver instituições públicas, privadas e a sociedade civil em uma mobilização coletiva, reafirmamos o compromisso do Sesc com a promoção de um estilo de vida ativo e responsável. ‘Geração Movimento’ simboliza essa interconexão entre saberes do passado, do presente e para o futuro, incentivando a adoção de hábitos saudáveis que extrapolam os limites do evento e, idealmente, são incorporados ao cotidiano das pessoas”.
Em Birigui, o destaque da Semana Move 2025 é a presença da ex-levantadora da seleção brasileira de vôlei, Carol Albuquerque, em uma atividade que promove vivências práticas e interativas com o público. Além de outras 9 atividades entre oficinas, vivências, aulas abertas, festival, bate-papos e torneio, realizadas em diferentes espaços da unidade. Confira a programação completa.
A aula convida o público a se conectar com a
música e o movimento, explorando diferentes ritmos para estimular o
condicionamento físico de forma dinâmica. Por meio da dança, os participantes
melhoram a coordenação e a resistência. Durante o mês de setembro, a atividade
passa a ocorrer também às quintas-feiras, em diálogo com a campanha Semana
Move, que neste ano destaca o protagonismo da juventude na construção de uma
cultura do movimento.
Treino de Corrida noturna
Maratona de aulas GMF
Parte do Programa GMF, a aula convida o público a
participar de quatro blocos de aula em sequência: ritmos, condicionamento
físico, jump e mobilidade e flexibilidade.
Dias 7 a 19/9.
Vivências
A vivência oferece uma experiência prática de
natação que simula as condições de águas abertas. Com orientação técnica
especializada, os participantes desenvolvem estratégias de adaptação ao nado
contínuo, controle de respiração, navegação por pontos de referência e
resistência em percursos mais longos. A atividade também aborda práticas de
segurança, posicionamento em grupo e uso de equipamentos, aprimorando
habilidades para desafios em ambientes naturais.
Alexandre Strauch é professor de Educação Física
e atua como coordenador e professor no Esporte Clube Pinheiros. Com ampla
experiência em provas de águas abertas, organiza e participa de eventos da
modalidade, além de realizar atividades semelhantes em diversas unidades do
Sesc.
A Semana Move inclui a vivência "Jogando com
Carol Albuquerque", uma oportunidade de aprendizado e inspiração para
praticantes e entusiastas do voleibol. Carol Albuquerque, ex-levantadora da
Seleção Brasileira, compartilha sua vasta experiência em aulas práticas. As
sessões exploram fundamentos técnicos, estratégias de jogo e o valor do
trabalho em equipe.
Carol Albuquerque, nascida em Porto Alegre em
1977, iniciou sua carreira no voleibol aos 17 anos. Conquistou títulos
nacionais e internacionais, incluindo a medalha de ouro olímpica em 2008. Atuou
em clubes como Osasco e PAOK, da Grécia, destacando-se pela técnica e
liderança. Após se aposentar, segue atuando no esporte, compartilhando suas
experiências e contribuindo para o desenvolvimento do voleibol.
Festival
Torneio
Para Carol Seixas, Gerente de Desenvolvimento Físico-esportivo
do Sesc São Paulo, destaca que “a Semana Move representa um convite aberto para
que pessoas de todas as idades e contextos sociais descubram ou redescubram o
prazer de se movimentar. Com uma rede de parceiros engajados em toda a América
Latina, buscamos incentivar as diversas práticas esportivas, bem como reforçar
a importância da atividade física para a saúde mental, o bem-estar social e a
qualidade de vida. O slogan ‘Geração Movimento’ reflete esse compromisso de
conectar as novas gerações ao esporte e à atividade física, promovendo
experiências acessíveis, inclusivas e transformadoras.”