Hélio Consolaro
Editando o livro “Nos trilhos do centenário – Passageiros de Araçatuba” que homenageia em forma de crônica 100 personalidades da cidade no decorrer de seus 100 anos, tive um sentimento retrô.
A vida borbulhou em cada pessoa homenageada, sonhos acalentados. Alguns realizados, outros, não. Lutas insanas. Toda aquela trajetória irrequieta se reduziu a um pequeno texto e a uma foto. Os mais anônimos tiveram apenas uma lápide com nome, datas de nascimento e morte num cemitério abandonado.
Baixou em mim uma tristeza, por eles e porque também serei isso. A correria, os conflitos, os momentos felizes, se eu tiver sorte, posso virar apenas um texto, um fotografia, uma biografia.
Matei essa deprê momentânea no ninho:
- Consa, você tem essa vida agitada só para garantir presença na calçada da fama?
Tenho certeza de que não. Fazemos tais loucuras para ser feliz, sentir-se útil, ser amado naquele momento. Se eu não fosse essa criatura agitada, ligada na tomada de 220 V., com certeza cairia em depressão. Como escreveu Rubem Alves: é mais fácil trabalhar demais do que ficar sem fazer nada. Ficar totalmente à toa é uma arte.
Com a coordenação dos fascículos “Araçatuba 100 Anos” da Folha da Região, tomei um banho de história, pois tive que ler todos antes de serem impressos. Mas era a saga de uma coletividade na construção de uma cidade, no sentido macro.
Com a edição de textos de meus companheiros da Academia Araçatubense de Letras e do Grupo Experimental, tomei um banho de exemplos positivos (os negativos foram esquecidos, pois se tratava de homenagem). O jeito com que cada pessoa homenageada contribuiu com a construção da cidade. Era o sentido micro.
Apesar de repudiar o saudosismo, tive uma síndrome de valorização do passado, de sentir mais a cidade como minha, valorizar cada esquina. Meus amiguinhos do bairro Santana, da zona rural não estão no livro, porque a história é feita de vencedores (ou de um perdedor visionário, que, apesar de perder, construía o futuro).
Os fascículos deixaram para trás muita coisa, porque era objetivo, poucas páginas e por limitação da própria equipe. Então, Ana Eliza Senche resolveu fazer um trabalho capilar, descer à vida das pessoas, homenagear quem fez o nome de Araçatuba nas artes, na administração pública, etc.
Foi trabalho de quase dois anos de uma equipe de 32 escritores, que pesquisaram, trocaram textos, participaram de muitas reuniões.
Em 11 de junho, feriado de Corpus Christi, a partir das 19h, quando a Folha da Região completará 37 anos, será a noite de lançamento do livro “Nos trilhos do centenário - Passageiros de Araçatuba”. Haverá a apresentação da Orquestra Municipal de Sopros (Araçatuba) e do Coral Paulistano ACASP - Associação Coral Adventista de São Paulo, que cantará ambém o Hino de Araçatuba.
Cem anos, cem personalidades, o individual no coletivo.
Editando o livro “Nos trilhos do centenário – Passageiros de Araçatuba” que homenageia em forma de crônica 100 personalidades da cidade no decorrer de seus 100 anos, tive um sentimento retrô.
A vida borbulhou em cada pessoa homenageada, sonhos acalentados. Alguns realizados, outros, não. Lutas insanas. Toda aquela trajetória irrequieta se reduziu a um pequeno texto e a uma foto. Os mais anônimos tiveram apenas uma lápide com nome, datas de nascimento e morte num cemitério abandonado.
Baixou em mim uma tristeza, por eles e porque também serei isso. A correria, os conflitos, os momentos felizes, se eu tiver sorte, posso virar apenas um texto, um fotografia, uma biografia.
Matei essa deprê momentânea no ninho:
- Consa, você tem essa vida agitada só para garantir presença na calçada da fama?
Tenho certeza de que não. Fazemos tais loucuras para ser feliz, sentir-se útil, ser amado naquele momento. Se eu não fosse essa criatura agitada, ligada na tomada de 220 V., com certeza cairia em depressão. Como escreveu Rubem Alves: é mais fácil trabalhar demais do que ficar sem fazer nada. Ficar totalmente à toa é uma arte.
Com a coordenação dos fascículos “Araçatuba 100 Anos” da Folha da Região, tomei um banho de história, pois tive que ler todos antes de serem impressos. Mas era a saga de uma coletividade na construção de uma cidade, no sentido macro.
Com a edição de textos de meus companheiros da Academia Araçatubense de Letras e do Grupo Experimental, tomei um banho de exemplos positivos (os negativos foram esquecidos, pois se tratava de homenagem). O jeito com que cada pessoa homenageada contribuiu com a construção da cidade. Era o sentido micro.
Apesar de repudiar o saudosismo, tive uma síndrome de valorização do passado, de sentir mais a cidade como minha, valorizar cada esquina. Meus amiguinhos do bairro Santana, da zona rural não estão no livro, porque a história é feita de vencedores (ou de um perdedor visionário, que, apesar de perder, construía o futuro).
Os fascículos deixaram para trás muita coisa, porque era objetivo, poucas páginas e por limitação da própria equipe. Então, Ana Eliza Senche resolveu fazer um trabalho capilar, descer à vida das pessoas, homenagear quem fez o nome de Araçatuba nas artes, na administração pública, etc.
Foi trabalho de quase dois anos de uma equipe de 32 escritores, que pesquisaram, trocaram textos, participaram de muitas reuniões.
Em 11 de junho, feriado de Corpus Christi, a partir das 19h, quando a Folha da Região completará 37 anos, será a noite de lançamento do livro “Nos trilhos do centenário - Passageiros de Araçatuba”. Haverá a apresentação da Orquestra Municipal de Sopros (Araçatuba) e do Coral Paulistano ACASP - Associação Coral Adventista de São Paulo, que cantará ambém o Hino de Araçatuba.
Cem anos, cem personalidades, o individual no coletivo.
VEJA ABAIXO RELAÇÃO DE AUTORES E HOMENAGEADOS.