Li o livro Amar é crime, de Marcelino Freire. Meu exemplar está com dedicação do autor. Tive esse privilégio porque ele esteve em Araçatuba dando uma palestra e oficina sobre narrativas breves. Aqui no interior, a gente não chama o escritor para ouvir palestra, mais para vê-lo apalpá-lo. Como secretário da Cultura, tive a oportunidade de jantar com ele na Choppompeu, ao lado do Clóvis (Sesc - Birigui) e Deisy (a cearense).
A araçatubense, escritora, Ivana Arruda Leite, no seu blog http://doidivana.wordpress.com, fez a seguinte afirmação sobre o livro Amar é crime:
Este é o seu melhor livro, com certeza. Graças a Deus, né? Sinal que ele só melhora e melhora. Seus contos estão ainda mais substanciosos, com mais carne pra morder. Gostei de todos mas, pra mim, é ali, bem no meio do livro, que está o suprassumo, a grande novidade de Amar é Crime. O conto “União Civil” inaugura um trajeto novo e surpreendente na sua caminhada.
E como é lindo acompanhar o processo de um cara fadado a fazer o que faz! Ver o cabra crescendo, se aprimorando e fazendo cada vez melhor aquilo que sabe. No caso do Marcelino: escrever.
Mais legal ainda é ver que a escrita (o ato em si) do Marcelino é inseparável de um monte de outras coisas, pois além de escrever,
ele interpreta magistralmente seus textos, edita primorosamente seus textos,
divulga seus livros com fôlego de caixeiro viajante pelo Brasil afora,
difunde o ofício literário nas mil e uma oficinas que administra,
lê e opina sobre textos de novos autores,batalha junto aos órgãos públicos pelo lugar ao sol que o escritor merece na política cultura do país
e ainda é a criatura mais solidária e generosa com os felizardos (eu!) que privam da sua intimidade.
A literatura do Marcelino é o pacote completo, o resultado dessa síntese que só ele sabe fazer entre a solidão do escritor e o agito estridente da atuação literária. Mesmo assim, é no livro que ela encontra sua melhor expressão.
ENTREVISTA DE MARCELINO NO JÔ SOARES
OBSERVAÇÕES DESTE BLOGUEIRO
O livro começa com um poema concreto e termina com vários minicontos. O conto que mais me impressionou foi "Acompanhante", já que tenho um tio passando pela mesma situação, está moribundo. A narrativa me comoveu.
A linguagem é trabalhada diante da nova perspectiva literária: feita para chocar, surpreender. Como a vida do autor não foi doce, a sua obra só poderia ser amarga. Ao ler o livro, me lembrei de versos de Zé Ramalho: Há um brilho de faca/ onde o amor vier.
O livro tem 151 páginas e custa R$ 30,00. Edith - é a editora que o publicou, um coletivo de escritores.
A araçatubense, escritora, Ivana Arruda Leite, no seu blog http://doidivana.wordpress.com, fez a seguinte afirmação sobre o livro Amar é crime:
Este é o seu melhor livro, com certeza. Graças a Deus, né? Sinal que ele só melhora e melhora. Seus contos estão ainda mais substanciosos, com mais carne pra morder. Gostei de todos mas, pra mim, é ali, bem no meio do livro, que está o suprassumo, a grande novidade de Amar é Crime. O conto “União Civil” inaugura um trajeto novo e surpreendente na sua caminhada.
E como é lindo acompanhar o processo de um cara fadado a fazer o que faz! Ver o cabra crescendo, se aprimorando e fazendo cada vez melhor aquilo que sabe. No caso do Marcelino: escrever.
Mais legal ainda é ver que a escrita (o ato em si) do Marcelino é inseparável de um monte de outras coisas, pois além de escrever,
ele interpreta magistralmente seus textos, edita primorosamente seus textos,
divulga seus livros com fôlego de caixeiro viajante pelo Brasil afora,
difunde o ofício literário nas mil e uma oficinas que administra,
lê e opina sobre textos de novos autores,batalha junto aos órgãos públicos pelo lugar ao sol que o escritor merece na política cultura do país
e ainda é a criatura mais solidária e generosa com os felizardos (eu!) que privam da sua intimidade.
A literatura do Marcelino é o pacote completo, o resultado dessa síntese que só ele sabe fazer entre a solidão do escritor e o agito estridente da atuação literária. Mesmo assim, é no livro que ela encontra sua melhor expressão.
ENTREVISTA DE MARCELINO NO JÔ SOARES
OBSERVAÇÕES DESTE BLOGUEIRO
O livro começa com um poema concreto e termina com vários minicontos. O conto que mais me impressionou foi "Acompanhante", já que tenho um tio passando pela mesma situação, está moribundo. A narrativa me comoveu.
A linguagem é trabalhada diante da nova perspectiva literária: feita para chocar, surpreender. Como a vida do autor não foi doce, a sua obra só poderia ser amarga. Ao ler o livro, me lembrei de versos de Zé Ramalho: Há um brilho de faca/ onde o amor vier.
O livro tem 151 páginas e custa R$ 30,00. Edith - é a editora que o publicou, um coletivo de escritores.
Entre a serpente e a estrela
Zé Ramalho
Há um brilho de faca
Onde o amor vier
E ninguém tem o mapa
Da alma da mulher
Ninguém sai com o coração sem sangrar
Ao tentar revê-lá
Um ser maravilhoso
Entre a serpente e a estrela
Um grande amor do passado se transforma em aversão
E os dois lado a lado
Corroem o coração
Não existe saudade mais cortante
Que a de um grande amor ausente
Dura feito diamante
Corta a ilusão da gente
Toco a vida pra frente
Fingindo não sofrer
Mas no peito dormente
Espera um bem querer
E sei que não será surpresa
Se o futuro me trouxer
O passado de volta
Num semblante de mulher
Nenhum comentário:
Postar um comentário