Na sexta-feira, professores do Colégio N.S. Aparecida me deixaram um recado na Secretaria da Cultura.
"Paulo Varela quer conversar com você, ele está na escola até as 16h. Deixei meus afazeres e fui ao encontro desse tal de Paulo Varela. Afinal, como homem público da cultura, já que o colégio estava promovendo sua 7.ª Feira do Livro, devia ser algum escritor.
Encontrei um sujeito mirrado, chapeuzinho de seresteiro. Gago, mas gago mesmo. Ele me chamou para divulgar a sua arte: dar palestra, contar causos e fazer casa de taipa.
Na minha ignorância, pensei: como um gago pode contar causos matutos e dar palestra. E encantar a plateia?!
Como ele é macaco velho, sabe qual é a reação das pessoas, contou um caso para eu ouvir. Transformou-se, não era mais gago. Lembrei-me da história do cantor Nélson Gonçalves, que era gago ao falar e a gagueira sumia ao cantar. Nem sei se isso é verdadeiro, mas foi o que me ocorreu no momento.
Paulo Varela apareceu por Araçatuba via Festival Folclórico de Olímpia. E está dizendo que, a convite do prefeito de Olímpia, vai morar na Capital do Folclore.
Veja algumas coisas sobre Paulo Varela
Informações de http://www.leonardoconcon.com.br
O poeta popular, e contador de causos, de Assu (RN), Paulo Varela construiu uma casa de taipa, ao lado da Casa do Caipira, no Recinto do Folclore, durante o 47º Festival de Folclore de Olímpia, onde declamou vários causos.
Vamos conferir um de seus poemas:
Pro mode dessas doidice
Endereços do poeta:
www.contadordecausos.com.br
oencantodocordel@hotmail.com
Telefones: 84 3664 7185 / 8708 6639
Palestras show (Nordeste andante)
Curso de xilogravura
Aula de Literatura de Cordel
Causos Matuto
Casa de taipa
"Paulo Varela quer conversar com você, ele está na escola até as 16h. Deixei meus afazeres e fui ao encontro desse tal de Paulo Varela. Afinal, como homem público da cultura, já que o colégio estava promovendo sua 7.ª Feira do Livro, devia ser algum escritor.
Encontrei um sujeito mirrado, chapeuzinho de seresteiro. Gago, mas gago mesmo. Ele me chamou para divulgar a sua arte: dar palestra, contar causos e fazer casa de taipa.
Na minha ignorância, pensei: como um gago pode contar causos matutos e dar palestra. E encantar a plateia?!
Como ele é macaco velho, sabe qual é a reação das pessoas, contou um caso para eu ouvir. Transformou-se, não era mais gago. Lembrei-me da história do cantor Nélson Gonçalves, que era gago ao falar e a gagueira sumia ao cantar. Nem sei se isso é verdadeiro, mas foi o que me ocorreu no momento.
Paulo Varela apareceu por Araçatuba via Festival Folclórico de Olímpia. E está dizendo que, a convite do prefeito de Olímpia, vai morar na Capital do Folclore.
Veja algumas coisas sobre Paulo Varela
Informações de http://www.leonardoconcon.com.br
Um dos seus discos intitula-se "Remédio Pra Subir Pau", 2004. Segundo o poeta que começou a escrever poesias a trinta anos atrás, já tem quase duas mil composições. Ele também artista plástico e "se diz um cabôco escrevedô e contadô de causos matutos".
Paulo Varela no Jô Soares:
Vamos conferir um de seus poemas:
Pro mode dessas doidice
Que temo que escutar
Tanta coisa ripitida
Desses tanto bla-blá-blá
Por isso qui tenho dito
Os versos são mais bunito
Do que esses pocotó
Gente sen arte tá rico
E ouvido não é pinico
E nem também urinó
Faço coisa diferente
Dessas raízes da gente
Pois eu acho mais mió
Falo de nossas sabenças
Das nossas maledecências
Das coisas do mei rurá
Eu falo do sofrimento
Do chicotar do jumento
Do vôo do carcará
Falo do gado magrenho
Da cachaça, do engenho
Do nordestino sofrido
Desse mato ressequido
Do espinho unha-de-gato
Tocaia no mei do mato
Das poça, do lamaçá
Da mãe que dá de mamar
Do aboiar do vaqueiro
Do repicar do ferreiro
Das prece, dos retirante
Dos bando de avuante
Do sol amarelo e quente
Da fome de nossa gente
Cangaia, borná, chucaio
Tropeiro no seu trabaio
Bisaca, xote, capim
Das negas, dos cabra ruim
Viola, moitão, furquia
Do calor do meio-dia
Casa de taipa, forró
Cachorro, gato, socó
Dos cabôco bom de briga
Das gostosas rapariga
Trinchete, alguidá, panela
Do pilão, cabaço e vela
Do luar, da lamparina
Dos perfume das menina
Quengo, feira e caçote
Biqueira, coice, magote
Farinha, feijão, arroz
Do nosso baião-de-dois
Cangapé, foice, matuto
Nossa fé, do nosso luto
Dos andar das romaria
Do repente, cantoria
Das beatas rezadeira
Dos tiros de baladeira
Dos bolão de vaquejada
Dos coriscos, trovoada
Enxada, perneira e pá
Brida, roçado, vasante
Mas vamos mais adiante
Que não parei de falá.
Endereços do poeta:
www.contadordecausos.com.br
oencantodocordel@hotmail.com
Telefones: 84 3664 7185 / 8708 6639
Palestras show (Nordeste andante)
Curso de xilogravura
Aula de Literatura de Cordel
Causos Matuto
Casa de taipa
Um comentário:
hélio é uma maravilha o contato com esses seres literários que vivem em seu mundo mágico e de sabedorias sem fim,obrigado por nos encaminhar a esse mundo assim é sua estrada de homem de visão, parabéns a sua secretaria.
um abraço
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