Deixei meu marido após 47 anos. Todos dizem que estou louca.
Estou tão errada assim?. www.maisde50.com.br
"A liberdade que a gente conquista, mesmo à custa do
sofrimento da família ou de um cônjuge querido, é válida? Pergunto isso, porque
estive vivendo um grande dilema e só depois desta passagem de ano é que tomei a
minha decisão de separação. Foram 47 longos anos de convivência em que muito
construímos, mas nos quais eu nunca pude ser eu mesma.
Meu marido é um homem bom. Bom pai, bom marido, bom filho,
bom tudo, minha família e meus amigos estão dizendo que eu pirei, que fiquei
doida, que isso não se faz nessas alturas da vida. Só que, não dá mais. E
parece que ninguém me entende. Foi um pequeno detalhe que me chamou atenção e
me fez decidir pedir a separação. Já fui ao advogado e não voltarei atrás.
Eu havia implorado a ele que passássemos sós, esse
Reveillon, que largássemos família, filhos e netos e fôssemos para algum lugar
divertido. Ou romântico. Vim falando, conversando, procurando abrir a cabeça
dele. Coisa de casais, mas queria ir onde estivéssemos somente eu e ele. Uma
nova chance, entende? Enrolou, enrolou, disse que ia ver coisa e tal e no fim,
não viu nada, não fez nada. E eu me vesti toda bonita e fiquei esperando a tal
da surpresa que ele me disse que estava preparando.
Ao final, me apareceu com a mãe sentada no banco da frente
do carro e veio com a mesma ladainha: que a mãe dele já é velha, que pode
morrer a qualquer hora, que no ano que vem ela pode não estar mais aqui, que o
que custa blá-blá-blá... blá-blá-blá... Sabe, Doutora, me deu um tédio no
estômago, que ali morreu de vez qualquer esperança de ter um marido para mim.
Ele sempre foi marido da mãe dele, sabe? Entenda-me bem, nada de sexual, mas
fez às vezes de marido. Tudo que o pai não deu, ele deu. E eu fiquei sempre no
segundo plano, tanto que ultimamente eu e ele estivemos vivendo como dois
irmãos, também.
Foi a gota d’água. Se for para não ter marido de fato, então
também não quero de direito. Demorei a enxergar tão claro e ter coragem de dar
o passo. Mas os filhos estão dizendo que, se agüentei até agora, tenho que
agüentar daqui para frente também. Oras, mas isso é justo?! Agora ele está lá,
se desmilinguindo de tanto chorar, dizendo que não entende nada, até minha
família está revoltada, que eu sou egoísta, que ele bom, que vou ficar sozinha.
Mas e se eu já me sinto só? Eu gosto dele, é claro que gosto, mas não agüento
mais viver na mesma casa que ele. Estou tão errada assim?"
PSL
Confira, na próxima página, a resposta da psicóloga Ana
Fraiman*
7 comentários:
Li o texto e a opinião da especialista. Quanto à mulher, dou-lhe toda a trazão por ter largado do babaca. A psicologa também fundamentou bem a sua opinião.Só um detalhezinho: durante 47 anos o tonto deve ter sido o mesmo mas NÃO viviam como irmãos. Então o que deduz é que a madame...deixa pra lá. Vai ver que leu aquele livro daquelas escatologias e pintou o desespero.
Analisando a situação da vida dos outros (mais fácil que rever a nossa), mas há algo de podre ai nesse reino, vejamos:
1- Uma mulher que não sabe diferenciar tédio de azia...pô, fala sério! kkkk "Tédio de estômago" é vontade de...ah, xá pra lá; coitada, vai ver falta empenho do marido.
2- Se o marido é tão bom, por que deixá-lo? Eis a pergunta que não quer calar. Essa mulher não deve saber nem a hora que ela tá com fome, vai...
3- Caso clássico de caçada de chifre em cabeça de cavalo. Conheço histórias muito mais graves e de fato, sérias. Essa ai não tá nem um pouco Rodriguiana, pro meu gosto.
4- Essa mulher tá se achando, tomara que esse marido acorde e acabe com essa viadagem dela dando-lhe um belo pé na bunda...ops...pé nas nádegas fica melhor!
5- Isso ai, como diria a minha mãe, é falta de uma boa mala de roupa pra lavar. Pelo jeito essa mulher não tem vida própria, nem profissão. Vai ler, minha filha.
6- Casamento é antídoto do amor. Sou contra. Embora ninguém tenha me perguntado...kkkkk
O melhor psicólogo é o cachorro. Mas diferente do psicólogo, nos olha nos olhos e dá uma lambidinha depois, nos consolando. rsrs
Minha senhora se é que se pode chamar, tem-se que dividar o tempo, peloms/ tempo de casada logo estarás c/ a boca sem nem um dente, esperando a morte chegar, então deixe de frescura.
Minha senhora se é que de pode chamar, tem horas que se deve dividir as coisas, pelo tempo de casada logo estaras c/ a boca escancarada s/ nem um dente, esperando a morte degar, custa fazer um pequeno sacrificio.
Li o texto e a opinião da especialista, que fundamentou bem a resposta. Acredito que, arrependimentos podem ocorrer, tristeza também, e pessoas criticando, olhando torto, falando mal e não compreendendo, etc... Mas só quem está dentro da relação é que realmente sabe o que se sente e passa... Não adianta o marido ser bom em muita coisa, se não consegue suprir as necessidades emocionais dela... Na minha opinião, ela foi muito corajosa, pois além de tomar uma decisão tão difícil após tantos anos de casada, sabia que teria que enfrentar as críticas, além do medo do desconhecido, do que vêm pela frente... Espero que ela continue tendo coragem de viver, seja sozinha, seja com ele ou com um novo amor... Tem um trecho de uma música que diz:
"... Cada um sabe a alegria e a dor que traz no coração..."
Por isso, e tão somente por isso, a decisão cabe somente a ela!
A comparação talvez não seja das mais felizes, mas... Acho que o tempo de devolução venceu!
Entramos numa relação trazendo nosso melhor e nosso pior.
No primeiro ano de meu casamento já tinha em mãos o prognóstico básico da minha parceira. Assim, vem a pergunta: por que esperar tanto tempo???
Adiantou o (ex)marido ser boa pessoa se a sua mulher não gosta deste tipo de gente?
É a ode ao egoismo, onde pensamos apenas em nós mesmos, quedamo-nos inaptos a compreender e tolerar o(a) nosso(a) convivente. Pior ainda, quando são as qualidades desta pessoa que nos causam repugnância.
Talvez não fosse amor que manteve essa pessoa por 47 anos junto com outro pessoa e sim piedade.
Um amigo da RFB me disse que um casal são como 2 engrenagens estranhas, colocadas dentro de um sistema e que, conforme as peças vão se desgastando, também vão se encaixando, na exata medida em que vamos renunciar a imagem de "barbie/príncipe encantado" que esperamos de nossos parceiros.
Só espero que essa senhora, qdo ficar velha, tenha a dignidade de chegar pro seus filhos e abdicar de qualquer ajuda, para não lhes atrapalhar o casamento.
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