AGENDA CULTURAL

1.2.12

O sociólogo analisa o impacto da mundialização na produção e acesso aos bens culturais e como isso se reflete nas identidades nacionais

Revista E - Sesc: www.sescsp.org.br


Professor titular do Departamento de Sociologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), Renato Ortiz se dedica à pesquisa nas áreas de globalização, ideologia e cultura desde o fim da década de 1980. O sociólogo é autor de Cultura Brasileira e Identidade Nacional (Brasiliense, 1998), A Moderna Tradição Brasileira (Brasiliense, 1994) e Mundialização e Cultura (Brasiliense, 1996), entre outros. 


Em entrevista à Revista E, ele afirma que é um erro pensar que a globalização extinguiria a diversidade cultural. “Fica evidente hoje que o processo de globalização constitui uma totalidade na qual as diferenças se manifestam”, explica. “O mundo é um todo, mas nada tem de homogêneo. 


Tampouco ele é plural, como diziam os pós-modernos as diferenças encontram-se hierarquizadas e constituem relações de poder bem determinadas.” Graduado na Universidade de Paris 8, é doutor em Sociologia pela École des Hautes Études en Sciences Sociales, em Paris, e pós-doutor na mesma área pela Columbia University, em Nova York. 



Alguns trechos da entrevista:

“A emergência do  mundo digital traz certamente novas formas de se ‘fazer política’,  mas a democracia não é uma questão de tecnologia. Pensar dessa maneira seria reduzir os dilemas humanos às conquistas da técnica”

“Madonna já não é mais americana, assim como Gisele Bündchen não é brasileira, ou Pokemon é japonês. Eles são personagens-ícones desterritorializados de seus lugares de origem”

“O processo de globalização  não significa massificação. Pelo contrário, ele pressupõe  a ideia de diversidade. As bolsas Gucci são produtos globais, mas nada têm de ‘massa’, elas são vendidas em todo o planeta nas boutiques de luxo”

“Num mundo em que tudo se encontra submetido à utilidade, política ou mercadológica, a poesia tem dificuldade de encontrar seu lugar. O poeta é uma figura fora dos padrões, ele nada solitário contra a corrente”
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