Como ficou o teatro, após a reforma |
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Teatro tomado, 220 lugares, mais 30 cadeiras de plástico |
Fotos da página de Aniuska Carteado - Faceboock
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Mauro Rico, em nome da alma, organizou o evento a pedido do secretário Hélio Consolaro |
O
show INTECENFIM terá como formato a colagem dos vários segmentos artísticos que
conviveram harmoniosamente durante toda a década de 70 e meados da década de 80
no Teatro do INTEC, como era popularmente conhecido o Teatro Castro Alves, que
agora será reinaugurado.
O
show é um encontro de antigos artistas de Araçatuba em uma noite de nostalgia.
Caberá à Associação Livre dos músicos de Araçatuba convidar antigos artistas
que freqüentavam aquele ambiente cultural, trazê-los (muitos já moram fora de
Araçatuba), dar-lhes hospedagem, alimentação para realização do evento.
No
dia 09 de junho, durante aproximadamente três horas, os “artistas” convidados,
que hoje estão noutras atividades econômicas, a participarem do cenário
artístico desse período de grande efervescência cultural na cidade,
proporcionando à atualidade o revival necessário para coroar uma grande festa
cultural, finalmente, a reinauguração do Teatro Castro Alves (objetivo traçado por Mauro Rico, ao apresentar o projeto ao secretário Hélio Consolaro)
Crônica do secretário municipal de Cultura de Araçatuba, Hélio Consolaro, no show Intecenfim: 9 de junho de 2012, das 21h às 24h, no teatro municipal Castro Alves
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Este blogueiro lendo o seu texto |
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Querô (guitarra), Geraldo Olivieri (violino), César Menezes (violão e voz), Pepa (cajón). Carla Rampin (voz), Márcio Rampin (guitarra) |
No
jargão político, usamos muito o verbo “inaugurar”. Como estamos devolvendo o
teatro municipal Castro Alves ao mundo cultural de Araçatuba, automaticamente surgiu
“reinaugurar”, mas na verdade estamos hoje aqui praticando uma liturgia,
celebrando.
Celebrar
é festejar, solenizar, honrar, exaltar, cercar de cuidado e de estima. Estamos
aqui de volta ao mesmo lugar de 20 e 30 anos atrás, diferentes, mais velhos,
para dizer que resistimos ao tempo e não desistimos nunca de nossos sonhos.
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Nélson Camargo declama o poema Cântigo Negro, do poeta português José Régio |
Muitos
não estão mais conosco, outros estão em diáspora, foram construir a vida
noutras plagas, mas tenho certeza de que a energia deles circula entre nós.
Somos daqui ou viemos de longe especialmente para viver este momento forte. Foquemos,
então, o aqui e o agora, o passado arrastado com todo o seu peso para esta
hora.
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Apoteose do show, apresentação de Magno Martins, acompanhado por Paulo Roberto Arede |
O
sonho era voltar aqui, neste prédio construído sobre este pedacinho de chão. Não se trata de
saudosismo, o termo correto é resistência. O teatro Castro era o totem perdido
de nossa tribo, o santo graal. Nós o encontramos, então, celebremos. “Quem sabe
faz a hora, não espera acontecer”, a liberdade abriu as asas sobre nós.
E
por obra do universo, ele foi encontrado por um de seus membros, Cido Sério. Estava
incompleto, faltando-lhes partes. Na época da luta renhida, não era o pajé e
nem cacique da tribo, apenas um curumim, mas desde tenra idade se apaixonou
pelo totem.
O
teatro municipal Castro Alves vem sendo usado desde outubro. A ansiedade e a
necessidade não nos deram calma para esperar a celebração. Ainda falta-lhes
alguma coisa (trocar o policarbonato, melhorar os banheiros, pintar toda a Casa
da Cultura Adelino Brandão), porque as forças ocultas, como a burocracia,
teimam em atrapalhar, mas logo estará tudo pronto. Já me disseram que ela é
necessária, até estou me conformando com isso.
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Oseias Lopes, acompanhando por Zé Renato |
Meus
companheiros, camaradas, irmãos de caminhada, celebremos neste templo este
momento de conquista, de retorno.
Parabéns,
curumim Cido Sério. Obrigado, guerreiro Mauro Rico. A sua bênção, pajé Franco
Baruselli.
Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Atualmente é secretário municipal de Cultura de Araçatuba-SP
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