Hélio Consolaro*
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Briga de casal é coisa engraçada. Alguns brigam para toda a
vizinhança saber: aquela baixaria. Quebra isso, quebra aquilo. Quando estão
juntos, de bem, predomina aquela paixão, ninguém acredita em que aquele casal
de pombinhos de repente se transforma em gaviões.
Há casais que são discretos, brigam apenas pelo olhar ou por
algumas palavras ásperas. Nada de ciúmes, os motivos são bobagens da vida
cotidiana que os deixam emburrados, sem conversar entre si. Qualquer fato inusitado
acontecido na casa serve para quebrar o gelo.
Muitos casais aproveitam esses momentos tensos para jogar na
cara do outro aquilo que estava retido, a briga vira seção “lava roupa suja”.
Esse tipo é o pior deles, pois palavras machucam mais que agressões físicas.
Há quem brigue falando mal da família do outro. Bem que me
falaram que você se parecia com a sua mãe, aquela jararaca. Sua família é uma
tropa de burros, lá ninguém estudou, um é mais tapado do que o outro... E assim
desfilam as delicadezas.
A tipologia de briga de casais é infinita, cada um tem suas
particularidades, por isso há o ditado popular de que em briga de marido e
mulher, não se bota a colher. Já duvidei disso e me danei na prática. Não há
nada mais certo.
Existem casais que gostam de brigar na estrada, quando viajam
e estão a sós no carro. Qualquer palpite errado no roteiro da viagem é motivo
de agressões. Recebi este caso por e-mail, achei-o bem típico de briga
conjugal.
Um casal vinha por uma estrada do interior sem dizer uma
palavra. Uma discussão anterior havia levado a uma briga, e nenhum dos dois
queria dar o braço a torcer.
Ao passar por uma fazenda em que havia mulas e porcos, o marido perguntou, sarcasticamente:
- Parentes seus?
- Sim - respondeu ela – são meus cunhados
Nem preciso dizer, caro leitor, que o pau quebrou. Quem sabe não fosse a preparação para uma noite de amor entre tapas e beijos.
Ao passar por uma fazenda em que havia mulas e porcos, o marido perguntou, sarcasticamente:
- Parentes seus?
- Sim - respondeu ela – são meus cunhados
Nem preciso dizer, caro leitor, que o pau quebrou. Quem sabe não fosse a preparação para uma noite de amor entre tapas e beijos.
*Hélio Consolaro é
professor, jornalista e escritor. Atualmente é secretário municipal de Cultura
de Araçatuba-SP
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