Atriz Julia Roberts e o cantor country Lyle Lovett |
Hélio
Consolaro*
A
beleza feminina encanta os homens como se estivessem diante de uma obra de
arte. Esse encantamento tem várias manifestações, mas o mundo masculino não
consegue entender que o belo feminino não é só dele.
Primeiro,
precisamos entender que o belo é relativo, não se é bonito em todos os lugares.
Essa concepção muda no tempo e no espaço. As gordinhas já foram belas, e
hoje enaltecem a magricelas.
Deixando
essa discussão filosófica de lado, eu faria uma pergunta bem prática: que eu
faria com a conquista de uma mulher bela, além de desfilar com ela diante do
mundo, como se fosse um troféu? Contemplá-la, seria uma atitude. Seria
só minha?
Ter
e ser entram em briga nesse momento, comparamos as mulheres a objetos,
mercadorias, frutas. Diz a piada masculina que mulher bonita é como melancia:
ninguém a chupa sozinho. Então, ter uma mulher bonita como companheira é ter
consigo a preocupação de perdê-la. Seria como
dormir com o inimigo. Para não
perdê-la, faço todas as suas vontades. Para fazer isso, preciso ter grana.
Então, mulher bonita é como um carro de
luxo, a manutenção é cara.
A
mulher bonita é problema para ela mesma, inclusive na sua postura social.
Facilmente se torna arrogante, frívola e leviana. A beleza externa dificilmente
tem correspondência na beleza interna. Como se diz no senso comum: é difícil
encontrar uma mulher bonita inteligente, porque ela já tem um tributo, não vai
buscar outro, uma compensação. Ela se contenta com sua corte de admiradores.
A
mulher bonita é como a riqueza, todo mundo a quer, mas traz outras
preocupações. As feinhas são mais companheiras, precisam segurar o seu homem
com outros tributos. Afinal, as gemidinhas e a virada de olhos não são diferentes.
Será
que todas as mulheres bonitas são boas de cama? Quem teve a experiência de
tê-las, diz que não. São belas como estátuas, mas na hora de operacionalizar-se
fracassam, deixam os homens meio abestalhados, na dúvida se tanta areia é para
o seu caminhãozinho...
Outro
fato interessante, mulher não gosta de homem bonito. É comum ver cada beldade
desfilar com cada tribufu!. Parece que a escolha do companheiro feio é uma
forma de realçar a sua beleza. E se por acaso, os dois sejam bonitos, os filhos
pagam o pato: nasce cada filhote de cruz-credo!
Então,
caro leitor, aprenda: nem tudo são flores. Às vezes, se pensa que a felicidade
mora nos outros, quando lá há também muitos problemas. Confesso que não sei o
que fazer com uma mulher bela, por isso fujo delas. Elas são como a lua, é de
todos e não é de ninguém. Prefiro as feinhas, que pegam no meu pé.
*Hélio
Consolaro é professor, jornalista e escritor. Atualmente é secretário municipal
de Cultura de Araçatuba-SP
2 comentários:
Jogando a toalha muito cedo...ou é conformismo?
Háquem diga que um filé a dois é melhor que um músculo sozinho.
As mulheres são diferente dos homens. Os homens são na grande maioria visuais. Para satisfaze los plenamente é preciso primeiro satisfazer os sentidos da visão. Por isso escolhem mulheres mais compatíveis com seus protótipos. Já as mulheres são diferentes. Elas são mais auditivas e sinestésicas. Por isso o homem nem precisa ser belo como eu, basta ter uma conversa agradável e uma "pegada" satisfatória, que a princesa estará conquistada. Observo que muitas mulheres tidas como belas, são tão problemáticas e mau resolvidas que ninguém imagina. Enquanto as que não são consideradas tão belas, muitas vezes são mais determinadas e conscientes. Não existe regras. O problema está muitas vezes no homem e não na mulher. Dispendiosa todas as mulheres são. Só não da despesa as mulheres encalhadas no caritó, mas basta elas acharem um brother, que logo começa o escarnecimento. Por isso belas ou feia, ambas dão trabalho. Agora, se pais belos fazem filhos feios, os pais do Mirto Fricote devem ser lindos. Amém!
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