Tema
recorrente em debates sobre o uso dos recursos públicos na promoção de
eventos culturais, a Lei Rouanet chegou à maioridade com os mesmos
defeitos de origem de seu nascimento.
A
UBE tem posição definida em relação à necessidade de reformar a lei –
que tem seus méritos - nos pontos em que ela comete injustiças, ou, para
dizer o mínimo, no que tange aos critérios de atribuição dos recursos.
É
disso que trata o editorial publicado pelo jornal O Estado de S. Paulo
em sua edição do dia 3. O texto tem título auto-explicativo - Dinheiro
para quem já tem – e aborda a concessão de incentivos fiscais da ordem
de quase 30 milhões ao Itau Cultural.
“Ou seja: uma entidade cultural ligada a um grupo privado com
formidável poder financeiro conseguiu generoso aval para obter o
dinheiro necessário para seus projetos em 2013”..enquanto “mais de 70%
dos produtores culturais que se candidatam ao benefício são deixados de
fora do bolo – muitos por evidente limitação artística, mas outros
porque são incapazes de competir, em condição e igualdade, com
organizações culturais fortes e conhecidas do mercado”. A UBE (União Brasileira de Escritores) assina
embaixo a manifestação do jornal e vai continuar na trincheira dessas
reivindicações.
Leia na íntegra:AQUI
Um comentário:
Submetida desde o início a uma burocracia infindável, que inviabiliza qualquer Agente Cultural de pequeno ou médio porte de obter algum sucesso, a LEI ROAUNET nos últimos anos foi sendo apropriada por práticas de clientelismo e tráfico de influência disfarçadas e adaptadas ao seu contexto. Tente qualquer um conseguir a provação e financiamento sem a PARTICIPAÇÃO DE UM CURADOR "JURAMENTADO" QUE DEVE SER PAGO MUITO ANTES do processo realmente começar.... O lobby se institucionalizou pela condição inicial, de que grande maioria do processo tem que ser acompanhado diretamente, gabinete, por gabinete, seção por seção, mão a mão...
Postar um comentário