12 de março, Dia do Bibliotecário. Parabéns a todos os bibliotecários e bibliotecárias.
Claudio Hideo Matsumoto – Bibliotecário da
Faculdade de Odontologia de Araçatuba - Unesp
Sou o guardião do passado, do
presente, e quem sabe, do glorioso futuro a ser escrito. Sob a minha guarda
repousa o maior tesouro da humanidade, o conhecimento. Guardião da memória não
só da minha nação, mas de toda humanidade. Do fruto do meu trabalho minucioso, foram
edificados milhares de possibilidades entre os pequenos e as grandes descobertas
do homem, de um povo e de toda a humanidade.
Sou um soldado que luta contra todos
aqueles que fomentam a dominação. Meu lema é lutar contra a ignorância e a
usurpação da liberdade dos povos. Em meio à poeira do tempo, sou testemunha das
maravilhas da humanidade, e também, das lembranças sombrias que não podem ser
esquecidas. Ao longo de toda a minha existência, tenho a grande missão, de
todas as formas, a perpetuar e transmitir a futuras gerações, todo legado da
humanidade.
A biblioteca é a minha casa, meu monastério,
meu santuário, ela é a memória dos homens, o seu cérebro, o seu conteúdo, o
remédio contra os maiores males da sociedade, a alienação. Os livros são as
minhas ferramentas, grandes conselheiros, neles estão gravadas os maiores
prodígios do ser humano.
Fico vagando pelos corredores, entre
a poeira acumulada sobre as folhas dos livros tenho, no meu ofício, o elo de
transmissão do saber e da cultura. Enfim, que a cultura e o saber sejam o
símbolo de liberdade dos povos. Sob a minha guarda estão os dicionários, as
enciclopédias, os livros das ciências e artes, etc.
Apesar dos antigos desafios, surgem
novos desafios, a transição do impresso para a mídia digital. Com isso, temos a
missão de abrir as portas para novos serviços cada vez mais inovadores,
difundindo o conhecimento para além das prateleiras das bibliotecas
tradicionais, estando à frente da criação das bibliotecas digitais.
Com o sentimento de cumplicidade de
transmitir o conhecimento, é de minha responsabilidade não deixar cair no
esquecimento. Cumprindo a longa jornada, levar informação e conhecimento, salvando
vidas, edificando obras, e dando aconchego aos espíritos que a procuram.
Como dizia Umberto Eco em sua obra,
o bibliotecário defende os livros não só dos homens, mas também da natureza e
dedica sua vida a esta guerra contra as forças do esquecimento, que é o inimigo
da verdade.
Esperamos que a sociedade dê a sua
devida importância. Porque temos o dom de humanizar, a capacidade de inovar, de
renovar forças, de acreditar sempre que é possível, com a informação e o
conhecimento, formar plenamente o ser humano, para serem críticos e atuantes, e
serem verdadeiramente cidadãos plenos.
Que no seu dia a dia transmita o
entusiasmo e a alegria de sua escolha profissional. Ser persistente e abnegado,
uma sensibilidade necessária para quem se propõe a buscar, informar e formar
cidadãos.
Sem os bibliotecários, a humanidade seria uma vaga
lembrança.
2 comentários:
Que lindeza, Cláudio!
Parabéns!
Wanilda Borghi
Que lindeza, Cláudio!
Parabéns!
Wanilda Borghi
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