GABRIEL PRIOLLI
Para o jornalista, preconceitos de classe estão aflorados e os meios de comunicação têm grande responsabilidade na radicalização do ambiente político
por Vander Fornazieri publicado 16/02/2014 - Revista Brasil Atual
VANDER FORNAZIERI/RBA
A partir de 2003, todos os preconceitos de classe possíveis e imagináveis afloraram e se solidificaram contra o Lula
É difícil encontrar uma redação onde Gabriel Priolli não tenha trabalhado. TV, jornal, revista, ele passou pelas mais importantes, exercendo variadas funções, inclusive a de editor doJornal Nacional, da Globo. Atuou na imprensa alternativa e foi peça importante na criação de campanhas e programas de TV históricos para o PT de mais de duas décadas atrás e, desde então, acumula experiência em 17 campanhas políticas para diversos partidos e candidatos. Hoje está à frente do blog Apriolli, no qual escreve sobre temas políticos e culturais do país.
Priolli começou como estagiário da TV Cultura, onde ficou até 1980, quando houve demissão em massa de jornalistas promovida pelo governador Paulo Maluf, empossado pelos militares em 1979. Amargou uns tempos de geladeira, às voltas com o preconceito dentro do meio jornalístico contra os profissionais de TV – “acusados” de não saber escrever. Meses depois conseguiu uma cobertura de férias na Folha de S. Paulo, e foi bem. Desmontou o preconceito e emplacou matéria de capa. Começou a fazer cobertura de TV para o caderno Ilustrada, que ninguém gostava de fazer. Mas era tudo o que ele queria. Era a possibilidade de se firmar escrevendo e refletindo sobre uma mídia que não tinha interlocução.
Aliás, segundo Priolli, o grosso do que se escreve sobre televisão, ainda hoje, é de um grau de estupidez abissal. “Você fica pasmo de ver a ignorância das pessoas em relação ao que é televisão. Existe a presunção de achar que ela é uma máquina de estupidificar feita por gente estúpida.”
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