AGENDA CULTURAL

6.2.15

Esbanjou água, foi atropelada

Jornal O LIBERAL, 06/02/2015 - Araçatuba




















Uma enfermeira de 40 anos procurou a Polícia Civil nesta quarta-feira (4) após quase ser atropelada por um veículo. O motivo da tentativa de atropelamento, segundo ela, foi porque estava lavando a frente de casa e gastando água.

O caso aconteceu na rua Vicente Leporace, no bairro Morada dos Nobres, em Araçatuba, por volta de 11h30.

De acordo com boletim de ocorrência, a mulher lavava a frente de casa, quando uma mulher, conduzindo um Ford Fiesta branco, aproximou-se e gritou: "Você não está vendo que está acabando a água?", jogando o veículo contra a vítima.

O carro acertou o balde usado para lavar a casa, quebrando o objeto. À polícia, a mulher disse que precisou pular para não ser atingida pelo carro. Ela não sofreu ferimentos.

A condutora do veículo fugiu sem prestar esclarecimentos. A placa do veículo foi anotada e repassada à Polícia Civil, que irá investigar o caso.

PUNIÇÃO EM SP
O caso acontece no mesmo dia em que a Câmara Municipal de São Paulo aprovou a aplicação de multa de R$ 1 mil para moradores que forem flagrados lavando a calçada ou o carro com água fornecida pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico de São Paulo).

A capital paulista vive a pior seca de sua história. Em Araçatuba, ainda não há possibilidade de racionamento no fornecimento de água e nem multa para este tipo de caso, mas a Samar (Soluções Ambientais Araçatuba) afirma que realiza campanha e orienta o consumo consciente da água.

COMENTÁRIOS DESTE BLOGUEIRO
Sabemos que um erro não justifica um outro, mas dou os parabéns para a mulher motorista que se enraiveceu com a consumidora inconsciente de água.
Certamente, a conduta correta era aplicar à "gastona" de água um sermão, ter feito um trabalho de conscientização. Bem provável que iria ouvir a seguinte resposta?

- Quem paga a água sou eu, você não tem nada com isso. 

Mal saberia a gastona, caso tivesse dito isso, que vivemos num planeta em que a vida se constrói em cadeia, em que o gesto de cada pessoal tem repercussão mundial.

A água não acaba, mas a água poluída prejudica a vida tanto humana e animal, como também vegetal. E que tornar a água potável, tratá-la, custa caro. Se ela estivesse lavando a calçada com água de cisterna, acumulada durante as chuvas, não teria problema algum.

Devemos conscientizar as pessoas, dizer a elas que tal atitude é anti-social, egoísta, mas sem atropelar ninguém. HÉLIO CONSOLARO 


Nenhum comentário: