AGENDA CULTURAL

3.10.15

Protestos contra fechamento de escolas pelo governo estadual

DA REDAÇÃO, RAPHAEL NARCIZO - ARAÇATUBA

Alunos e professores da rede estadual de educação em Araçatuba promoveram na manhã desta sexta-feira (02) a “Marcha pela educação”, que teve início em frente à Câmara Municipal e foi até o prédio da Diretoria de Ensino. O objetivo da manifestação foi protestar contra o possível fechamento de oito escolas estaduais no município e o remanejamento de estudantes. Representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp) também estiveram no local.



Em um panfleto entregue aos alunos que compareceram no manifesto, a mensagem é endereçada aos pais dos estudantes e informa sobre problemas que vêm ocorrendo na área da educação e alerta para as supostas mudanças que podem acontecer nas escolas. “O Governo do Estado não resolve esses problemas e agora quer criar mais um, dividindo as escolas em prédios paras os primeiros anos do ensino fundamental, outros para os anos finais e outros paras as escolas de ensino médio. Essa bagunça já aconteceu em 1995, quando alunos tiveram que estudar longe de suas casas, milhares de professores foram demitidos e os que ficaram tiveram que dar aulas em muitas escolas”, diz trecho do comunicado. Além da manifestação em Araçatuba, está marcado para o dia 29 de outubro uma assembleia estadual como professores em São Paulo no vão livre do MASP com o objetivo de buscar melhor qualidade no ensino público do estado.

Segundo o conselheiro da sub sede da Apeoesp em Araçatuba, Odimar Silva, alunos da Aesa (Associação de Estudantes Secundaristas de Araçatuba) procuraram o sindicato para pedir apoio na luta contra o remanejamento de estudantes das escolas estaduais no estado de São Paulo.

“Os alunos são os maiores prejudicados diante desse ataque frontal e brutal com a qualidade da escola pública. Em Araçatuba há um estudo para fechar oito escolas, o que vai causar um transtorno enorme para a população e pior, a qualidade da educação pública cai ainda mais. Serão fechadas 30% de todas as unidades escolares do estado de São Paulo, isso significa dizer que todas as salas de aula estarão superlotadas, vai comprometer e muito a já tão sofrida qualidade da educação pública”, explicou.
A presidente da Aesa, Liége de Oliveira disse que além da reivindicação para que as oito escolas não sejam fechadas em Araçatuba, o protesto é para que o governo do estado pare de tomar atitudes e aplicar mudanças em relação à educação sem antes procurar ouvir os estudantes, que serão os afetados pelas medidas tomadas.

“Essas mudanças irão superlotar as salas de aula, dificultar o trajeto até as escolas para os alunos, isso para mim é uma afronta, por que a educação é para nós e eles deveriam perguntar para os estudantes o que eles pensam dessas medidas”, disse.

“Quando a Aesa entrou em contato com os estudantes para participarem do manifesto, não foram apenas eles que se mobilizaram, temos o apoio de pais e de professores, o governo dessa vez não está comprando uma briga somente com professores, como ele costuma comparar quando mexe com o ensino”, finalizou.


Também participaram da manifestação alunos das escolas estaduais Ee Profª Maria Aparecida Balthazar Poço e Ee Profª Maria do Carmo Lélis, escolas estas, que segundo informou a Aesa, estão entre as oito que podem ser fechadas em Araçatuba.

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