DA REDAÇÃO, RAPHAEL NARCIZO - ARAÇATUBA
Alunos e professores da rede estadual de educação em
Araçatuba promoveram na manhã desta sexta-feira (02) a “Marcha pela educação”,
que teve início em frente à Câmara Municipal e foi até o prédio da Diretoria de
Ensino. O objetivo da manifestação foi protestar contra o possível fechamento
de oito escolas estaduais no município e o remanejamento de estudantes.
Representantes do Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São
Paulo (Apeoesp) também estiveram no local.
Em um panfleto entregue aos alunos que compareceram no
manifesto, a mensagem é endereçada aos pais dos estudantes e informa sobre
problemas que vêm ocorrendo na área da educação e alerta para as supostas
mudanças que podem acontecer nas escolas. “O Governo do Estado não resolve esses
problemas e agora quer criar mais um, dividindo as escolas em prédios paras os
primeiros anos do ensino fundamental, outros para os anos finais e outros paras
as escolas de ensino médio. Essa bagunça já aconteceu em 1995, quando alunos
tiveram que estudar longe de suas casas, milhares de professores foram
demitidos e os que ficaram tiveram que dar aulas em muitas escolas”, diz trecho
do comunicado. Além da manifestação em Araçatuba, está marcado para o dia 29 de
outubro uma assembleia estadual como professores em São Paulo no vão livre do
MASP com o objetivo de buscar melhor qualidade no ensino público do estado.
Segundo o conselheiro da sub sede da Apeoesp em Araçatuba,
Odimar Silva, alunos da Aesa (Associação de Estudantes Secundaristas de
Araçatuba) procuraram o sindicato para pedir apoio na luta contra o
remanejamento de estudantes das escolas estaduais no estado de São Paulo.
“Os alunos são os maiores prejudicados diante desse ataque
frontal e brutal com a qualidade da escola pública. Em Araçatuba há um estudo
para fechar oito escolas, o que vai causar um transtorno enorme para a
população e pior, a qualidade da educação pública cai ainda mais. Serão
fechadas 30% de todas as unidades escolares do estado de São Paulo, isso
significa dizer que todas as salas de aula estarão superlotadas, vai
comprometer e muito a já tão sofrida qualidade da educação pública”, explicou.
A presidente da Aesa, Liége de Oliveira disse que além da
reivindicação para que as oito escolas não sejam fechadas em Araçatuba, o
protesto é para que o governo do estado pare de tomar atitudes e aplicar
mudanças em relação à educação sem antes procurar ouvir os estudantes, que
serão os afetados pelas medidas tomadas.
“Essas mudanças irão superlotar as salas de aula, dificultar
o trajeto até as escolas para os alunos, isso para mim é uma afronta, por que a
educação é para nós e eles deveriam perguntar para os estudantes o que eles
pensam dessas medidas”, disse.
“Quando a Aesa entrou em contato com os estudantes para
participarem do manifesto, não foram apenas eles que se mobilizaram, temos o
apoio de pais e de professores, o governo dessa vez não está comprando uma
briga somente com professores, como ele costuma comparar quando mexe com o
ensino”, finalizou.
Também participaram da manifestação alunos das escolas
estaduais Ee Profª Maria Aparecida Balthazar Poço e Ee Profª Maria do Carmo
Lélis, escolas estas, que segundo informou a Aesa, estão entre as oito que
podem ser fechadas em Araçatuba.
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