Busto na entrada do Parque Antônio Celestino Ferreira, onde se faz a queima do alho em Araçatuba-SP
No domingo, 25 de outubro de 2015, realiza-se em
Araçatuba, Recinto de Exposição, a Queima do Alho, que é a comida dos
boiadeiros que levavam o gado pelas estradas de chão antigamente. Ficou o
apelido “Queima do Alho”, que podia ser queima da cebola, queima das panelas,
etc. Uma
tradição culinária típica, ainda é feita em um fogão improvisado no chão, com a seguinte composição: arroz tropeiro, carne serenada, farofa, feijão gordo.
Quem comprar o ingresso, R$ 20,00, além de ouvir as melhores
duplas caipiras de nossa região: Augusto César e Leandro, Rodrigues Viola e
Henrique, Parreira, Rei do Vale e Du Viola
e Horizonte, terá o direito de comer à vontade.
Também teremos a presença do jovem violeiro e cantador
Guilherme Tenório, com música caipira executada por gente que estudou música em
Tatuí, e shows de catira.
Trata-se de um projeto “Fermentação da Cultura Caipira no
Interior Paulista”, da AGCIP - Associação
de Gestão Cultural do Interior Paulista Prof. Gilberto Morgado - com sede em Monte Alto-SP – apresentado ao
Programa de Ação Cultural da Secretaria Estadual de Cultura, que se estende por
07 cidades, incluindo Araçatuba.
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Viola gigante feita por João Viola, de Maringá, com medida de 5,15 m por 1,65, em homenagem a Tião Carreiro |
Quando recebemos o
cartaz, estranhamos esse nome “fermentação”, mas descobrimos, lendo o projeto,
que as atividades começaram em São Roque e Jundiaí, onde a cultivo da uva e a
fabricação de vinho acontece.
“O interior paulista é rico na cultura popular caipira.
manifestações como Cururu, Catira, Moda de Viola, causos, fogueira de São João,
Folia de Reis e Literatura, entre tantas outras formas de manifestação cultural
manifestada pelo homem miscigenado brasileiro que, desde a colonização, vem
ressignificando a cultura e recriando nossa identidade. “ – afirma a
justificativa do projeto.
O projeto quer ajudar a criar meios de desembaraçar o nó na
forma de pensar de boa parte da sociedade de que o caipira é um "Jeca
Tatu" estilizado.
Pelo contrário, o caipira tem um modo de vida que é rico em sua essência, múltiplo em sua cultura e sábio em seu viver.
Pelo contrário, o caipira tem um modo de vida que é rico em sua essência, múltiplo em sua cultura e sábio em seu viver.
Em Araçatuba, além da Comitiva do Corredô, de Novo
Horizonte, teremos a presenças das comitivas regionais inclusas no projeto,
como: Fogão de Lenha (Araçatuba), Sereno da Madrugada (Araçatuba), São
Francisco (Bento de Abreu). Elas estarão fazendo a melhor comida do mundo.
Teremos também a exposição da viola gigante feita por João
Viola, de Maringá, com medida de 5,15 m por 1,65, em homenagem a Tião Carreiro. Provavelmente, em futuro
próximo, ela fará parte do cenário de um programa que está sendo montado pela
TV Cultura.
Ser chamado de caipira já foi xingamento, gozação, hoje a
cultura está sendo buscada para que valorizemos as raízes do interior paulista.
Compareça, você não vai se arrepender.
*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Secretário
municipal de Cultura de Araçatuba-SP
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