Hoje, 16/3/2016
20h30 - teatro municipal Castro Alves -Araçatuba-SP
Amanhã, Quinta-feira, 17/3/2016
10h e 20h - no mesmo teatro
Amanhã, Quinta-feira, 17/3/2016
10h e 20h - no mesmo teatro
Ingresso gratuito
2.ª Semana da Diversidade Cultura de Araçatuba-SP
Faixa etária: acima dos 14 anos
Promoção: Governo do Estado -Prefeitura de Araçatuba - Sesc
Promoção: Governo do Estado -Prefeitura de Araçatuba - Sesc
Resenha por Dirceu Alves Jr.
Bom mesmo é
o teatro capaz de espelhar na ficção elementos da realidade sem maiores
esforços. Escrito em 2001 pelo americano Ken Hanes, o drama dirigido por Marco
Antônio Pâmio parece ter saltado dos recentes noticiários para promover um
amplo debate de ideias.
Chico Carvalho interpreta o jornalista Frank Johnston,
acostumado a abordar temas frívolos em suas reportagens. Persuadido pelo
namorado, o psicólogo Jonathan (papel de Rubens Caribé), ele disfarça-se de
paciente a fim de denunciar um psicoterapeuta (representado por Henrique
Schafer) que teria desenvolvido um método de reversão da homossexualidade.
Não
demora a perceber que em tudo há dois pesos e duas medidas e, muitas vezes, ele
mesmo é vítima de manipulação em sua rotina pessoal. Se, à primeira vista, a
sinopse sugere um prato cheio para despertar polêmicas ou levantar bandeiras, a
montagem resulta em um painel abrangente sobre o comportamento humano.
A falada
“cura gay” é só uma entre tantas questões retratadas pelo bom trio de atores.
Vigoroso, Carvalho transforma-se gradualmente, de acordo com as perturbações
dos personagens. Caribé alterna carisma e dissimulação, enquanto Schafer
defende com tal empenho o personagem mais difícil do texto que chega a
convencer o público de suas motivações.
Crítica publicada na Folha de São Paulo
Crítica publicada na Folha de São Paulo
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