Quem pretende restaurar o comunismo não tem cabeça. Quem não sente saudades dele não tem coração. (Vladimir Putin)
Hélio Consolaro*
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"Limonov" é um romance de não ficção, grosso modo posso chamá-lo de biografia romanceada, escrito pelo jornalista e escritor francês Emmanuel Carrère. Bastante premiado por isso.
A personagem Eduard Luminov (nome literário de Eduard Veniaminovich Savenko) ainda está vivo, com 74 anos. Um escritor russo que viveu o antigo regime comunista como filho de soldado, passou para o outro lado porque não pôde alistar, como o pai, porque usava óculos. Podemos dizer que sua vida é dez vezes mais irregular do que a trajetória de Vinícius de Morais.
Se não podia ser uma coisa, foi ser outra, a oposta. E pagou um preço caro por isso, como dissidente. Sem exagerar, podemos dizer que ele é o sucessor de Alexandre Soljenitsyn pós glasnost (transparência) e perestroika (reestruturação).
O livro tem como referências "A sangue frio", de Truman Capote (norte-amereciano) e "Operação massacre", de Rodolfo Walsh (argentino). Trata-se de um jornalismo literário.
Quem lê "Limonov" percebe que o livro é bem mais que isso, como escreveu Mark Twain: “Por que a verdade não seria mais estranha do que a ficção? A ficção, afinal, tem que fazer sentido”.
No centenário da Revolução Russa (1917), não existe melhor forma de avaliar tudo o que aconteceu no mundo do que lendo Limonov, porque ele é um cidadão do mundo, um questionador empedernido, exilado, perseguido. Impossível exigir dele coerência. Um agente da contracultura russa.
Quem me fez lero livro foi o escritor brasileiro Marcelo Rubens Paiva que, participando da Curadoria do TAG - Experiências Literárias, uma espécie de clube do livro, escolheu para os 13 mil sócios "Limonov", pensando justamente no centenário da Revolução Russa.
Lendo o livro, percebemos porque o povo não valoriza a democracia, a liberdade e os direitos humanos, por isso o presidente Vladimir Putim está no comando do país há tanto tempo.
Leia resenha crítica do escritor brasileiro "Sérgio Rodrigues" sobre Limonov, clicando aqui.
Veja resenha em forma de vídeo: https://youtu.be/ajDZL_zJE3M
Leia: O HERÓI DOS ESCOMBROS
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras.
Hélio Consolaro*
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"Limonov" é um romance de não ficção, grosso modo posso chamá-lo de biografia romanceada, escrito pelo jornalista e escritor francês Emmanuel Carrère. Bastante premiado por isso.
A personagem Eduard Luminov (nome literário de Eduard Veniaminovich Savenko) ainda está vivo, com 74 anos. Um escritor russo que viveu o antigo regime comunista como filho de soldado, passou para o outro lado porque não pôde alistar, como o pai, porque usava óculos. Podemos dizer que sua vida é dez vezes mais irregular do que a trajetória de Vinícius de Morais.
Se não podia ser uma coisa, foi ser outra, a oposta. E pagou um preço caro por isso, como dissidente. Sem exagerar, podemos dizer que ele é o sucessor de Alexandre Soljenitsyn pós glasnost (transparência) e perestroika (reestruturação).
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Emmanuel Carrère é um escritor, roteirista e realizador francês, diplomado pelo Instituto de Estudos Políticos de Paris. |
Quem lê "Limonov" percebe que o livro é bem mais que isso, como escreveu Mark Twain: “Por que a verdade não seria mais estranha do que a ficção? A ficção, afinal, tem que fazer sentido”.
No centenário da Revolução Russa (1917), não existe melhor forma de avaliar tudo o que aconteceu no mundo do que lendo Limonov, porque ele é um cidadão do mundo, um questionador empedernido, exilado, perseguido. Impossível exigir dele coerência. Um agente da contracultura russa.
![]() Foto atual de Eduard Limonov |
Lendo o livro, percebemos porque o povo não valoriza a democracia, a liberdade e os direitos humanos, por isso o presidente Vladimir Putim está no comando do país há tanto tempo.
Leia resenha crítica do escritor brasileiro "Sérgio Rodrigues" sobre Limonov, clicando aqui.
Veja resenha em forma de vídeo: https://youtu.be/ajDZL_zJE3M
Leia: O HERÓI DOS ESCOMBROS
LIMONOV, 100% RUSSO
*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Membro da Academia Araçatubense de Letras.
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