Fotos: Regionalpress
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Aspectos da fábrica de shoyu |
Você ficou sabendo, caro leitor, que autoridades policiais encontraram uma fábrica clandestina de shoyu em bairro residencial de Araçatuba? Lugar nobre da cidade.
Esse molho é escuro (o shoyu), condimento usado principalmente no consumo do shashimi, é resultado da fermentação de soja. Como a Helena é nissei, então conheço a cozinha japonesa. E em Araçatuba tem um descendente de japonês em cada esquina: nikkei, nissei, sansei, yonsei.
Aliás, um sujeito me pediu, ao namorar uma moça nissei, há duas décadas atrás, se valia a pena se casar com uma japonesa.
Eu fui sincero com ele:
- Cara, fuja, porque se cair no prato de shoyo como uma mosca, não escapa mais.
Rimos muito. E ele se casou com a nissei, o shoyu é pegajoso. O conselho não valeu nada. Na verdade, era apenas uma brincadeira.
Eis o shoyu sujo engarrafado |
Tudo aconteceu por acaso, não foi uma ação direta da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Araçatuba. O sujeito (um ladrão) pulava o muro para dentro do barracão, talvez para se esconder, quando a polícia passava com a viatura. E os policiais pegaram o sujeito quase dentro de uma tina de shoyo. Para despistar a polícia, se dizia funcionário da fábrica.
Os policiais viram aquela bagunça com cara de fábrica, se chocaram com tanta sujeira e desorganização, que chamaram as autoridades da Vigilância Sanitária. E deu no que deu, não sei se tudo resolveu.
Os produtos eram bem embalados, vendidos em prateleiras de supermercados. Veja a foto das garrafinhas, quem sabe há algumas delas em sua casa.
A produção de alimentos, de remédios e outros produtos essenciais à vida humana é feita para que seus proprietários ganhem dinheiro, tenham lucro. Nenhum mal nisso, mas os empresários precisam ter uma ética para produzir alimentos saudáveis e remédios eficientes. Além disso, há fiscalização governamental. O capitalismo pode ser selvagem, mas sua voracidade precisa de limites.
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*Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor.
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