AGENDA CULTURAL

19.8.18

Chupar a maria, ela é muito boa

Tangerina maria na fruteira
*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Membro das academias de letras de Araçatuba-SP, Andradina-SP e Itaperuna-RJ. 

Quem frequenta a feirinha de supermercados sempre se surpreende com novas frutas. Ou são novas no mercado, passaram a ser comercializadas em alta escola, ou são produtos de melhoramento genético convencional, isto é, não é transgênica. Ou são transgênicas mesmo. 

Aquelas frutas dos tempos de roça, que não duram muito nas gôndolas dos supermercados, apodrecem facilmente depois de maduras, desapareceram, por exemplo, a melancia favorita, a manga bourbon.

Surgiu no supermercado uma melancia pequena, sem sementes, mais própria para as famílias pequenas, mas caríssimas. Depois de várias compras, descobri o preço da gostosura, voltei a comprar melancia por talhada. 


Minimelancia à venda nos supermercados
Nos tempo de roça, a mexerica fedorenta era uma delícia, bem pequena; mesmo a tangerina tradicional, maior, era muito boa. Nos tempos de supermercados,  surgiu a poncã, bem fofa, depois a murcote, com uma casca bem agarrada. Descascá-la era ter a mesma paciência de encontrar a pérola. 

Eis que surge agora uma tangerina meio cascuda, surgida pelo cruzamento da poncã com a laranja pera, feita pelo Instituto Agronômico de Campinas, depois de 20 anos de pesquisa. Como é uma pesquisa brasileira, a tangerina foi batizada de simplesmente "maria".
Dizem que ela estará no supermercado em 2019, mas já a encontrei em Araçatuba.

Ela tem uma aparência meio feia, cascuda, parece que está sempre brava, mas é uma doçura. E está com preço bom. Se quiser ler e ver reportagem da televisão, clique aqui.

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