*Hélio Consolaro é professor, jornalista, escritor. Araçatuba-SP
Talvez, caro leitor, tenhamos alguma identificação em comum, mas a minha atividade principal é ser aposentado. Aposentadoria é atividade? Como um idoso que organizou a sua nova rotina depois de parar de vez, declarar guerra ao sistema, é uma atividade...
Quando eu era meio escravo, assistir apenas ao jogo de meu time, via os gols do Fantástico, quando muito, de vez em quando, assistia àqueles bate-bocas pela TV, que o pessoal chama de resenha.
Agora, liberto, assisto a qualquer jogo. Não estou vendo a hora de começar a Copa São Paulo (a Copinha). Até aquilo assisto. Não é só o Palmeiras que tem o privilégio de meu olhar, campeão do Brasil. Jogo é jogo. E também sei o pedigree de cada atleta, pai, mãe, times por onde passou. Não perco nenhum bate-boca, nem o da Gazeta Esportiva.
Estou exagerando demais, pois leio livros, assisto a filmes, gosto de escrever. Quando uma atividade enjoa, passo para outra. E assim faço jus aos meus proventos.
Nesse período de fim de ano, no interregno de Natal a Ano-Novo, sem futebol, jogadores em férias, o meu tempo anda sobrando.
O futebol para, mas a imprensa esportiva continua. Então surgiram quadros como "Mercado da Bola", buscar as histórias do baú, fazer pesquisa para ver quem foi o jogador mais violento, o mais camarada, o pior juiz. Haja exercícios para encher linguiça...
Futebol não é entretenimento? Um jogo não é um espetáculo? Então, os jogadores em vez de divertir seus torcedores, se acham também trabalhador, portanto deixam a gente chupando dedo em pleno ócio.
Está certo que já inventaram jogos entre os veteranos, mas precisa inventar mais: que tal uma pelada entre papais-noéis, narrada por Galvão Bueno?
De repente, escuto o meu neto me chamar para almoçar:
- Vô, deixa de ficar vendo VT e venha almoçar, caramba! Vai me dizer que está torcendo por algum time num jogo que já foi?
Talvez, caro leitor, tenhamos alguma identificação em comum, mas a minha atividade principal é ser aposentado. Aposentadoria é atividade? Como um idoso que organizou a sua nova rotina depois de parar de vez, declarar guerra ao sistema, é uma atividade...
Quando eu era meio escravo, assistir apenas ao jogo de meu time, via os gols do Fantástico, quando muito, de vez em quando, assistia àqueles bate-bocas pela TV, que o pessoal chama de resenha.
Agora, liberto, assisto a qualquer jogo. Não estou vendo a hora de começar a Copa São Paulo (a Copinha). Até aquilo assisto. Não é só o Palmeiras que tem o privilégio de meu olhar, campeão do Brasil. Jogo é jogo. E também sei o pedigree de cada atleta, pai, mãe, times por onde passou. Não perco nenhum bate-boca, nem o da Gazeta Esportiva.
Estou exagerando demais, pois leio livros, assisto a filmes, gosto de escrever. Quando uma atividade enjoa, passo para outra. E assim faço jus aos meus proventos.
Nesse período de fim de ano, no interregno de Natal a Ano-Novo, sem futebol, jogadores em férias, o meu tempo anda sobrando.
O futebol para, mas a imprensa esportiva continua. Então surgiram quadros como "Mercado da Bola", buscar as histórias do baú, fazer pesquisa para ver quem foi o jogador mais violento, o mais camarada, o pior juiz. Haja exercícios para encher linguiça...
Futebol não é entretenimento? Um jogo não é um espetáculo? Então, os jogadores em vez de divertir seus torcedores, se acham também trabalhador, portanto deixam a gente chupando dedo em pleno ócio.
Está certo que já inventaram jogos entre os veteranos, mas precisa inventar mais: que tal uma pelada entre papais-noéis, narrada por Galvão Bueno?
De repente, escuto o meu neto me chamar para almoçar:
- Vô, deixa de ficar vendo VT e venha almoçar, caramba! Vai me dizer que está torcendo por algum time num jogo que já foi?
Um comentário:
A secretaria de cultura está vaga
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