Bonecões: Bolsonaro e Michelle - carnaval de Olinda |
Então, caro leitor. Se você achou que havia visto tudo, o
possível e o impossível, se enganou. O presidente Jair Bolsonaro (vou tratá-lo
com toda formalidade) o surpreendeu.
Eu sabia que de um presidente da República que nascera da
cepa de um deputado federal nanico, sem projetos políticos (a não ser suas destemperanças)
não vinha coisa boa. E seus desatinos continuaram no Palácio do Planalto. Agora,
com mais repercussão.
Acho que Bolsonaro deve fazer cara de sério, arrependido
quando vai conversar com assessores e generais depois de uma de suas peripécias,
mas que na verdade está rindo por dentro. Se não acontece isso, é louco mesmo.
Nero incendiou Roma!
A oposição continua com seu discurso diante das patacoadas
do presidente, mas o comando político presidencial deve estar detectando a
corrosão em sua própria base, tanto parlamentar como popular.
Já há bolsonarista gritando:
- Põe uma focinheira nesse homem!
Este cronista continua rindo. Não tiro o sorriso de meus lábios
desde a campanha eleitoral. Como um entendedor de narrativas, eu sabia como a
história ia caminhar.
Sendo paulista, fico com dó do Rio de Janeiro, seus
governantes continuam agindo como uma republiqueta de bananas. Lá nada dá
certo, estão perdendo até no carnaval para São Paulo.
Os cariocas estão tentando contaminar o restante do Brasil.
São Paulo mandou Jair Bolsonaro para o Rio (de Glicério para o mundo), fizeram
a cabeça dele e da família toda e colocaram o cara na presidência do Brasil.
- Vai lá, Bolsonaro! Governe o Brasil no genuíno estilo
carioca.
A música cantada por Adriana Calcanhoto diz: “Cariocas não
gostam de sinal fechado”. Lógico, caro
leitor, que nem todos os cariocas são da mesma laia, há muita gente boa por lá,
mas... Vou lhe sugerir uma leitura: “Memórias de um sargento de milícias”
(1852), do médico Manuel Antônio de Almeida. Comece a entender o Rio. Guarde
bem, miliciano é palavra derivada de milícia.
O carnaval detonou Bolsonaro nas ruas, e ele, como vingança,
quis esculhambar com o carnaval em sua postagem no Twitter, mas se esqueceu de que
a festa popular já é uma esculhambação por natureza. Assim, o presidente da República
validou as críticas. Endoidou. Nero quis incendiar o carnaval.
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