AGENDA CULTURAL

22.3.20

Obrigado, cara!


Hélio Consolaro é professor, jornalista e escritor. Araçatuba-SP

O músico é alimentado por aplausos de seus ouvintes. Nós, seres humanos, também, gostamos de ser reconhecidos. 

Elogiar é mais fácil, mas não pode cair na insignificância do elogio fácil, da bajulação. Sei que as palavras de Nevil vieram do coração. Ele não leu uma crônica, mas um livro com quase 100 textos meus. 

Quem escreve adora um elogio, mas quando não se consegue, uma crítica bem-feita também é bem-vinda, porque a desgraça é a indiferença.

Assim, me deliciei com as palavras de meu amigo professor Nevil Reis Verri, de Penápolis. Companheiro de antigas lutas da Apeoesp. A mensagem veio voando por e-mail, o primeiro gênero da era da internet. 

Provavelmente, também me lê no jornal escrito e digital Diário de Penápolis, onde escrevo semanalmente. Tenho apreço especial por Penápolis-SP, pois foi na FUNEPE que aprendi a escrever, a ressignificar minha vida, sendo protagonista dela. Assim, a leitura de Nevil do meu último livro "Analógicos e digitais" significou muito mais.

Obrigado, cara! 
(É assim que falam sujeitos com mais de 70 anos, perseguidos pelo coronavírus.)


Olá meu amigo Hélio, bom dia!
(E-mail de 12/03/2020.)

            Ainda que incerto se recepcionará este e-mail, estou me atrevendo a escrevê-lo.

       Ontem quando acabei de reler o Analógicos & DIGITAIS, livro que mo deu, em 20/09/2019, quando esteve aqui na subsede da APEOESP para conversar sobre conjuntura com nossos REs, ao final, me deparei com seus contatos e resolvi, como dito, me atrever a escrever-lhe para demonstrar-lhe (ao menos com poucas palavras) minha gratidão pelo belíssimo presente, pois que, como bem o disse na crônica Dieta para emagrecer e espartilho, “A pessoa leitora é diferente, porque viaja sem sair do lugar e...”,  viajei bastante (como sempre que leio) sem sair do lugar por “dois dias” (tempo que despendi à noite antes do repouso merecido para a leitura do livro), exatamente por gostar tanto de leitura quanto do seu jeito “caipira” de abordar assuntos extremamente interessantes e, por que não dizer, sérios do nosso cotidiano. Quem me dera tivesse essa facilidade e pudesse também assim o fazer!
            Obrigado, professor, mais uma vez e que Deus, pai de infinita bondade, realmente nos proporcione o que pediu ao final da crônica Viver tudo, viver sempre, pois que também são meus desejos.
            Um grande abraço fraterno!

Nevil

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