Amizades vêm em todos os tipos e formas. Se você olhar mais atentamente para seus amigos, poderá começar a ver a amplitude das conexões que fez ao longo dos anos. Há aqueles que são meros conhecidos – amigos que você fez através de algum interesse ou atividade em comum, como a academia, por exemplo -, com os quais, foram daquele ambiente, não há algo profundo.
Todo mundo tem, ainda, alguns “contatos
úteis” que podem ser acionados quando precisamos de conselhos ou melhorar
nossas perspectivas de emprego. Há aqueles que regam nossas plantas quando
viajamos, mas com quem nunca compartilhamos um dilema ou crise pessoal.
Provavelmente poucos amigos em quem realmente confiamos, porque são eles que
normalmente escutam e se importam conosco, e há aqueles que são tangivelmente
mais próximos do que os irmãos.
Todos esses tipos de amizade convivem com
três outros grandes laços: familiares, românticos e de negócios, que são como grande forças na vida.
Trazem momentos intensos de alegria;
contudo, por mais que sejam fantásticos, podem – especialmente quando
perturbados – nos fazem mergulhar em profundidades terríveis de sofrimento, às
vezes em um curtíssimo espaço de tempo. É quando ofendemos velhos laços
familiares ou ameaçamos o status quo dessa
relação que temos a seguinte percepção: talvez eles nos ofereçam ou permitam a
total liberdade de sermos nós mesmos, conforme imaginávamos. Na amizade,
entretanto, as coisas não poderiam ser mais diferentes.
O Ensaísta americano Ralph Waldo uma vez
disse: “Um amigo é uma pessoa com a qual posso ser sincero”. Esse é o potencial
da amizade verdadeira, é o motivo pelo qual nos esforçamos tanto em
desenvolvê-la. Agora, pode ser que nas
escolhas feitas, você tenha pelo menos uma pessoa que realmente considere um
amigo – alguém com quem é possível ser você mesmo. Nem sempre assim acontece. O
poeta francês Jean de La Fontaine afirmou: “Todos se dizem amigos....nada mais
é mais comum do que o nome e nada é mais
raro do que a coisa em si”.
Relações mais profundas: não vamos
sugerir que nossas amizades devam substituir nosso poodle ou psicoterapeuta, se
tivermos um. Entretanto, quero estimulá-lo a pensar mais em que amizades são
importantes e como ter relações significativas baseadas em confiança e amor de
verdade. Quando nossa busca pela amizade não depende de interesses familiares,
desejos românticos, nem de avanço na carreira, o fruto disso será a liberdade
da autenticidade que ambas as partes sentirão na presença uma da outra.
Alguém já disse, que a única maneira de
ter um amigo é sendo um.
Por natureza, nenhuma relação é fácil. O
psicólogo James Hillman disse: “Você não pode ter qualquer conexão humana
duradoura depende menos da total ausência de decepção e mais de como cada
pessoa lida com o fato de se sentir desapontada. Na amizade se tem mais possibilidade de sucesso,
comparado com relações familiares, românticas ou profissionais.
Por fim, pode-se perceber que uma boa amizade o ajudará a ser uma presença mais saudável nos outros tipos de relacionamento em sua vida.
Gervásio Antônio Consolaro, ex- delegado regional tributário do estado/SP, agente fiscal de rendas aposentado. Administrador de empresas, contador, bacharel em Direito e pós-graduação em Direito Tributário. Curso de Gestão Pública Avançada pelo Amana Key e coach pela SBC.
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